Acordos bilionários representam nova ordem mundial liderada pela China País asiático se destaca no movimento político e econômico que faz frente aos EUA

Acordos bilionários representam nova ordem mundial liderada pela China

Acordos bilionários representam nova ordem mundial liderada pela China

Acordos bilionários representam nova ordem mundial liderada pela China

País asiático se destaca no movimento político e econômico que faz frente aos EUA

O acordo dos chineses no valor de US$ 53 bilhões com o Brasil representa uma nova ordem mundial liderada pela expansão econômica e política da China frente aos Estados Unidos. Na América, o país asiático já é o principal parceiro econômico, tanto de nações da América do Sul quanto da América do Norte, mantendo fortes relações com Canadá, México e Estados Unidos. Já na Europa, os acordos econômicos e a presença chinesa podem ser comparados ao período denominado "Rota da Seda", segundo o professor titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília Argemiro Procópio.
"A China de hoje não é mais a mesma, ela passou por uma grande revolução que a transformou em uma potência com abertura econômica, mas que permaneceu internamente um país comunista", completa Procópio, que também é autor do livro "O Capitalismo Amarelo", da Editora Juruá. A publicação mapeia a filosofia produtiva do país que, segundo o autor, para ser a primeira potência mundial, sabe o quanto sua democracia precisa se reinventar.
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Além de crescer como potência e "suplantar os Estados Unidos", segundo Procópio, o país evoluiu sua maneira de investir, o que pode pode ser observado nos acordos com o Brasil, que têm foco em investimentos de infraestrutura e não mais somente em garantir suprimento de matéria primas para suas indústrias. Quem faz este destaque é o professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Célio Hiratuka.
"Tradicionalmente, a China era focada em garantir suprimento de matéria prima de países em desenvolvimento. Agora ela está em um segundo passo, que é o de investir em infraestrutura e inserir nesses países empresas suas que oferecem esse tipo de serviço. O terceiro passo na influência, é o de inserir empresas de bens de consumo". O professor comenta que o foco chinês é tentar "criar canais de articulação com outros países em desenvolvimento através de investimentos, mas também preservar sua influência sobre eles".
A "economia de mercado com características chinesas" coloca o país em destaque como força política, representada pelo Partido Comunista ainda que, segundo Argemiro Procópio, após a queda do Muro de Berlim, os partidos de esquerda tenham criado "vida própria", deixando de ser dependentes de países como Rússia e a própria China.
Em escala mundial, os asiáticos podem representar como potência econômica um movimento de expansão de políticas de esquerda. Mesmo que quando se fale em "esquerda", possa-se enxergar diversas vertentes e filosofias distintas, ela emerge de países que não foram totalmente contemplados pelo capitalismo como na América do Sul, da qual boa parte dos países é governado por partidos identificados como de esquerda. No Equador, Rafael Correa; na Bolívia, Evo Morales; no Brasil, Dilma Rousseff; no Uruguai, Tabaré Vazquez; na Venezuela, Nicolás Maduro; no Chile, Michelle Bachelet.
A eleição de políticos de esquerda na América do Sul já não é, entretanto, novidade. Mas o avanço de tal filosofia tem se estendido ao resto do mundo e causado surpresa principalmente na Europa, que sofre de elevado endividamento desde 2011 e alguns dos países mais afetados têm servido de "porta de entrada" para tais políticas na na Zona do Euro, como a Espanha e a Grécia.
Na Grécia, Aléxis Tsípras, líder do Syriza, foi eleito primeiro-ministro. Já na Espanha, os eleitores elevaram aos postos da prefeitura de Madri e Barcelona, Manuela Carmena e Ada Colau, do Partido Comunista e do Podemos, respectivamente.
Célio Hiratuka enxerga esses avanços da esquerda como uma reação ás condições colocadas pelo ajuste econômico provocados pela crise, assim como o professor de Ciências Políticas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Marcelo de Almeida Medeiros. Para ele, "os Estados-membros da União Europeia, afetados simultaneamente pela crise econômica e pela pressão migratória, reagem diferentemente", com os governos de esquerda "rejeitando o enquadramento econômico ortodoxo" vindo de Bruxelas.
copiado  http://www.jb.com.br

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