A imagem dos juízes e do Poder Judiciário
Afirmou-se que a deficiência de materiais e funcionais contribuem para essa imagem desfavorável. Criticava-se, desde então a falta de planejamento administrativo e a inadequada execução orçamentária. Por ultimo destacou-se a que as relações entre os juízes e o Tribunal eram de incompreensões e preconceitos de parte a parte. Criticava-se ainda a falta de harmonia entre juízes e promotores e atitude agressiva por parte de alguns advogados em relação aos juízes.
Dentre as recomendações a de que os juízes fossem as escolas para palestras e esclarecimentos, um trabalho para editar livros que mostrem a importância do judiciário, cuidados nas informações prestadas aos meios de comunicação social, determinar rigorosa apuração de todas as denúncias de mazelas e atos de corrupção, orientar os veículos de comunicação sobre o funcionamento da justiça visando tornar o mais transparente a ação do judiciário, esclarecimentos dos fatos mal noticiados, recomendação aos magistrados que não deixem de responder aos ataques sofridos pela mídia.
Recomendou-se ainda que seja dada a maior publicidade possível aos atos, dinâmica e estrutura do judiciário, divulgação de dados estatísticos e sugere que magistrados escrevam artigos para publicação nos meios de comunicação social. Foi aconselhadas que as práticas orçamentárias fossem transparentes e públicas, com a participação de todos os magistrados.
Passados 25 anos foi adotada uma assessoria de imprensa, o Tribunal ganhou o Fundo do Judiciário, alimentado pelas custas e emolumentos judiciais, informatizou-se, construiu grandes e luxuosos prédios e as queixas dos jurisdicionados e as críticas da mídia continuam num crescendo. Onde estamos errando?
* desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e membro da Associação Juízes para a Democracia.
copiado http://www.jb.com.br
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