18/11/2011 - 17h55
Milhares de manifestantes pedem reformas políticas no Bahrein
DA EFE, EM MANAMA
Milhares de pessoas saíram às ruas do Bahrein nesta sexta-feira para pedir reformas políticas e democráticas no país. Os participantes do ato empunhavam bandeiras dos países da Primavera Árabe: Tunísia, Egito, Iêmen, Síria e Jordânia; ao lado da do próprio Bahrein.
Os manifestantes ergueram uma imitação do monumento da Praça da Pérola, na capital Manama, derrubada pelas forças de segurança em março, após o local ter se tornado o principal palco dos protestos.
Stringer/Reuters | ||
Manifestantes vão às ruas de Manama em protesto contra governo no Bahrein |
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, os ativistas exigiram reformas democráticas, que incluem a elaboração de uma nova Constituição e formação de um Parlamento e governo escolhidos pelo povo.
"A transformação democrática é a única forma de evitar a deterioração e o atraso do Bahrein. A continuação deste Governo significa a persistência da crise em meio à onda de mudança no mundo árabe", afirmou a nota, que acrescenta que o país faz parte da Primavera Árabe e lembra os "mártires" dos protestos.
Em Manama, os manifestantes entraram em choque com a polícia e pelo menos uma mulher ficou ferida. As embaixadas dos EUA e do Reino Unido alertaram a seus cidadãos sobre a possibilidade de mais distúrbios nas próximas semanas.
O Departamento de Estado americano afirmou que o Bahrein proibiu a entrada de vários cidadãos americanos no país, sede da 5ª Frota da Armada americana, e restringiu a movimentação de sua delegação diplomática.
SÍRIA
Na Síria, ao menos 11 pessoas morreram nesta sexta-feira em ações de repressão das forças de segurança e do Exército contra os opositores do regime de Bashar Assad, segundo informaram os Comitês de Coordenação Local.
Entre as vítimas há um adolescente de 14 anos, que morreu em Deraa. Dois manifestantes morreram em Homs, reduto da oposição contra o regime de Assad na região central do país. Outra pessoa morreu na província de Hama, enquanto outras vítimas foram assassinadas na província de Rif Damasco, perto da capital.
Em Harasta, uma das regiões mais afetadas pela repressão nas últimas semanas, as forças de segurança usaram a violência para dispersar uma série de manifestantes, assim como no bairro de Al Qusur, em Homs.
Na cidade de Maarat al Numaan, localizada na província setentrional de Idleb, mais de 20 pessoas ficaram feridas pela intervenção das forças de segurança, que começaram a atirar para acabar com um protesto contra o presidente sírio.
Em outra cidade dessa mesma província, Maarat Misrin, um grande número de pessoas também foi às ruas para exigir a renúncia de Assad e uma possível intervenção internacional.
COPIADO : http://www1.folha.uol.com.br/mundo/
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