sexta-feira, 19 de junho de 2015
Suplementação e Reposição
Dr João Mariano Sepúlveda
Cardio - Geriatra
@no_formol
www.medicareclinica.com.br
A grande maioria
de pacientes geriátricos apresenta em sua analise clinica alguma carência,
deficiência ou mesmo redução de seus elementos nutricionais. Sejam minerais, vitamínicos,
proteicos, ou mistos com consequentes interferências em suas atividades metabólicas,
hormonais, neuro humorais entre outras.
O processo homeostático, ou seja, de
equilíbrio orgânico, faz com que absorvamos mais ou menos elementos de acordo
com nossas necessidades, e ou nossos excessos, porem esse processo também tem
limites, e não sendo moto continuo em algum momento cessa.
A monotonia e vilanização dos alimentos
levam a distorções alimentares com excessos e carências pontuais e constantes.
As modas e manias as incentivam.
A moda de se utilizar de reposições,
e suplementações, sem avaliações e orientações profissional, feita por
curiosos, ou por vendedores, tem causado
sérios problemas a seus usuários e a quem trata suas consequências.
Estabelecer graduações de suplementações
e reposições de acordo com as necessidades básicas e por período de tempo
determinado parece ser o mais sensato, porem sensatez não é predicado de quem
se vale ou preconiza suplementos a pacientes.
Suplementos diversos devem ser
monitorados e acompanhados de avaliações recorrentes, porem suplementações com
medicamentos e principalmente com a inclusão de hormônios, ou similares, mesmo
com nominações que pareçam abrandar seu real propósito como idênticos ou bio
disponíveis ou ainda bio idênticos, devem ser vistas com muita cautela e
atenção, já que suplementação é uma
coisa e reposição hormonal é outra
completamente diferente.
Reposição
hormonal deve ser proposta e monitorada por quem conhece e sabe os riscos
envolvidos, nunca de forma rotineira e genérica, nem todos precisam, e dos que
precisam, nem todos podem!
As melhoras
encontradas ao uso de preparados multi hormonais são tão temporárias, quanto
temerárias, pois contemplam hormônios que concorrem e se anulam e ou potencializam
desajustes orgânicos ora reversíveis ou não.
Reposição de
hormônio tireoidiano, por exemplo, tem implicações diretas e imediatas sobre a
frequência e ritmo cardíaco, podendo levar surgimento ou agravamento de patologias
cardiológicas e em casos extremos até ao
óbito.
Reposição de
cortisol ativa ou suprime a atividade
supra renal levando a retenção hídrica ou aumento de excreção com
reflexos na atividade renal e na pressão arterial, assim como interferências
metabólicas em açúcares e gorduras.
A reposição nas
terapias de reposição hormonal de estrógenos e ou testosterona, seja em homens
ou mulheres devem ser avaliadas caso a caso, com cuidados prostáticos e
mastológicos, para prevenção estimulação de cânceres pré existentes.
A suplementação
do hormônio de crescimento e de oxandrolona em idosos sarcopênicos, com perda
de massa muscular, devem ser feita com extremo zelo com a atividade hepática.
Suplementação de
cálcio para quem tem litíase, pedras nos rins, ferro para quem tem sobrecarga
de ferritina, ou gordura no fígado, vitamina C em altas doses para anêmicos
podem atrapalhar ao invés de auxiliar.
O uso exagerado e
indiscriminado de proteínas e aminoácidos devem ser desestimulados e monitorados com aumento de ingesta hídrica e
verificação de função renal mais frequente.
Quando temos,
tudo junto e misturado hormônios diversos em uma única receita, idêntica para
todos, sem individualização e sem as devidas constatações de carências, associados
ou não a suplementos vitamínicos transformam formulas aparentemente inocentes em verdadeiras
bombas de efeitos indeterminado e catastróficas.
Um medicamento
sozinho tem um efeito colateral pré-determinado, dois, três, ou seis
associados potencializam-se nos efeitos
e nas contra indicações mas seus efeitos
associados não podem mais ser determinados
, nem controlados, pois, não existem estudos.
Nada contra suplementos, sejam
minerais, vitamínicos ou proteicos, muito menos contra as reposições tão
pertinentes, apenas alerto para a diferença e para a individualização de ambas.
copiado http://drjoaomarianosepulveda.blogspot.com.br/
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