Síria aceita receber missão de observadores da Liga Árabe

 Reuters
18/11/2011 - 15h46

Síria aceita receber missão de observadores da Liga Árabe

DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O regime da Síria aceitou receber 500 membros da missão de observadores da Liga Árabe para acompanhar a implementação de um plano para encerrar a crise no país, segundo informaram fontes da organização citadas pelo site da TV Al Jazeera.
A aprovação, entretanto, seria "em princípio" e estaria condicionada a algumas alterações no plano que foi traçado pela Liga Árabe e que a Síria já havia se comprometido em implementar.
De acordo com as fontes citadas pela Al Jazeera, o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid al Muallem, enviou uma carta ao chefe da Liga Árabe, Nabil al Arabi, em que pede mudanças no plano do grupo.
"As alterações estão atualmente sendo estudadas", disse Arabi em um comunicado nesta sexta-feira, sem identificar quais pontos estão sendo revistos.
De acordo com a agência de notícias Efe, a resposta de Damasco foi enviada em um comunicado de duas páginas, no qual o regime sírio garante que assinará o acordo após "leves modificações", sem especificar quais seriam elas.
A Liga Árabe, que reúne 22 membros, aprovou no último sábado, no Cairo, a suspensão da Síria do grupo até que o ditador Bashar Assad ponha fim à repressão contra os manifestantes que pedem o fim de seu regime.
Os ministros árabes das Relações Exteriores, reunidos em Rabat, aprovaram na quarta-feira passada um ultimato de três dias para que o regime de Damasco encerre a violência e receba observadores árabes.
Caso não houvesse respostas aos pedidos da Liga Árabe antes do novo prazo, a Síria poderia enfrentar novas sanções por parte de seus vizinhos árabes, que não descartam apresentar uma queixa formal na ONU.
A repressão na Síria deixou mais de 3.500 mortos desde o início das revoltas populares em meados de março, segundo os últimos números divulgados pela ONU.
VIOLÊNCIA
Pelo menos 11 pessoas morreram nesta sexta-feira em ações de repressão das forças de segurança e do exército da Síria contra os opositores do regime de Bashar Assad, segundo informaram os Comitês de Coordenação Local.
Entre as vítimas há um adolescente de 14 anos, que morreu em Deraa. Dois manifestantes morreram em Homs, reduto da oposição contra o regime de Assad na região central do país. Outra pessoa morreu na província de Hama, enquanto outras vítimas foram assassinadas na província de Rif Damasco, perto da capital.
Em Harasta, uma das regiões mais afetadas pela repressão nas últimas semanas, as forças de segurança usaram a violência para dispersar uma série de manifestantes, assim como no bairro de Al Qusur, em Homs.
Na cidade de Maarat al Numaan, localizada na província setentrional de Idleb, mais de 20 pessoas ficaram feridas pela intervenção das forças de segurança, que começaram a atirar para acabar com um protesto contra o presidente sírio.
Em outra cidade dessa mesma província, Maarat Misrin, um grande número de pessoas também foi às ruas para exigir a renúncia de Assad e uma possível intervenção internacional.
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