Dilma nega 'virada protecionista' do Brasil
Atualizado em 4 de novembro, 2011 - 16:14 (Brasília) 18:14 GMT
Dilma: o país precisa se proteger de desequilíbrios provocados por 'guerra cambial'.
Em entrevista coletiva após o encerramento da reunião de cúpula do G20, em Cannes, nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff negou que país esteja vivendo uma virada protecionista, em referência às críticas a medidas como o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis importados anunciada pelo governo em setembro.
Dilma afirmou que o Brasil defende o livre comércio internacional, mas precisa adotar medidas para se proteger dos desequilíbrios provocados pela chamada "guerra cambial".crise global
Segundo ela, o Brasil defende a retomada das negociações para a Rodada Doha de liberalização do comércio global, mas disse que elas enfrentam "uma série de contradições que impedem que ela ande".
Ela citou "políticas que manipulam as taxas de câmbio" e disse que os líderes do G20 reconheceram que "é preciso criar um ambiente de estabilidade cambial para discutir a Rodada Doha de maneira efetiva".
Segundo ela, a crise econômica intensificou o problema, com medidas de expansão monetárias como os programas americanos de "flexibilização quantitativa", e com os juros baixos praticados nos países desenvolvidos, que provocam fluxos de capitais para os países em desenvolvimento e o fortalecimento de suas moedas.
No comunicado final dos líderes do G20 divulgado ao final do encontro, eles se comprometem a "não introduzir novas medidas para restringir o comércio antes de 2013 e suspender todas as medidas protecionistas que já foram implementadas".
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