INTERNACIONAL Venezuela: Quatro membros da Guarda Nacional desertaram para a Colômbia Pelo menos quatro membros da Guarda Nacional Bolivariana venezuelana desertaram hoje na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, e pediram a proteção das autoridades na cidade colombiana de Cúcuta, revelaram fontes oficiais. Venezuela. Militares dispersam manifestantes na fronteira com gás lacrimogéneo Militares da Guarda Nacional da Venezuela lançaram hoje gás lacrimogéneo sobre manifestantes que se concentravam junto à ponte fronteiriça com a Colômbia.

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Venezuela: Quatro membros da Guarda Nacional desertaram para a Colômbia


Pelo menos quatro membros da Guarda Nacional Bolivariana venezuelana desertaram hoje na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, e pediram a proteção das autoridades na cidade colombiana de Cúcuta, revelaram fontes oficiais. 

Pelo menos quatro membros da Guarda Nacional Bolivariana venezuelana desertaram hoje na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, e pediram a proteção das autoridades na cidade colombiana de Cúcuta, revelaram fontes oficiais.


Três membros da guarda venezuelana acabaram de desertar da ditadura de Nicolás Maduro na Ponte Internacional Simón Bolívar e solicitaram ajuda da Migração da Colômbia", anunciou o serviço de estrangeiros colombiano numa curta mensagem enviada à imprensa.
Mais tarde, a Migração da Colômbia acrescentou que um sargento venezuelano também desertou das fileiras na Ponte Francisco de Paula Santander.
O incidente teve lugar no dia em que o Presidente colombiano, Iván Duque, leva ajuda humanitária à Venezuela, juntamente Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente interino do país.
Guaidó que fez sua primeira aparição internacional em Cúcuta na sexta-feira, durante o concerto "Venezuela Live Aid", organizado pelo bilionário Richard Branson para apoiar a entrada de ajuda humanitária na Venezuela.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos do Presidente Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já dezenas de mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou cerca de 3,4 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Em 2016, a população da Venezuela era de aproximadamente 31,7 milhões de habitantes e no país residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

TENSÃO

Venezuela. Militares dispersam manifestantes na fronteira com gás lacrimogéneo


O governo de Nicolas Maduro fechou a fronteira com a Colômbia, onde milhares de venezuelanos esperavam ajuda humanitária
Sem adiantar mais informação, a Agência France Press refere apenas que os militares governamentais dispersaram os manifestantes do local com recurso ao lançamento de gás lacrimogéneo.
Horas antes, o governo da Venezuela tinha anunciado que iria encerrar parcialmente a fronteira com a Colômbia perante "as ameaças" contra a sua soberania, a poucas horas da esperada entrada de ajuda humanitária internacional através da cidade de Cúcuta.
Numa publicação divulgada na rede social Twitter, na sexta-feira (madrugada de hoje, em Lisboa), a vice-Presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, afirmou que o Governo vai "fechar temporariamente" as pontes Simón Bolívar, Santander e Unión.
A medida surge depois do Presidente, Nicolás Maduro, ter encerrado a fronteira com o Brasil, onde, no mesmo dia, confrontos entre o exército e uma comunidade indígena deixaram pelo menos dois mortos.
A entrada de ajuda humanitária, especialmente os bens fornecidos pelos Estados Unidos, no território venezuelano tem sido um dos temas centrais nos últimos dias do braço-de-ferro entre o autoproclamado Presidente interino, Juan Guaidó, e Nicolás Maduro.
O Governo venezuelano tem insistido em negar a existência de uma crise humanitária no país, afirmação que contradiz os mais recentes dados das Nações Unidas, que estimam que o número atual de refugiados e migrantes da Venezuela em todo o mundo situa-se nos 3,4 milhões.
Maduro encara a entrada desta ajuda humanitária como o início de uma intervenção militar por parte dos norte-americanos e tem justificado a escassez com as sanções aplicadas por Washington.

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