A direita começa a ver a fria em que se meteu?
São poderosos e eficientes os argumentos da madrugada.
Depois de perder ontem o requerimento de urgência para a tramitação da reforma antitrabalhista, Rodrigo Eduardo Cunha Maia, o presidente da Câmara, usou o método de seu antecessor e pôs de novo em votação a mesma matéria.
E, claro, ganhou, depois de orelhas puxadas e pescoços apertados na escuridão da noite brasiliense.
Foram 287 votos contra 144, resultado de um esforço hercúleo – com o perdão de Hércules – da base governista.
O suficiente para obter o regime de urgência, mas ainda 21 votos abaixo do que a máquina governista precisa demonstrar que possui para aprovar a reforma previdenciária.
O governo não tem conseguido atingir, nunca mais, o “número mágico” de 308 votos que lhe permita pisotear a Constituição.
É isso que está sendo observado.
E é por isso que não podem arrefecer as manifestações previstas para o dia 28.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
Ontem, Fernando Henrique Cardoso, falando no evento português do
Instituto “Gilmar Mendes”, disse que só a legitimidade do voto dá
“condições para o poder ser exercido com a estabilidade necessária para
cuidar das coisas que contam para...
Ontem, Fernando Henrique Cardoso, falando no evento português do Instituto “Gilmar Mendes”, disse que só a legitimidade do voto dá “condições para o poder ser exercido com a estabilidade necessária para cuidar das coisas que contam para o povo”.
Sinal tanto para Michel Temer – o homem que acha que ser impopular é virtude reformadora – quanto para a conspiração judicial que tem seu centro na Procuradoria Geral da República e em altas sombras do Judiciário .
Aqui mesmo, porém, do outro lado do Atlântico, surgiu mais que um sinal, quase uma explicitude, que pode revelar outro movimento de parte da elite que percebe os perigos que a “galinha dos ovos de ouro” Brasil pode estar correndo.
Registrado pelo El País, as falas de despedidas do empresário Roberto Setúbal, que deixa a posição de presidente do Banco Itaú acertou na testa a movimentação de João Dória Júnior para ser a estrela da corte tucana.
Cito-as no contexto, muito bem narrado pelo jornal espanhol, no qual apenas “rearrumo” os momentos:
Luís Nassif, numa análise com a dose de otimismo que sempre devemos nos injetar ao olhar a política – sem o que seria melhor ir para casa, cuidar apenas da vida pessoal – diz em sua ótima análise no GGN que as cúpulas das elites politico empresarias pode estar “se dando conta de que a destituição de uma presidente legitimamente eleita – mesmo com todos seus erros – e a tentativa de destruição de um partido político, desequilibraram todo o sistema político institucional do país, eliminaram os amortecedores para a Lava Jato, permitindo a maior destruição de riqueza da história. E abrem espaço para que um poder maior se apresente. Vestindo coturnos”.
Um país sem instituições políticas, ou ao menos com elas exibidas publicamente como se fosse o valhacouto apenas dos piores bandidos, está sujeito a toda sorte de aventureiros.
E aventureiro são, inevitavelmente, desgraças para nações.
Ontem, Fernando Henrique Cardoso, falando no evento português do Instituto “Gilmar Mendes”, disse que só a legitimidade do voto dá “condições para o poder ser exercido com a estabilidade necessária para cuidar das coisas que contam para o povo”.
Sinal tanto para Michel Temer – o homem que acha que ser impopular é virtude reformadora – quanto para a conspiração judicial que tem seu centro na Procuradoria Geral da República e em altas sombras do Judiciário .
Aqui mesmo, porém, do outro lado do Atlântico, surgiu mais que um sinal, quase uma explicitude, que pode revelar outro movimento de parte da elite que percebe os perigos que a “galinha dos ovos de ouro” Brasil pode estar correndo.
Registrado pelo El País, as falas de despedidas do empresário Roberto Setúbal, que deixa a posição de presidente do Banco Itaú acertou na testa a movimentação de João Dória Júnior para ser a estrela da corte tucana.
Cito-as no contexto, muito bem narrado pelo jornal espanhol, no qual apenas “rearrumo” os momentos:
O presidente do Itaú, Roberto
Setúbal, decidiu dar um pitaco sobre a política brasileira nesta terça,
que reverbera na corrida eleitoral para 2018. No palco de um evento
promovido pelo banco em um hotel em São Paulo, foi questionado pelo
economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, sobre a onda dos empresários
na política. Setúbal respondeu que há espaço na política para aqueles
que gostam do assunto como uma nova carreira.
(…) Parecia que se referia a Doria
quando se referiu à “pessoa certa”. Mas na sequência, falou sobre a
necessidade de “bons políticos” mais do que gestores privados.
“Mas no fim do dia, política é para
políticos”, disse ele, que ainda completou. “Não dá para imaginar que um
gestor competente vai solucionar os problemas do Brasil”, concluiu.
O executivo não nomeou diretamente o
prefeito João Doria Jr., mas chamou a atenção por ter usado a expressão
“gestor”, que é a marca de Doria desde a campanha. “Não sou político,
sou gestor”, repetiu ele seguidamente, num bordão que ajudou a elegê-lo
prefeito da capital paulista em primeiro turno. Setúbal afirmou que
empresários podem ter um olhar diferente para a política. “Nesse
sentido, melhora a gestão pública”. Mas deixou clara a falta de
entusiasmo com essa saída.
Como não se conhece casos de megaempresários que tenha feito
escaladas de dinheiro e poder falando algo gratuitamente, fica evidente o
“contravapor” dado ao “Collor” paulistano.Luís Nassif, numa análise com a dose de otimismo que sempre devemos nos injetar ao olhar a política – sem o que seria melhor ir para casa, cuidar apenas da vida pessoal – diz em sua ótima análise no GGN que as cúpulas das elites politico empresarias pode estar “se dando conta de que a destituição de uma presidente legitimamente eleita – mesmo com todos seus erros – e a tentativa de destruição de um partido político, desequilibraram todo o sistema político institucional do país, eliminaram os amortecedores para a Lava Jato, permitindo a maior destruição de riqueza da história. E abrem espaço para que um poder maior se apresente. Vestindo coturnos”.
Um país sem instituições políticas, ou ao menos com elas exibidas publicamente como se fosse o valhacouto apenas dos piores bandidos, está sujeito a toda sorte de aventureiros.
E aventureiro são, inevitavelmente, desgraças para nações.
Método Cunha de volta. Perdeu a urgência, vota de novo e vence…
São poderosos e eficientes os argumentos da madrugada.
Depois de perder ontem o requerimento de urgência para a tramitação da reforma antitrabalhista, Rodrigo Eduardo Cunha Maia, o presidente da Câmara, usou o método de seu antecessor e pôs de novo em votação a mesma matéria.
E, claro, ganhou, depois de orelhas puxadas e pescoços apertados na escuridão da noite brasiliense.
Foram 287 votos contra 144, resultado de um esforço hercúleo – com o perdão de Hércules – da base governista.
O suficiente para obter o regime de urgência, mas ainda 21 votos abaixo do que a máquina governista precisa demonstrar que possui para aprovar a reforma previdenciária.
O governo não tem conseguido atingir, nunca mais, o “número mágico” de 308 votos que lhe permita pisotear a Constituição.
É isso que está sendo observado.
E é por isso que não podem arrefecer as manifestações previstas para o dia 28.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
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