LAVA JATO Força-tarefa diz ‘sim’ a Dodge Em nota, procuradores do Paraná declararam apoio à escolhida por Temer para o lugar de Janot

Confio, o Brasil precisa. "
Em eventos durante a disputa pela Procuradoria Geral da República, Dodge afirmou que a operação precisa ser mais célere, e defendeu que o combate à corrupção seja prioridade na instituição.

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Escolha. Temer quebrou tradição e indicou Raquel Dodge, a segunda da lista tríplice, para lugar de Janot
PUBLICADO EM 01/07/17 - 03h00
CURITIBA. A força-tarefa da operação Lava Jato, no Paraná, declarou ontem, publicamente, apoio à subprocuradora da República Raquel Dodge por sua indicação para assumir o comando do Ministério Público Federal (MPF). Na última terça-feira, o presidente Michel Temer (PMDB) escolheu, para a cadeira hoje ocupada por Rodrigo Janot, o segundo nome da lista tríplice da eleição interna realizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República.
Em nota, os membros da força-tarefa da Lava Jato pediram que a subprocuradora dê “continuidade ao consistente trabalho de combate à corrupção” realizado pelo MPF. Os procuradores parabenizaram Dodge pela indicação e ressaltaram que ela “possui uma respeitada história na instituição e demonstrou ter a confiança da classe”.
“A força-tarefa faz votos de que a subprocuradora geral possa liderar a instituição na continuidade do consistente trabalho de combate à corrupção que vem sendo feito pelo MPF nos últimos anos, na defesa dos direitos humanos e no cumprimento dos deveres constitucionais e legais do Ministério Público”, diz o texto.
Dodge é considerada um nome de oposição a Rodrigo Janot, que trava um embate histórico com Temer. Na última segunda-feira, o procurador geral denunciou criminalmente o presidente por corrupção passiva no caso JBS. Temer partiu para o enfrentamento e, em manifestação pública, desafiou o procurador a apresentar provas contra ele.
O mandato de Janot vai até setembro. Agora, com a indicação do presidente, o nome de Dodge será submetido a uma sabatina no Senado. Se aprovada, ela assume o mandato por dois anos.
Eleição. Os procuradores, em todo país, haviam eleito na terça-feira os subprocuradores gerais da República Nicolao Dino, Raquel Dodge e Mario Bonsaglia, pela ordem, para a lista tríplice. Nicolao teve 621 votos, Raquel, 587 e Mário, 564. A diferença entre os dois primeiros colocados foi de 34 votos.
Ao indicar Dodge, o presidente quebrou uma tradição que vinha sendo mantida desde o primeiro governo Lula, de prestigiar, na escolha, o primeiro colocado da lista. Embora tenha optado pelo segundo nome, Temer não era obrigado a seguir nenhuma indicação da lista. Pela Constituição, o presidente tem a prerrogativa de escolher o chefe do MPF.
Ao contrário de Janot, a escolhida de Temer mantém boas relações com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), crítico recorrente dos métodos do MPF na Lava Jato. Em eventos durante a disputa pela Procuradoria Geral da República, Dodge afirmou que a operação precisa ser mais célere, e defendeu que o combate à corrupção seja prioridade na instituição.

copiado http://www.otempo.com.br/c

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