Venezuela Distúrbios após manifestação de apoio a Corina Machado

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Maria Corina Machado tem de fugir do gás lacrimogéneo, após ter tendado recuperar o seu lugar na Assembleia Nacional

Distúrbios após manifestação de apoio a Corina Machado


A polícia teve de dispersar uma manifestação convocada pela líder da oposição, Maria Corina Machado, que queria recuperar o seu lugar na Assembleia Nacional. Os distúrbios em Caracas alastraram-se pela


por M.J.C. com agências
Maria Corina Machado tem de fugir do gás lacrimogéneo, após ter tendado recuperar o seu lugar na Assembleia Nacional
Maria Corina Machado tem de fugir do gás lacrimogéneo, após ter tendado recuperar o seu lugar na Assembleia Nacional Fotografia © Jorge Silva/ Reuters
A polícia teve de dispersar uma manifestação convocada pela líder da oposição, Maria Corina Machado, que queria recuperar o seu lugar na Assembleia Nacional. Os distúrbios em Caracas alastraram-se pela madrugada.
"Venho falar-vos como venezuelana, como mãe e como deputada", assim começou o discurso de Maria Corina Machado, ontem, na Praça Brión de Chacaíto, em Caracas. Milhares de pessoas responderam à convocatória para uma manifestação de apoio à dirigente da oposição venezuelana que viu o seu mandato como deputada suspenso pelo governo de Nicolás Maduro.
Machado - que tinha sido a deputada mais votada para a Assembleia Nacional, com quase 250 mil votos - tinha anunciado que após o discurso iria dirigir-se ao parlamento para recuperar o seu lugar. Mas foi impedida pela polícia, que usou até gás lacrimogéneo. Insultada por simpatizantes do regime venezuelano, optou por recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça para intentar uma ação contra a sua destituição.
A polícia teve de dispersar os manifestantes. No entanto, a manifestação foi o ponto de partida para uma série de distúrbios que continuaram durante a tarde e a noite de ontem em vários pontos da cidade, provocando pelo menos 13 feridos.
Vários portugueses disseram à agência Lusa que a polícia recorreu ao uso "exagerado" de bombas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que "com raiva" destruíram paragens de autocarros, cartazes e arrancaram os ferros que dividiam uma das avenidas. "Tivemos que fechar as janelas, os gases eram insuportáveis e faziam 'arder' os olhos. Apolícia perseguia os mais jovens de mota, levando-os detidos", explicou uma das fontes à Lusa.

Um grupo de manifestantes incendiou o edifício do Ministério da Habitação da Venezuela, em Chacao, obrigando os bombeiros a intervir e a resgatar mais de 300 pessoas que se encontravam no interior do prédio. Segundo William Martínez, diretor dos Bombeiros do Distrito Capital, o incêndio, que destruiu pelo menos um piso da estrutura do edifício, que se situa a leste de Caracas, mobilizou uma centena de bombeiros, apoiados no combate às chamas por um total de 15 viaturas.
O incêndio terá sido provocado por um ataque com 'cocktails molotov' que durou mais de 15 minutos. Os funcionários que estavam no local, incluindo o próprio ministro da Habitação da Venezuela, Ricardo António Molina Peñalosa, procuraram refúgio nos pisos superiores do edifício.
De acordo com a Lusa, várias pessoas dão conta de que nas últimas horas havia barricadas com materiais em chamas em várias zonas de Caracas. Também que nas proximidades da Praça de Altamira ocorriam confrontos entre manifestantes e oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

Fora da capital, na Ilha de Margarita, dezenas de estudantes tentaram entregar um documento ao governador Carlos Mata Figueroa, mas foram recebidos por funcionários policiais que tentaram dispersá-los com gás lacrimogéneo. Vários jovens foram detidos, entre eles o lusodescendente Nelson Ferreira. Um estudante ficou gravemente ferido.
Diversas ruas das localidades de Cabudare e Barquisimento, a oeste de Caracas, foram, na terça-feira, ocupadas por manifestantes que bloquearam os acessos e queimaram pneus, num protesto em que até participaram freiras católicas.
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