Relatório recomenda que EUA ajudem Cuba em suas reformas
A possibilidade de compra e venda de imóveis em Cuba, que começa a partir da próxima quinta-feira, e a flexibilização das viagens e remessas de cubano-americanos permitem investir no sucesso das reformas, ressaltou. No entanto, o documento reconheceu que as reformas "provavelmente não sejam suficientes" para que esse país possa superar todos seus problemas econômicos e são um reconhecimento dos entraves cubanos derivados das limitações para gerar riqueza, sua dependência nas importações para alimentar a população, uma crescente desigualdade econômica interna e a falta de oportunidades para os cidadãos com altos níveis de educação. Por outro lado, o relatório advertiu que a maioria das pessoas da ilha carece de capital ou capacitação para começar ou administrar negócios e, para sobreviver, "muitos continuarão dependendo do apoio de seus familiares no exterior e possuindo empregos que não são parte da economia formal".
A substituição dos cartões de racionamento, significa, na prática, que a maioria das famílias cubanas "terá que trabalhar ainda mais forte para subsistir", segundo o CDA. A diáspora cubana, especialmente os cubano-americanos, desempenha um crescente papel no fomento do setor privado em Cuba como fonte essencial de capital e materiais, algo que Havana "está reconhecendo tacitamente", ressaltou. Os cubanos no exílio não poderão comprar propriedades na ilha porque não residem lá, mas poderão enviar dinheiro a seus parentes para a compra de imóveis.
Estas mudanças, das mais drásticas em mais de meio século, se somam às anunciadas em outubro passado para a compra e venda de veículos, embora o mais provável é que, devido às restrições, a maioria dos cubanos não possa comprar carros novos. Mesmo assim, Obama e o resto da classe política nos EUA devem reconhecer que as reformas são "reais" e abrem um espaço ao livre mercado em Cuba, a julgamento do relatório.
"A maior contribuição que nosso país pode fazer agora é demonstrar que queremos que as reformas tenham sucesso, porque queremos que o povo cubano tenha sucesso", afirmou o CDA.
As informações são da EFE
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