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24/05/2014 - 01:31
Dirigentes políticos atendem à convocação da junta militar na Tailândia
A junta que tomou o poder na Tailândia convocou nesta sexta vários antigos dirigentes, incluindo a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra, e os proibiu de deixar o território nacional.
"No total, 155 pessoas estão proibidas de viajar para o exterior, a menos que sejam autorizadas" pelo novo regime militar, "para que a paz e a ordem sejam mantidas", declarou um porta-voz militar na televisão.
Portanto, Yingluck não poderá se reunir com seu irmão Thaksin Shinawatra, derrubado por um golpe militar em 2006. Thaksin deixou o país logo depois e foi condenado à revelia por desvio de recursos públicos.
Yingluck Shinawatra, destituída pela justiça em 7 de maio, se apresentou durante a manhã aos militares, assim como Niwattumrong Boonsongpaisan, um ministro que assumiu interinamente o lugar da premiê.
Seu assistente, Wim Rungwattanajinda, indicou que Yingluck pode ter sido levada para um campo militar fora da capital, mas a junta não revelou o local para onde ela e outras autoridades de seu governo foram conduzidas.
Os Estados Unidos entraram em contato com a junta e pediram "a restauração imediata das leis civis e o retorno à democracia", indicou o Departamento de Estado em Washington. Ao mesmo tempo, Washington suspendeu 3,5 milhões de dólares em ajuda militar à Tailândia, aproximadamente um terço do valor concedido todos os anos a Bangcoc.
A decisão foi tomada no momento em que mais de cem autoridades políticas do partido Puea Thai (do governo derrubado) e do Partido Democrata (oposição) eram convocadas pela junta.
O golpe de Estado foi condenado pela maior parte da comunidade internacional.
- Manifestações proibidas -
Os generais afirmam ter atuado para acabar com a grave crise política que sacode o país há sete meses. Eles decretaram um toque de recolher e proibiram manifestações.
Cerca de 30 jovens tailandeses ignoraram a proibição e protestaram diante do Monumento pela Democracia, sem que o Exército interferisse, constatou um fotógrafo da AFP.
Mas, em geral, o ambiente era de tranquilidade na capital tailandesa, sem tanques nas ruas como em 2006. No entanto, todas as escolas estavam fechadas.
Havia muitos militares na imediações da sede do governo, abandonada há meses, e os últimos manifestantes da oposição deixavam o local satisfeitos, informaram jornalistas da AFP.
Depois de três dias de lei marcial, destinada, segundo as Forças Armadas, a iniciar um diálogo entre os atores civis da crise política, o poderoso chefe do Exército, general Prayut Chan-O-Cha, justificou na quinta um golpe necessário "para que o país volte à normalidade".
- Posse real? -
Alguns observadores consideram que a crise se deve a uma disputa para garantir quem vai liderar o governo no momento da sucessão do rei Bhumibol Adulyadej, de 86 anos.
Resta ver se o novo governo será autorizado pelo rei neste regime de Monarquia Constitucional que teve 19 golpes de Estado ou tentativas em 80 anos.
O golpe anterior, em 2006, causou uma série de crises políticas que levaram grupos rivais às ruas, favoráveis e contrários ao primeiro-ministro da época, Thaksin Shinawatra, considerado pelas elites uma ameaça à realeza.
A crise atual, apoiada, de acordo com analistas, pelas elites tradicionais, é apenas o mais recente capítulo desta disputa.
Ela começou em novembro do ano passado com manifestações que exigiam a saída de sua irmã, Yingluck, no poder desde 2011. Yingluck foi destituída pela justiça no início de maio, mas os manifestantes seguiam exigindo o fim do "sistema Thaksin", que dominou todas as eleições nacionais desde 2001.
Vários líderes do movimento dos Camisas Vermelhas, favorável ao governo civil deposto, foram detidos.
Pouco antes do anúncio do golpe, os principais líderes de ambos os lados foram escoltados pelos militares para fora do local onde eram realizadas as negociações.
copiado http://www.afp.com/pt
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