Chefe do Pentágono cancela viagem à Europa por crise na Venezuela
AFP/Arquivos / Brendan SmialowskiO secretário interino da Defesa dos EUA, Patrick Shanahan, em 26 de março de 2019
O secretário interino da Defesa dos Estados Unidos, Patrick Shanahan, cancelou, nesta quarta-feira (1º), uma viagem à Europa, devido à crise na Venezuela e para acompanhar de perto os acontecimentos na fronteira com o México.
De acordo com o porta-voz Joe Buccino, "o secretário interino Shanahan não vai mais viajar para a Europa, como tinha previsto, já que decidiu que permanecer em D.C. (Washington) vai-lhe permitir se coordenar de forma mais efetiva com o Conselho de Segurança Nacional e com o Departamento de Estado sobre a Venezuela".
Depois da frustrada rebelião de um grupo de militares contra o governo de Nicolás Maduro na terça-feira, o líder opositor Juan Guaidó tenta, hoje, acentuar a pressão com um chamado às ruas.
O secretário de Estado Mike Pompeo disse, nesta quarta, que o governo dos Estados Unidos está preparado - se necessário - para intervir militarmente na Venezuela.
"Uma ação militar é possível. Se for necessário, isso é o que os Estados Unidos vão fazer", disse Pompeo à rede Fox Business.
Lavrov critica 'influência destrutiva' dos EUA na Venezuela

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, denunciou, nesta quarta-feira (1º), a "influência destruidora" dos Estados Unidos na Venezuela, considerando-a "uma violação flagrante do Direito Internacional".
A crítica foi feita diretamente ao secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
"Esta influência destrutiva não tem nada a ver com a democracia", sendo "uma ingerência nos assuntos da Venezuela", disse Lavrov nesse telefonema realizado por "iniciativa americana", destacou a Chancelaria russa em seu comunicado.
Pompeo já tinha declarado que o governo americano está preparado - se for necessário - para intervir militarmente na Venezuela.
"A continuação dessas etapas agressivas teria sérias consequências", afirmou Lavrov, na conversa com Pompeo.
"Apenas o povo venezuelano tem o direito de decidir seu destino, e ele exige o diálogo de todas as forças políticas do país, algo que o governo (de Nicolás Maduro) reconhece há muito tempo", frisou Lavrov.
Segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus, na conversa, Pompeo "destacou que a intervenção de Rússia e Cuba é desestabilizadora para a Venezuela e para a relação bilateral entre Estados Unidos e Rússia".
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