HUMBERTO JOSÉ LOPES / Prioridade é melhorar a nota das escolas no Ideb

Humberto José Lopes é professor concursado da Secretaria de Educação do GDF desde a década de 1990 / Foto: Agência Brasília
RENATA MOURA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA

HUMBERTO JOSÉ LOPES / Prioridade é melhorar a nota das escolas no Ideb



Humberto José Lopes é o novo coordenador da Regional de Ensino de Brazlândia. Professor concursado da Secretaria de Educação desde a década de 1990, ele conhece a complexidade do ensino público do Distrito Federal. Já lecionou para as séries iniciais, finais e ensino médio. Também já foi diretor do Centro de Ensino Fundamental 01 naquela regional, na mesma época em que cursou uma pós-graduação em administração escolar. “Quero sempre fazer o melhor, aperfeiçoar aquilo que tenho visto e vivido na prática ao longo dos anos”, resume. Em entrevista à Agência Brasília, Humberto Lopes conta um pouco sobre sua trajetória na vida acadêmica e diz que vai trabalhar para motivar professores e os 18 mil alunos da rede pública na cidade. O professor reforça que sua gestão vai focar na melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Como foi seu ingresso na Secretaria de Educação?
Entrei na Secretaria de Educação por meio de concurso público. Primeiro, atuei como professor de educação básica nas séries iniciais do ensino fundamental. Depois, ministrei aulas de geografia, história, educação me cívica e de organização social e política brasileira. Tive turmas da primeira série até o ensino médio. Ainda na década de 1990, fui convidado para assumir a direção do Centro de Ensino Fundamental 01 de Brazlândia. Lá, optei por cursar uma especialização em administração escolar. Depois, em 1999, assumi o cargo de assessor administrativo da Diretoria Regional de Ensino de Brazlândia. No ano seguinte, fui indicado para ser o diretor da regional e fiquei lá até 2010, quando retornei para as salas de aula na Escola Classe Incra 06, uma escola do campo. Foi uma experiência muito legal. Fiquei no Incra até 2018 e lá desempenhei, além da regência de classe da educação infantil ao quarto ano do ensino fundamental, a função de coordenador pedagógico.
Ao retornar à coordenação regional, quais são suas expectativas?
Senti necessidade de contribuir mais. Aprendi muito ao longo dos anos, acumulei experiências tanto na regional quanto nas escolas urbanas e também no Incra. Então, nesse ano, resolvi participar do processo seletivo para indicação dos novos coordenadores regionais de ensino. Passei por todas as etapas: lista tríplice de indicação pelos gestores educacionais onde fui o primeiro colocado, apresentação de currículo, avaliação de aspectos comportamentais, pessoais e profissionais, além da apresentação de proposta de plano de gestão.
Para elaborar essas propostas, o senhor traçou um diagnóstico da situação real das escolas em Brazlândia. O que precisa ser feito para melhorar o desempenho dos alunos?
Precisamos atuar fortemente em pelo menos quatro grandes problemas: aumentar a nota do Ideb, ampliar a oferta da educação integral, reduzir a evasão e reduzir a retenção escolar. Para isso, pretendemos oferecer cursos de aperfeiçoamento e reciclagem para professores, utilizando recursos tecnológicos e metodologias mais modernas. Queremos incentivar também a capacitação os docentes para oferta de aulas lúdicas, que explorem mais os métodos científicos de investigação. Vamos melhorar a infraestrutura das unidades, construindo e reformando espaços como refeitórios, salas de aula, bibliotecas e laboratórios de ciências e de informática. Queremos também promover encontros para troca de experiências entre os docentes das nossas 32 escolas, porque nosso objetivo é comum. Precisamos melhorar o desempenho dos alunos, diminuir a evasão escolar, principalmente na área rural, e melhorar a defasagem idade/série em curso.
Como foi o desempenho das escolas da regional no Ideb?
A média do Ideb em 2017 para todo o DF foi 6. Aqui, nossas escolas alcançaram a nota média de 4.98. Tivemos algumas escolas com a média melhor, como o CEF 2, que registrou 5.9. Mas precisamos melhorar muito e, para isso, vamos fortalecer as coordenações pedagógicas, estimulando atividades que mirem no processo de aprendizagem dos alunos. Queremos incentivar também a participação dos discentes nas avaliações de larga escala e reforçar em todas as séries atividades interdisciplinares, principalmente as voltadas para matemática e português.
Qual a principal meta da atual gestão da regional?
Temos mais de 18 mil estudantes distribuídos em 32 escolas públicas da rede e mais cinco parceiras, totalizando 37 instituições. E a meta para todas é focar no Ideb, já que neste ano faremos uma nova avaliação. Apesar de não termos uma boa média ainda, temos acompanhado um acesso crescente dos nossos alunos aos cursos superiores das universidades federais e particulares. Isso é prova de que estamos no caminho certo. Se observarmos também as séries iniciais, o ensino fundamental, temos tido uma melhora expressiva. Vamos centrar nossos esforços nos anos finais e no ensino médio, porque é nesse segmento que temos pouca evolução no desempenho.
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A vez da Operação Lava Batina

Reprodução da tv

A vez da Operação Lava Batina


O diagnóstico de que a corrupção no Rio de Janeiro virou metástase é mais que uma metáfora. Na avaliação de investigadores da Lava Jato e de outras operações, instituições que, por motivos diversos, pareciam escapar das apurações sobre escândalos, se bem iluminadas podem cair na vala geral. O agora réu confesso Sérgio Cabral começa a jogar luz sobre setores da Igreja Católica e ameaça puxar o fio da meada na já batizada Operação Lava Toga.
Em novo depoimento ao juiz Marcelo Bretas sobre o mega escândalo na Secretaria da Saúde durante seu longo reinado no Rio de Janeiro, Sérgio Cabral confirmou as quantias astronômicas desviadas dos cofres públicos – exageradamente altas em qualquer lugar do mundo. Só ele não se espanta com tamanhos valores. Chegou a se vangloriar que, em sua gestão, em termos percentuais, a propina caiu de 10% ou mais para módicos 5%.
Dom Orani Tempesta
Com a mesma aparente tranquilidade, Sérgio Cabral pôs a Igreja Católica na roda. Mirou alto, no Cardeal Orani Tempesta, chefe da Igreja no Rio e importante aliado do Papa Francisco na acirrada disputa pelo poder no Vaticano. “Com todo respeito ao Dom Orani, ele tinha interesse nisso”, cravou Cabral depois de discorrer sobre a participação da Igreja Católica no esquema de propina na Secretaria de Saúde.
Cabral ali levantou a ponta da cortina de uma investigação até então mantida sob sigilo. Nessa quinta-feira, a revista Época conta que o ex-padre Wagner Augusto Portugal, homem de confiança do cardeal Orani por mais de 20 anos, confessou, em delação premiada, sua participação em desvio de R$ 52 milhões em contratos da Secretaria de Saúde com a organização social católica Pró-Saúde. Wagner era diretor de Relações Institucionais e de Filantropia da Pró-Saúde, entidade nacional, sediada em São Paulo, com cerca de 50% de seu faturamento no Rio de Janeiro.
Depois que trocou de advogado e passou a assumir a autoria dos crimes que lhe são atribuídos, Sérgio Cabral se diz mais leve. A citação a Dom Orani, que pode resultar numa operação Lava Batina, é interpretada por investigadores como um aperitivo do que Cabral pode pôr na mesa em troca de benefícios judiciais, para si próprio e/ou a sua mulher, a advogada Adriana Anselmo: entregar juízes de todas as instâncias em variados tribunais na tal operação Lava Toga.
A conferir.

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A herança maldita para o novo Bebianno. Agenda político-policial pode atropelar Previdência de novo

Bebianno, Onyx e Bolsonaro. Foto Orlando Brito

A herança maldita para o novo Bebianno

 
Esta semana ouvi de um político escaldado: “Bebianno cai e, uma semana depois, ninguém mais se lembra. Assim como não se fala mais no Queiroz porque houve Brumadinho, nem nas denúncias contra o Temer ou o Aécio”.
Não é bem assim, especialmente no caso do ex-ministro Bebianno. Tido como bom articulador, o ex-amigo e suposto mentiroso pode ser lembrado toda vez que o governo sofrer uma derrota política, ou simplesmente enfrentar uma dificuldade no Congresso. E olha que não vão faltar dificuldades… A demissão de Bebianno aconteceu no momento errado.
Com a entrega da proposta de reforma da Previdência e do pacote anticrime ao Congresso Nacional o governo Bolsonaro começou efetivamente. E a estreia não foi muito auspiciosa. O governo recebeu dois recados claros.
Recados do Congresso
O ministro da Justiça ouviu – a atendeu – recomendações para retirar do pacote anticrime a parte que propõe a criminalização do Caixa 2 em campanha eleitoral. O projeto vai tramitar separado. O problema é que quem vai votá-lo são os mesmos que pediram a sua retirada do pacote. Acredito que, agora, as chances de a prática do Caixa 2 virar crime são as mesmas de Bebianno voltar ao governo.
Bolsonaro, Mourão e Onyx. Foto Divulgação
O outro recado foi entregue diretamente no gabinete do vice-presidente Hamilton Mourão. No exercício da Presidência da República, o general assinou decreto ampliando o número de funcionários com autoridade para decidir quais documentos oficiais podem ser classificados como secretos e ultrassecretos, medida que reduziria a eficácia da Lei de Acesso à Informação.  O decreto foi derrubado pelos votos de mais de 350 deputados, incluída aí a gente da base do governo.
A mensagem é clara:
– Ei presidente! Nós estamos aqui, oquei?? Não esqueça da gente! Não é pressão. É só pra lembrar que, aqui, somos nós que votamos…
O governo agora, precisa mais de que tuítes prometendo reformas e combate ao crime e à corrupção. Quem votou em Bolsonaro e, mais ainda, quem não votou, já, já vai cobrar emprego, hospitais, escolas…
A base aliada também vai pedir mais que argumentos para defender o governo. Esse pessoal vai querer atender os eleitores. E para isso, não basta verbo. É preciso verba.
Onyx Lorenzzoni. Foto Orlando Brito
Quem vai ficar encarregado de atender esse pessoal todo e puxá-lo para a trincheira do governo? Bebianno, dizem, tinha jeito para coisa… Mas Bebianno já foi.
No começo, especulava-se que a articulação política, a conversa individual com deputados e senadores ficaria a cargo do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O que o credenciaria para à função é a condição de deputado e ex-líder da bancada do Democratas na Câmara.
Vem troco aí…
Mas o chefe da Casa Civil já sofre bombardeio amigo. Um dos desafetos de Onyx é ninguém menos que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Correligionário de Maia, Onyx teria articulado para impedir que ele fosse reeleito presidente da Câmara, embora o companheiro de partido tenha dado mais de uma demonstração de comprometimento com uma rápida tramitação da reforma da Previdência.
Agora, vem o troco, Maia infla o ego da recém-eleita deputada da Joice Hasselmann – já bem calibrado por mais de 1 milhão de votos – apontando-a como uma potencial coordenadora da base aliada. Se bem-sucedido, Maia, no mínimo, colocará uma sombra nos holofotes de Onyx. E a coordenação vira descoordenação.
Então, o quadro é esse. Todo mundo tem certeza de que a reforma da Previdência é urgente e necessária. Governadores e prefeitos – quase todos quebrados – apoiam as mudanças. E todos sabemos da Influência que governadores podem exercer sobre as bancadas estaduais.
Só quem vota parece hesitar em assumir posição clara. Até o líder do PSL, partido do presidente, deputado Delegado Waldir, quer examinar melhor o texto antes de emitir opinião…
Guedes e Moro articulam seus projetos?
Ministros Sergio Moro, Onyx Lorenzzoni e Paulo Guedes com Rodrigo Maia. Foto Isaac Amorim/AG.MJ
Desse jeito, talvez o presidente Bolsonaro tenha que tomar para si a articulação política, mas ele está mais para chefe do que para líder. Com apenas um civil, Onyx, no seu entorno, o presidente tem, também, a alternativa de se socorrer de um general pra ajudar na coordenação política. E aí, quem já deu mostras de que gostaria de ocupar esse espaço é o general Mourão.
Aliás, a ala militar do governo tem atuado com competência nos bastidores da política e ajudado até na articulação familiar do presidente. Ajuda que pode ser importante na hora de explicar por que a mexida no regime previdenciário das Forças Armadas só vai ser feita depois da reforma da previdência dos brasileiros sem farda.
Tem, ainda, a possibilidade de cada ministro ser o articulador do próprio projeto. Paulo Guedes articula a reforma da Previdência. Sergio Moro cuida do pacote anticrime.
Se nada disso der certo, o negócio é abrir inscrições, chamar candidatos para entrevistas e avisar que o trabalho incluirá a articulação familiar. Afinal, Bebianno se foi, mas filho não se demite.
Fernando Guedes é jornalista, sócio da SHIS Comunicação
Sérgio Cabral, ex governador do Rio. Foto Orlando Brito

Agenda político-policial pode atropelar Previdência de novo

A agenda político-policial voltou com força esta semana, com os vazamentos da delação premiada da OAS e a disposição do ex-governador Sérgio Cabral de contar tudo – ou quase tudo – sobre o esquema de arrecadação de propinas montado no Rio de Janeiro. A rigor, os 21 nomes da OAS não trazem grandes novidades, e Cabral vem confirmando aquilo que já vinha sendo investigado e ele negava. Mas o impacto desses dois movimentos pode vir a ser enorme, e atropelar a pauta política, incluindo aí até o debate da Previdência.
Apesar do alto grau de renovação do Congresso nas últimas eleições, muitos dos nomes da lista da OAS estão no Legislativo e têm votos. Mais do que isso, até mesmo um importante articulador da reforma, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é citado sob a acusação de ter recebido R$ 50 mil no caixa 2 para sua campanha à prefeitura em 2012.
José Serra.
José Serra
Outros nomes estrelados foram citados, de modo geral com valores bem superiores ao que foi atribuído a Maia. Aécio Neves, Jaques Wagner, Nelson Pellegrino, José Serra e outros que têm mandato. Se as investigações começarem a produzir espuma e noticiário, o ambinete no Congresso poderá acabar contaminado, prejudicando os planos de aprovar a Previdência com celeridade.
A delação não premiada de Sérgio Cabral, que está ainda apenas no começo, já deixou  muita gente de cabelo em pé nos três poderes e em todas as instâncias da federação. Movido provavelmente pela intenção de aliviar a situação da mulher, Adriana Alcelmo, e obter alguma redução de pena, Cabral está confirmando as acusações de recebimento de propina que antes negava, sem poupar os amigos. O sucessor Pezão e os ex-secretários Regis Fichtner e Marcelo Cortez foram os primeiros citados, mas Cabral promete mais, incluisve entregar integrantes do Judiciário.
Se realmente cumprir a promessa, haverá um enorme rebuliço no Congresso, e será inevitável a criação da CPI da Lava Toga, que por pouco não foi instalada no início da legislatura. Nesse cenário de poder investigando poder, é grande a chance de a discussão da Previdência também acabar atropelada.

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PSG enfrentará Nantes ou Vitré nas semifinais da Copa da França. Dono dos Patriots se declara inocente em escândalo sexual

PSG enfrentará Nantes ou Vitré nas semifinais da Copa da França

AFP / Philippe LOPEZO atacante argentino do PSG, Ángel Di Maria, marcou dois gols na vitória de 3 a 0 sobre o Dijon pelas quartas de final da Copa da França
O Paris Saint-Germain, campeão das últimas quatro edições do torneio, enfrentará o Nantes ou o modesto Vitré (4ª divisão) nas semifinais da Copa da França, enquanto o Lyon medirá forças com o Rennes, após sorteio realizado nesta quinta-feira.
O Nantes e o Vitré se enfrentam para definir o último classificado das quartas de final na próxima quarta-feira. Se avançar, o Nantes receberá o PSG em casa. Em caso de classificação do Vitré, o PSG jogará a semifinal como visitante.
De qualquer maneira, os parisienses evitaram um cruzamento nas semifinais com o Lyon.
As semifinais serão disputadas em 2 e 3 de abril.

Dono dos Patriots se declara inocente em escândalo sexual

AFP/Arquivos / Mandel NGANRobert Kraft, o multimilionário proprietário do New England Patriots, vencedor do Super Bowl do futebol americano de 2019
Robert Kraft, o bilionário dono da franquia de futebol americano New England Patriots, se declarou inocente de solicitar serviços de prostituição na Flórida, uma prática ilegal nesse Estado, em meio ao desmantelamento de uma rede de tráfico de seres humanos.
Kraft é um dos 25 homens acusados pela promotoria de Palm Beach, na Flórida, de supostamente ter pago mulheres por sexo em uma casa de massagens na cidade de Jupiter, 145 km ao norte de Miami.
Um documento judicial do tribunal, divulgado nesta quinta-feira pela filial local da emissora ABC, mostra que Kraft se declarou inocente das acusações.
O bilionário de 77 anos, cuja equipe conquistou o Super Bowl este ano, terá que comparecer diante de um tribunal em 27 de março.
O promotor do condado de Palm Beach, Dave Aronberg, garantiu aos jornalistas na segunda-feira que Kraft, amigo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não será tratado de maneira distinta dos outros acusados no caso.
"Ninguém recebe uma justiça especial no condado de Palm Beach", declarou Aronberg.
A polícia detalhou no comunicado que Kraft foi visto entrando na casa de massagens em duas ocasiões separadas, em 19 e 20 de janeiro, na manhã em que os Patriots venceram o Kansas City Chiefs na final de conferência AFC, se classificando para o Super Bowl.
Segundo as acusações, o empresário, que tem fortuna estimada em mais de 6.6 bilhões de dólares, teve relações sexuais com uma massagista da casa de massagens Orchids of Asia Day Spa. Lá, as mulheres, em sua maioria chinesas levadas aos Estados Unidos por falsas propostas de trabalho, eram forçadas a se prostituir.
Aronberg informou que a promotoria está tratando o assunto com um caso de tráfico de seres humanos.

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Carnaval das Mulheres

Novidades na Seleção

‘Maior lucro desde 2011’

Justiça argentina inocenta Menem por encobrir ataque a AMIA e condena ex-juiz

Justiça argentina inocenta Menem por encobrir ataque a AMIA e condena ex-juiz

AFP/Arquivos / VICTOR ROJASO ex-presidente (1989-1999) Carlos Menem deixa estúdio de TV em Santiago do Chile, 9 de setembro de 2004
Um tribunal argentino declarou inocente, nesta quinta-feira (28), o ex-presidente Carlos Menem da acusação de encobrir os autores do atentado contra o centro judaico AMIA em 1994, delito pelo qual condenou seu ex-chefe de Inteligência e um ex-juiz, entre outros ex-funcionários e cúmplices.
Os juízes emitiram sentenças de seis anos de prisão para o ex-magistrado responsável pelo caso, Juan Galeano, e de quatro anos para o ex-chefe de Inteligência do governo de Menem, Hugo Anzorreguy, por desviarem a investigação sobre o ataque, que deixou 85 mortos e 300 feridos.
"Sinto tranquilidade. Queríamos a verdade e que pagassem pelo que fizeram. Deve-se seguir investigando", disse, ao sair da corte, Jorge Burstein, de uma organização de familiares das vítimas.
A Argentina acusou ex-governantes iranianos pela bomba na Associação Mutual Israelita (AMIA), mas nunca conseguiu levá-los a julgamento. Suspeita-se, além disso, que tiveram uma poderosa conexão local, que ainda não foi identificada.
O encobrimento consistiu em pagar ao suposto vendedor da caminhonete-bomba, Carlos Telleldín, cerca de 400.000 dólares para que acusasse um grupo de policiais e em ordenar a liberdade dos primeiros acusados.
A chamada "pista spiria" apontava a princípio para a família Kanoore, amiga dos Menem, ambos descendentes de sírios, e à família Haddad, de origem libanesa, que comprava no mercado explosivo amonal, como o utilizado para detonar a AMIA.
"Está aliviado. Nunca houve uma ordem de Menem para interromper a investigação", disse, ao final do julgamento o advogado do ex-presidente, Omar Daer.
Outro atentado havia sido cometido em 1992 contra a embaixada israelense, deixando 29 mortos e 200 feridos, que permanece impune.
- Irã na mira -
O maior atentado da história da Argentina também continua impune. O Irã sempre se recusou a que seus ex-governantes, entre eles o ex-presidente Ali Rafsanjani, fossem interrogados.
Dois ex-policiais foram sentenciados a 3 anos de prisão e dois ex-procuradores, a 2 anos, enquanto Telleldín deverá cumprir 3 anos e 6 meses preso. Sua esposa, Ana Boragni, foi condenada a dois anos.
Junto com Menem, presidente argentino entre 1989 e 1999, foram absolvidos o ex-líder da associação judaica Rubén Beraja, um advogado e dois ex-membros dos serviços de segurança.
AFP / ALI BURAFIVárias pessoas andam pelos escombros do prédio da AMIA, depois de um ataque com explosivos, em 18 de julho de 1994, em Buenos Aires
Organizações de familiares das vítimas foram demandantes e condenaram o acobertamento, em um enfrentamento com autoridades da organização.
Adriana Reisfeld, presidente da Memória Ativa, havia antecipado à AFP que eram aguardadas condenações para os 13 acusados. Sua irmã, Noemi, morreu no ataque, aos 36 anos.
- Menem no banco dos réus -
A promotoria havia pedido quatro anos de prisão para Menem, hoje senador de 88 anos, que tem direito ao foro privilegiado.
O ex-presidente tinha declarado que contava com informação secreta que não podia revelar.
"Tratam-se de razões de Estado que podem afetar o governo atual, os interesses da nação e a convivência pacífica com outras nações", disse seu advogado em 2016.
Não foi o primeiro processo contra o ex-presidente. Em 2013, Menem foi condenado a sete anos e meio de prisão por contrabando de armas à Croácia e ao Equador, embora depois a Justiça o tenha absolvido por "se exceder nos prazos razoáveis" para provar o delito.
Em 2015, foi sentenciado a quatro anos e meio de prisão por pagamento de "extras" (sem declarar) a altos funcionários.
- "Misérias" -
Em sua defesa, o ex-juiz Galeano afirmou que "a investigação da AMIA foi vítima da miséria interna dos serviços de Inteligência e segurança".
Em 2004, após quase uma década na prisão, os policiais acusados falsamente e Telleldín foram absolvidos por um tribunal que anulou a causa que Galeano julgada por causa de irregularidades.
Outra ação por acobertamento foi aberta em 2017 contra a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015), por impulsionar no Congresso um acordo com o Irã para julgar os iranianos em um país neutro. O acordo nunca se cumpriu.

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CIDH exige a governo Maduro que proteja a vida de Guaidó

CIDH exige a governo Maduro que proteja a vida de Guaidó

AFP/Arquivos / Federico PARRA, YURI CORTEZNicolás Maduro, presidente da Venezuela (esq.), e Juan Guaidó, líder da oposição (dir.)
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) exortou nesta quinta-feira (28) o governo venezuelano, chefiado pelo presidente Nicolás Maduro, a proteger a vida do líder opositor Juan Guaidó, após reportar denúncias de ameaças de morte contra ele.
A CIDH, entidade autônoma da Organização dos Estados Americanos (OEA), lembrou às autoridades venezuelanas que devem cumprir as medidas de proteção outorgadas em 25 de janeiro a Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela.
Em sua condição de chefe do Parlamento, Guaidó se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, comprometendo-se a organizar novas eleições depois que o Legislativo considerou ilegítima a reeleição de Maduro.
A CIDH, que no fim de semana rejeitou em um tuíte "o uso da força como recurso para solucionar qualquer diferença na Venezuela", disse na quinta-feira ter conhecimento de ameaças recentes de morte contra Guaidó.
"Tais ameaças teriam sido feitas através de telefonemas a familiares e teriam sido antecedidas de outros eventos de risco que foram conhecidos pela Comissão", indicou.
Segundo a visita de "supostos funcionários de uma unidade especial da Polícia Bolivariana" à residência de Guaidó, assim como a prisão temporária do líder opositor em meados de janeiro, que segundo lembrou a CIDH foi qualificada pelas autoridades venezuelanas de "irregular".
Guaidó foi detido em 13 de janeiro a plena luz do dia quando viajava por uma rodovia, interceptado por duas caminhonetes com agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), encapuzados e com armas longas.
Por tudo isso, a CIDH pediu ao governo de Maduro a garantir a integridade e a segurança de Guaidó e de sua família, "inclusive a proteção aos seus direitos em relação a atos de risco atribuíveis a terceiros".
Guaidó, que na semana passada burlou uma ordem de proibição de saída do país emitida pela Justiça alinhada a Maduro, anunciou nesta quinta-feira, em visita ao Brasil, que vai voltar a Caracas "nos próximos dias (...) apesar das ameaças".
"Recebo ameaças pessoais e familiares, mas também ameaças de encarceramento por parte do regime. Mesmo assim, isto não vai evitar nosso retorno à Venezuela este fim de semana, mais tardar na segunda-feira", disse em coletiva de imprensa.
Maduro disse que o líder opositor deverá enfrentar a Justiça em seu retorno ao país, segundo entrevista à emissora americana ABC News, difundida na segunda-feira.

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Guaidó diz que voltará à Venezuela nos próximos dias, 'apesar das ameaças'

Guaidó diz que voltará à Venezuela nos próximos dias, 'apesar das ameaças'

AFP/Arquivos / Luis ROBAYOO líder da oposição da Venezuela, Juan Guaido (C) tira uma selfie para sua esposa Fabiana Rosales (2-D), o presidente chileno Sebastián Piñera (ao lado dele à esquerda), para o presidente colombiano Iván Duque (de volta) , ao presidente paraguaio Mario Abdo Benítez (D) durante o concerto "Venezuela Aid Live"
AFP / Sergio LIMAO líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, saúda depois de realizar uma reunião na sede da União Europeia em Brasília, em 28 de fevereiro de 2019
O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó,reconhecido presidente interino por mais de 50 países, garantiu nesta quinta-feira (28), em Brasília, que voltará a seu país "nos próximos dias", após ser recebido pelo presidente Jair Bolsonaro.
"Recebo ameaças pessoais e familiares, mas também ameaças de prisão por parte do regime" de Nicolás Maduro, afirmou Guaidó em coletiva de imprensa ao lado de Bolsonaro. "Mesmo assim, isso não vai evitar nosso retorno" à Venezuela.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo, informou no Twitter que Guaidó chegará a Assunção na sexta-feira. O líder da oposição, de 35 anos, não confirmou a informação, limitando-se a afirmar que tinha agenda prevista no fim de semana e na segunda-feira, mas depois disse: "No mais tardar, voltarei [para a Venezuela] na segunda-feira".
Maduro disse que Guaidó terá que responder por violar a lei, porque a Justiça - alinhada ao governo - proibiu-o de sair do país.
Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, participou na segunda-feira em Bogotá de uma reunião do Grupo Lima, formado por uma dezena de países latino-americanos e o Canadá, que se comprometeram a apertar o cerco econômico e diplomático a Maduro sem recorrer à força - uma possibilidade que os Estados Unidos deixaram em aberto.
O líder opositor chegou a declarar que todas as opções deveriam estar sobre a mesa, mas depois esclareceu que essas eram opções não militares.
Nesta quinta-feira, ao lado de Bolsonaro, ele declarou: "estamos lutando por eleições livres, dentro da estrutura da Constituição".
Segundo o especialista em Relações Internacionais Ronald Rodriguez, do Observatório da Venezuela da Universidade do Rosário, colombiana, Guaidó não tem outra opção a não ser retornar ao seu país para assumir o comando da oposição.
"A realidade é que muitos deles já estão começando a sentir que o tempo está passando, e eles sabem que, se deixarem passar, não será fácil tirar Nicolás Maduro", disse.
O líder opositor fez um fracassado levante popular e militar no último sábado para deixar entrar caminhões com ajuda humanitária, em grande parte norte-americana, enviados das fronteiras com a Colômbia e o Brasil.
No entanto, 567 membros das forças armadas venezuelanas desertaram e cruzaram para a Colômbia desde sábado, além de uma dúzia para o Brasil.
Guaidó também denunciou na quinta-feira o sequestro de três membros de sua equipe que estavam retornando da fronteira colombiana para Caracas e exigiu "sua libertação imediata".
- 'Mea culpa' brasileiro -
Bolsonaro se desculpou pelo apoio dado a Maduro e seu antecessor, Hugo Chávez, pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
"Faço mea culpa aqui porque dois ex-presidentes do Brasil tiveram parte, foram responsáveis, pelo que vem acontecendo na Venezuela hoje em dia", afirmou.
"O Brasil estava num caminho semelhante. Graças a Deus, o povo aqui acordou e em parte se mirou no que acontecia negativamente em seu país e resolveu dar um ponto final no populismo, na demagogia barata que leva à situação em que seu pais se encontra", acrescentou, dirigindo-se a Guaidó.
Guaidó se encontrou pela manhã com diplomatas europeus em Brasília, cujos países não reconhecem Maduro, por considerar que sua reeleição foi fraudulenta. Diante desse cenário, Guaidó, presidente do Parlamento, proclamou-se em 23 de janeiro como o governante responsável.
O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, vê o risco de uma guerra civil diante da situação política na Venezuela.
- Batalha na ONU -
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Os Estados Unidos submeteram à votação no Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira um projeto de resolução que exige eleições presidenciais na Venezuela e entrada "sem exigências" da ajuda humanitária com alimentos e remédios - mas ele foi vetado por Rússia e China.
A África do Sul, membro não permanente do Conselho, também votou contra o texto americano, que pedia eleições "livres, justas e confiáveis" no país e foi apoiado por nove dos 15 membros do organismo.
Os russos, por sua vez, fracassaram em sua tentativa de aprovar um projeto de resolução que expressava inquietação com as "ameaças de uso da força".
O chanceler chavista Jorge Arreaza havia pedido nesta quarta-feira uma reunião entre Maduro e Trump, mas o vice-presidente americano, Mike Pence, rechaçou essa possibilidade.
"A única coisa para ser discutida com Maduro neste momento é a hora e a data de sua saída", escreveu no Twitter Pence, acrescentando a hashtag em espanhol #VenezuelaLibre".
Também nesta quinta, o presidente boliviano, Evo Morales, lamentou os riscos de soarem os "tambores de guerra" no continente latino-americano.
"Nas últimas semanas, vimos os sérios danos causados pelos tambores de guerra. Condenamos todas as formas de violência armada em nossos territórios e rejeitamos a agressão dos Estados Unidos", disse Morales em uma reunião da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana (EuroLat).
A Venezuela atravessa uma grave crise, com escassez de alimentos e medicamentos, que levou ao êxodo de 2,7 milhões de pessoas.
Para Maduro, isso é um resultado do cerco financeiro que Washington aplica a seu país. O sucessor de Chávez garante que a ajuda humanitária promovida por Guaidó esconde um plano de intervenção militar dos Estados Unidos.
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IAG encomenda 18 Boeing 777 de última geração para a British Airways

IAG encomenda 18 Boeing 777 de última geração para a British Airways

FILES/AFP/Arquivos / Adrian DENNISO grupo IAG, matriz das companhias Iberia e British Airways, anunciou um aumento espetacular de 45% de seu lucro líquido em 2018 e a compra de 18 aviões Boeing 777-9 de longa distância para a companhia britânica
O grupo IAG anunciou, nesta quinta-feira, a encomenda de 18 Boeing 777-9 com preço de catálogo de 8 bilhões de dólares para a companhia British Airways, informando também um espetacular aumento de seu lucro líquido em 2018.
A IAG, que também é proprietária da Iberia, da Aer Lingus, da Vueling e da Level, informou que a compra de 18 Boeing 777-9 vai lhe permitir substituir 14 Boeing 747 e 4 Boeing 777-200 (uma versão anterior do 777) que devem deixar a frota da British entre 2022 e 2025.
Essas novas aeronaves serão modelos de última geração, 777x, que a fabricante americana lançou para renovar seus 777, com primeira entrega para 2020. Cada avião está equipado com dois motores e seu interior é desenhado para transportar 325 passageiros em quatro classes diferentes.
"O novo B777-9 é o avião de longo alcance mais econômico em combustível do mundo e oferecerá diversas vantagens à frota da British Airways. É ideal para substituir o Boeing 747, seu tamanho e sua autonomia se adequam perfeitamente à rede da companhia", comemorou o CEO da IAG, Willie Walsh, em um comunicado.
A encomenda foi anunciada duas semanas depois de a fabricante europeia Airbus decidir interromper a produção de seu gigantes dos ares A380 até 2021 or falta de clientes.
A British Airways conta com 12 A380 em sua frota e, no começo de fevereiro, Walsh não descartou uma possível nova encomenda desta aeronave - a maior de transporte civil do mundo.
"Temos diálogos neste momento com a Boeing e a Airbus, a Rolls-Royce e a GE (General Electric) para ter mais aparatos grandes para substituir o último segmento do 747 que devemos abandonar em 2022-2024", tinha afirmado Walsh. O empresário tinha alertado, contudo, que a Airbus deveria ser mais "agressiva" nos preços se quisesse vender o A380.
Em 14 de fevereiro, a Airbus anunciou o fim da produção desta aeronave, depois que a empresa Emirates, principal cliente deste modelo, decidiu reduzir seus pedidos.
A British Airways optou pela nova versão do 777. Na quinta-feira, Waslh salientou que isso permitiria à empresa reduzir "30% do consumo de combustível por assento em comparação com o Boeing 747". O 777-9 tem autonomia de cerca de 14.000 km.
"Esta aeronave é inigualável em termos de eficiência e desempenho", disse Kevin McAllister, presidente da divisão aeronáutica da Boeing, em comunicado separado.
A empresa matriz da Iberia e da British anunciou ainda que obteve em 2018 um lucro de 2,9 bilhões de euros (3,3 bilhões de dólares), sustentado pelo crescimento geral do transporte aéreo.
O grupo transportou um número recorde de 113 milhões de passageiros graças às novas rotas transcontinentais da British Airways, da Iberia e da Aer Lingus.
Walsh elogiou "um desempenho muito bom apesar de três grandes desafios: um aumento de 30% nos preços dos combustíveis, as dificuldades ligadas ao controle de tráfego aéreo e um impacto negativo de 129 milhões de euros (147 milhões de dólares)".


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