A agência atribuiu ao Brasil a classificação ‘BBB’, um nível acima da anterior ‘BBB-’, acompanhada por uma perspectiva estável.
"O compromisso do Brasil em continuar com uma política econômica prudente, associada a uma economia diversificada e a melhora progressiva de sua imagem internacional deve limitar o impacto de eventuais golpes exteriores e apoiar suas perspectivas de crescimento de longo prazo’, disse em um comunicado o analista Sebastian Briozzo.
Segundo a agência, as medidas tomadas pelo governo de Dilma Rousseff para combater a inflação em 2011 ‘enviou um importante sinal sobre sua capacidade de reação e sobre seu compromisso com a manutenção da estabilidade econômica’.
Os resultados fiscais do ano foram ‘melhores que o esperado inicialmente no orçamento’, dando uma maior margem de manobra para aplicar uma política monetária mais flexível, o que permite limitar os efeitos negativos de uma eventual queda da demanda externa, afirmou a SP's.
"A decisão da Standard and Poor's de melhorar a nota em um momento delicado da economia internacional é um reconhecimento de que a política econômica se encontra na direção correta e que os fundamentos macroeconômicos do país são sólidos’, disse o ministério da Fazenda do Brasil em um comunicado.
Segundo o governo, essa ‘combinação de fatores, apoiada na diversificação da economia e nas contas externas, deve moderar os impactos de choques externos e sustentar as perspectivas de crescimento de longo prazo no país’.
A dívida em moeda brasileira também foi elevada nesta quinta-feira de ‘BBB+’ para ‘A-’, com perspectiva estável, disse a SP's.
Em agosto, a SP's havia elevado de ‘estável’ para ‘positiva’ sua perspectiva da classificação da dívida em reais, destacando a política monetária independente e o forte mercado de capitais da maior economia sul-americana.
Na época, a SP's fixou a classificação para os papeis em reais em ‘BBB+’, enquanto que a moeda estrangeira permaneceu sem alterações, a ‘BBB-’.
Contudo, o Brasil já manifestou sua preocupação em relação à desaceleração de sua economia, que cresceu 7,5% em 2010 e deverá avançar apenas 3,5% este ano.
A grande meta do governo brasileiro é controlar a inflação, que ficou em torno de 6,97% nos últimos 12 meses, acima da meta oficial de 4,5%.
No início de novembro, o Brasil anunciou a reabertura da emissão de bônus Global em dólares com vencimento para 2041 por um valor inicial de 1 bilhão de dólares com juros de 5,625%.
Estas emissões de papeis acontecem num momento em que a crise da dívida na Europa e a lenta recuperação dos Estados Unidos têm ampliado os temores por um eventual contágio à maior economia da América Latina.
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