Kofi Annan sobre Iraque
por Lusa, texto publicado por Paula MouratoHoje
O antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair era a única pessoa capaz
de virar George Bush contra a invasão do Iraque, em 2003, defendeu o
ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, numa entrevista ao jornal Times
publicada hoje.
Kofi Annan considera que Blair
poderia ter convencido o então Presidente norte-americano a mudar de
ideias, atendendo à relação entre os dois países e os dois líderes.O antigo secretário-geral das Nações Unidas afirmou ter imaginado, por várias vezes, o que poderia ter acontecido se Tony "Blair tivesse dito: 'George, este é o ponto em que nos separamos. Estás por tua conta'", após o fracasso de garantir uma segunda resolução da ONU.
"Eu acredito realmente que ele poderia ter parado a guerra", afirmou o Nobel da Paz (2001), que exercia o cargo de secretário-geral da ONU aquando da crise.
Uma primeira resolução do Conselho de Segurança da ONU, que oferecia ao Iraque uma derradeira oportunidade para cumprir com as suas obrigações de desarmamento, foi aprovada por unanimidade, em novembro de 2002.
Contudo, uma segunda resolução -- proposta pelos Estados Unidos, Reino Unido e Espanha, no ano seguinte --, a qual apelava à tomada de uma ação contra o regime de Saddam Hussein foi retirada quando ficou claro que vetada.
por Lusa, texto publicado por Paula MouratoHoje
Washington
decidiu que a resolução não era necessária antes de ser colocada em
curso uma ação militar legal e a invasão começou a 20 de março.
A invasão originou oito anos de conflito sectário no Iraque, causando a morte a mais de 100 mil civis.
Kofi Annan rejeitou ainda o argumento de que a sua renúncia ao cargo ou do então secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, poderia ter alterado o curso da História.
O diplomata concedeu a entrevista ao Times marcando o lançamento do seu livro de memórias com o título "Interventions -- a Life in War and Peace" ("Intervenções, uma Vida na Guerra e na Paz", tradução livre).
COPIADO http://www.dn.pt/
A invasão originou oito anos de conflito sectário no Iraque, causando a morte a mais de 100 mil civis.
Kofi Annan rejeitou ainda o argumento de que a sua renúncia ao cargo ou do então secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, poderia ter alterado o curso da História.
O diplomata concedeu a entrevista ao Times marcando o lançamento do seu livro de memórias com o título "Interventions -- a Life in War and Peace" ("Intervenções, uma Vida na Guerra e na Paz", tradução livre).
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