Representante de Guaidó nos EUA solicita reunião com Comando Sul
AFP / NICHOLAS KAMMCarlos Vecchio, representante do opositor Juan Guaidó nos EUA, em 30 de abril de 2019
O representante em Washington do opositor venezuelano Juan Guaidó solicitou uma reunião com o Comando Sul dos Estados Unidos para discutir temas de cooperação e planejamento, "a fim de aliviar o sofrimento do povo venezuelano e restabelecer a democracia", uma medida classificada como uma "aberração" pelo governo de Nicolás Maduro.
Em carta dirigida ao chefe do Comando Sul, o almirante Craig Faller, Carlos Vecchio diz que "as condições na Venezuela pioraram, como consequência do regime corrupto, incompetente e ilegítimo do usurpador Nicolás Maduro".
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou que "lemos, rejeitamos uma aberração, uma carta, que um dos golpistas que hoje se esconde em Washington pede a intervenção militar na Venezuela", em uma transmissão na TV.
Faller alertou na semana passada o Exército venezuelano de que deve decidir se apoia o povo ou "um tirano", em referência ao presidente Nicolás Maduro.
Desde janeiro, Maduro, que conta com o apoio de Cuba, Rússia e China, é desafiado por Guaidó, chefe do Parlamento eleito em 2015 e reconhecido como presidente interino por mais de 50 países.
Vecchio afirmou que é preocupante "o impacto da presença de forças estrangeiras não convidadas" que colocam em risco o seu país.
A delegação de Guaidó nos Estados Unidos afirmou que espera que a reunião aconteça nos próximos dias.
A vice-presidente condenou a aproximação de Guaidó e seu entorno do governo de Donald Trump.
"Rejeitamos, condenamos, este tipo de posições são submissas, lacaias, entreguistas (...) Não apenas as condenamos, mas sabemos que estão condenadas ao fracasso", declarou Rodríguez acompanhada de Vladimir Padrino, ministro da Defesa.
A Venezuela sofre uma grave crise econômica, com uma hiperinflação que o Fundo Monetário Internacional projeta que alcance 10.000.000% este ano e uma severa escassez de medicamentos e produtos básicos.
A ONU estima que, a cada dia, 5.000 venezuelanos deixam o país por falta de alimentos, atenção médica e medicamentos. Desde 2015, o êxodo soma cerca de 3 milhões.
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