Ikea 'apagou' mulheres no catálogo para a Arábia Saudita

Críticas

Ikea 'apagou' mulheres no catálogo para a Arábia Saudita

por Abel Coelho de MoraisOntem
Primeira página do diário gratuito onde são mostradas duas versões do catálogo: uma para a Europa, a segunda para a Arábia Saudita
Primeira página do diário gratuito onde são mostradas duas versões do catálogo: uma para a Europa, a segunda para a Arábia Saudita Fotografia © Scanpix-Reuters
O facto de ter retirado todas as imagens de mulheres do seu catálogo para a Arábia Saudita, levou o fabricante sueco de móveis Ikea a apresentar um pedido de desculpas. O facto foi revelado na edição de um jornal gratuito de Estocolmo que publicou na sua primeira página as diferentes versões das mesmas páginas do catálogo para a Europa, em inglês, e para o reino saudita.
A empresa divulgou um comunicado em que reconhece estar aquela opção "em conflito com os valores" do Ikea e que a única explicação resulta do facto da operação comercial do grupo sueco ser uma 'franchise'.
Comparando diferentes páginas dos dois catálogos, vê-se que 'apagar' as imagens femininas é uma constante, o que não sucede na versão inglesa e noutras versões disponíveis em países europeus, revelavam ontem as agências.
O Ikea já anunciou a revisão dos códigos de controlo das suas publicações para evitar semelhantes gafes no futuro.
Num comunicado enviado à BBC, a empresa salienta o apoio que dá "aos direitos humanos fundamentais de qualquer pessoa assim como não aceita nenhuma forma de discriminação".
Vigora na Arábia Saudita uma forma extrema do islão, que impõe inúmeras restrições ao sexo feminino, nomeadamente quando se encontram em público. Outras empresas ocidentais procederam também a adaptações da sua publicidade quando começaram a operar no reino saudita.

Primeira página do diário gratuito onde são mostradas duas versões do catálogo: uma para a Europa, a segunda para a Arábia Saudita Fotografia © Scanpix-Reuters
Ainda há poucos dias, a Ikea viu-se envolvida numa outra controvérsia, aqui na Rússia. A empresa procedeu è eliminação de uma foto enviada para o seu sítio local onde algumas pessoas sentadas em móveis da marca Ikea envergavam máscaras semelhantes às usadas pela banda punk Pussy Riot. O grupo invocou então a necessidade de não misturar publicidade e envolvimentos dos clientes no seu sítio com campanhas políticas. COPIADO  www.dn.pt

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