19.11.11 às 20h39
Nova batalha na praça Tahrir põe em xeque transição egípcia
Cairo (Egito) - Faltando apenas nove dias para as eleições legislativas, a frágil transição egípcia balança após os novos confrontos na praça Tahrir do Cairo entre manifestantes e as forças de segurança, com o saldo de um morto e mais de 600 feridos.
Centenas de manifestantes estão na localidade, muitos munidos de pedaços de paus e máscaras para proteger o rosto dos efeitos do gás lacrimogêneo, depois que a Polícia recuou para as imediações do Ministério do Interior, também próximo à praça.
Os slogans mais ouvidos nesta tarde eram 'Fora, fora' e 'O povo quer a queda do marechal', em referência ao chefe da Junta Militar que governa Egito, o marechal Hussein Tantawi.
Os manifestantes não acreditam que o Conselho Supremo das Forças Armadas vá trazer a democracia ao Egito, apesar da previsão de daqui a nove dias da eleição legislativa, a primeira depois da queda do ditador Hosni Mubarak.
Testemunhas relataram que as tropas de choque bateram com cassetetes nos manifestantes neste sábado, em grande maioria jovens. É tamanha a contrariedade dos reunidos na praça contra a postura da Polícia e a gestão da Junta Militar que já há um grupo dizendo que vai passar a noite no local.
'Estamos assistindo a um novo 25 de Janeiro', declarou entusiasmado o vendedor de 'camisetas revolucionárias' Muhamad Mahmoud, escondido em um portal da praça durante o confronto com os agentes.
Mahmoud contou que a batalha campal começou quando a Polícia despejou familiares de vítimas da revolução nesta manhã. O grupo havia acampado na sexta-feira no centro da praça. Pouco depois, centenas de jovens foram para o local e enfrentaram à Polícia de choque, que disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, que responderam lançando pedras.
O primeiro-ministro Essam Sharaf fez um chamado aos manifestantes para que deixem a praça e reabram os acessos, agora controlados por brigadas de voluntários.
Os choques ocorrem um dia depois de milhares de egípcios ocuparem a praça para protestarem contra o documento proposto pelo vice-primeiro-ministro, Ali el-Selmi, que previa uma série de prerrogativas a Junta Militar na futura Constituição.
No documento, Selmi sugeriu que o comitê constituinte fosse formado por 100 pessoas, das quais só 20 sairiam do Parlamento, o que enfureceu a maior parte dos partidos.
Nas últimas horas deste sábado, Selmi voltou atrás e anunciou que o comitê de especialistas que redigirá a Carta Magna terá de receber a aprovação do Parlamento que sair do próximo pleito; uma proposta já rejeitada pela principal formação opositora, o Partido da Liberdade e Justiça da Irmandade Muçulmana.
Com informações da EFE COPIADO : http://odia.ig.com.br
Centenas de manifestantes estão na localidade, muitos munidos de pedaços de paus e máscaras para proteger o rosto dos efeitos do gás lacrimogêneo, depois que a Polícia recuou para as imediações do Ministério do Interior, também próximo à praça.
Os slogans mais ouvidos nesta tarde eram 'Fora, fora' e 'O povo quer a queda do marechal', em referência ao chefe da Junta Militar que governa Egito, o marechal Hussein Tantawi.
Os manifestantes não acreditam que o Conselho Supremo das Forças Armadas vá trazer a democracia ao Egito, apesar da previsão de daqui a nove dias da eleição legislativa, a primeira depois da queda do ditador Hosni Mubarak.
Testemunhas relataram que as tropas de choque bateram com cassetetes nos manifestantes neste sábado, em grande maioria jovens. É tamanha a contrariedade dos reunidos na praça contra a postura da Polícia e a gestão da Junta Militar que já há um grupo dizendo que vai passar a noite no local.
'Estamos assistindo a um novo 25 de Janeiro', declarou entusiasmado o vendedor de 'camisetas revolucionárias' Muhamad Mahmoud, escondido em um portal da praça durante o confronto com os agentes.
Mahmoud contou que a batalha campal começou quando a Polícia despejou familiares de vítimas da revolução nesta manhã. O grupo havia acampado na sexta-feira no centro da praça. Pouco depois, centenas de jovens foram para o local e enfrentaram à Polícia de choque, que disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, que responderam lançando pedras.
O primeiro-ministro Essam Sharaf fez um chamado aos manifestantes para que deixem a praça e reabram os acessos, agora controlados por brigadas de voluntários.
Os choques ocorrem um dia depois de milhares de egípcios ocuparem a praça para protestarem contra o documento proposto pelo vice-primeiro-ministro, Ali el-Selmi, que previa uma série de prerrogativas a Junta Militar na futura Constituição.
No documento, Selmi sugeriu que o comitê constituinte fosse formado por 100 pessoas, das quais só 20 sairiam do Parlamento, o que enfureceu a maior parte dos partidos.
Nas últimas horas deste sábado, Selmi voltou atrás e anunciou que o comitê de especialistas que redigirá a Carta Magna terá de receber a aprovação do Parlamento que sair do próximo pleito; uma proposta já rejeitada pela principal formação opositora, o Partido da Liberdade e Justiça da Irmandade Muçulmana.
Com informações da EFE COPIADO : http://odia.ig.com.br
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