México lança plano para aumentar proteção de cidadãos que vivem nos EUA. Governo e oposição da Nicarágua retomam diálogo

México lança plano para aumentar proteção de cidadãos que vivem nos EUA

GETTY IMAGES/AFP / JOHN MOORE(2017) Voluntário (e) ajuda imigrante mexicana a preencher pedido de cidadania americana, durante evento realizado em Nova York
O México vai iniciar um programa de 10 pontos para aumentar a proteção dos mexicanos que vivem nos Estados Unidos, focado, principalmente, na distribuição de consulados móveis, informou o ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, nesta quinta-feira (28).
"Queremos mudar a mentalidade defensiva por uma mentalidade proativa", disse Ebrard durante a conferência matutina do presidente Andrés Manuel López Obrador.
Ao destacar a necessidade de fortalecer a rede de consulados, o ministro das Relações Exteriores explicou que um total de 11,3 milhões de pessoas nascidas no México vivem nos Estados Unidos, das quais 8% têm visto, 27% são residentes permanentes, 17% têm dupla cidadania, mas 48% estão sem documentação regular.
Falta de orientação e representação legal e visitas insuficientes às prisões e centros de detenção são algumas das reclamações recebidas pelo governo López Obrador, que tomou posse em dezembro passado, expostas na conferência.
Com um investimento de 171,3 milhões de dólares para este ano, o governo mexicano criará mais "consulados móveis abrangentes voltados para as comunidades mais vulneráveis", disse Ebrard.
Por sua parte, López Obrador disse que não pretende visitar os Estados Unidos imediatamente.
"Recebemos tratamento respeitoso do governo dos Estados Unidos, então não preciso ir com nossos compatriotas", disse o presidente.
"Eu fui lá quando havia um ambiente muito hostil, fiz uma presença e estabeleci uma posição, espero que essa atmosfera não volte", disse ele.
O presidente americano, Donald Trump, insistiu na necessidade de construir um muro polêmico na fronteira com o México para impedir a imigração ilegal.
Seus esforços sofreram um revés na terça-feira na Câmara dos Deputados, onde os democratas rejeitaram a declaração de "emergência nacional" feita pelo presidente para obter os fundos necessários para o muro.

Governo e oposição da Nicarágua retomam diálogo

AFP/Arquivos / INTI OCONLeopoldo Brenes (d) e Denis Moncada participam de entrevista coletiva em Manágua
O governo de Daniel Ortega e a oposição da Nicarágua retomaram nesta quinta-feira (28) as negociações com vistas a pôr fim à grave crise que sacode o país, um dia depois da adoção de um "mapa do caminho" para as discussões.
Na quarta, governo e oposição conseguiram entrar em acordo em nove de 12 propostas a ser discutidas no diálogo.
Hoje, as partes avançam "na consolidação" dos procedimentos das negociações.
Participaram das conversas seis delegados do governo e seis da oposição, sob a mediação do cardeal católico Leopoldo Brenes, reunidos a portas fechadas na sede do Instituto Centro-americano de Administração de Empresas (INCAE), 15 km ao sul da capital, Manágua.
O chanceler Denis Moncada encabeça a delegação do governo, enquanto o jurista e ex-diplomata Carlos Tünnnermann lidera a da opositora Aliança Cívica pela Justiça e a Democracia (ACJD).
Ortega anunciou na semana passada a vontade de retomar o diálogo para restaurar "a paz e a segurança" na Nicarágua e "abrir uma nova via" de entendimento, após dez meses de crise política que deteriorou a economia.
Antes da instalação da mesa, o governo libertou cem dos mais de 700 opositores presos por participar dos protestos que estouraram em abril contra o governo de Ortega.
O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, celebrou o gesto e afirmou que "o caminho da libertação dos presos políticos retira os obstáculos e nos leva a soluções institucionais e democráticas".
Contudo, entre os ex-detidos não estava nenhum conhecido dirigente opositor.
COSEP/AFP / Carlos ROSTRANImagem fornecida pelo serviço de imprensa do Conselho Superior da Empresa Privada (Cosep) mostra representantes do governo da Nicarágua e da oposição no início do diálogo, em 27 de fevereiro de 2019
As duas partes voltaram a se encontrar nove meses depois de uma negociação fracassada mediada pelo episcopado, durante a violenta repressão dos protestos antigovernamentais, nos quais morreram pelo menos 325 pessoas, 700 foram detidas e milhares se exilaram em países vizinhos.
Ortega, de 73 anos, alegou naquela rodada de diálogo que os opositores e a Igreja pretendiam tirá-lo do governo ao propor uma agenda de reformas, que incluía antecipar as eleições de 2021.
Nesta ocasião, o bloco opositor que reúne empresários, estudantes, camponeses e organismos da sociedade civil proporia a participação de "garantidores internacionais", como a OEA e as Nações Unidas.
AFP/Arquivos / EMMANUEL DUNANDUma mulher mostra um cartaz pedindo liberdade para estudante detida na Nicarágua, durante protestos contra o governo em 26 de fevereiro de 2019
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