Os R$ 500 mil do Ministro da Educação não foram um erro, mas uma aberração. Senhores ministros: Bolsonaro está de olho em vocês


Os R$ 500 mil do Ministro da Educação não foram um erro, mas uma aberração

Tales Faria, em seu blog, publica o vídeo – que reproduzo ao final do post  – onde o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e seu presidente do Inep, o delegado de polícia (!!!) Elmer Vicenzi discorrem, longa e laudatoriamente, sobre a grande proeza de gastar apenas R$ 500 mil para avaliar sete milhões de alunos do ensino funadamental.
Não é possível que aos dois, por tanto tempo, faltasse a percepção de que o numero estava errado (são R$ 500 milhões).
Agfinal, bastava saber fazer uma divisão simples para saber que R$ 500 mil para sete milhões dá 7 centavos por prova, o que não paga um pacote de figurinhas, aliás nem mesmo uma só delas.
A razão era outra, como aponta Tales:
Alguém lhes falou dos R$ 500 mil e eles resolveram usar rapidamente como instrumento de marketing sem se questionar: como era possível? O indicativo de impossibilidade era tão grande que imediatamente os repórteres, durante a entrevista, já questionaram a quantia. Como puderam um ministro e o presidente do Inep, cercados de técnicos, não terem desconfiado? Só a pressa em demonstrar devoção pelo imperador pode explicar. Aliada, é claro, ao ódio guerreiro pelos “inimigos” que criticavam a retenção de recursos para instituições de ensino e pesquisa.
Mas não se culpe em demasia a dupla de palermas.
Afinal, eles fazem parte de um governo que se ocupa de quinquilharias como se estas fossem a redenção nacional: os cabelos tingidos do comercial do Banco do Brasil, as bananas do Equador, os pintos mal lavados, a condecoração do Olavo de Carvalho…
A economia, o emprego, a produção afundando enquanto Bolsonaro toca a harpa de suas bobagens.
Em matéria de avaliar o aprendizado do público infantil, a depender dele, gastar sete centavos é um desperdício…

Senhores ministros: Bolsonaro está de olho em vocês

Depois de Sérgio Moro dizer que “é prematura” a discussão sobre liberar a fuzilaria no campo, liberando armas de grosso calibre para os fazendeiros, agora é a vez da Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, apor suas ressalvas ao anúncio presidencial, dizendo que “não sabe” se é favorável à medida.
A segunda “escorregada” ministerial em apoiar o “faroeste caboclo” de Bolsonaro acaba dando um novo sentido ao que disse, há poucos dias, o ex-capitão:
-Eu não sou armamentista? Então ministro meu ou é armamentista ou fica em silêncio. É a regra do jogo.
Bem, Moro e Cristina, embora falando de forma amedrontada, não ficaram em silêncio, embora não tenham tido a coragem de dizer que são contrários.
Ninguém ache, porém que seja por um entendimento intransponível de que a violência não é a forma de convívio social.
É que ambos estão percebendo, em suas respectivas platéias, que a selvageria de Jair Bolsonaro está respingando sobre eles.
Que se cuidem, porque o ex-capitão não aceita senão os incondicionais e não é só aquela frase que o revela. Desde o expurgo de Gustavo Bebianno isto está claro.
Portanto, para além dos elogios públicos que faz a ambos, Jair Bolsonaro, nas suas entranhas, já pôs ambos em sua alça de mira.
O estímulo a que o Congresso retire de Moro o Coaf e o anúncio da liberação de armas no campo  (prestigiando Nabhan  Garcia, ex-UDR, secretário do Ministério da Agricultura) é sinal disso.

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