Deputados iam em procissão ao escritório de doleiro em São Paulo
Documentos apreendidos pela PF e
imagens de câmeras de segurança mostram quem são os parlamentares que
mantinham relações diretas com Alberto Youssef
Congresso
Operação Lava-Jato: os nobres clientes do doleiro
Documentos apreendidos pela Polícia Federal e imagens captadas por câmeras de segurança mostram quem são os parlamentares que mantinham relações diretas com Alberto Youssef
Rodrigo Rangel
Collor: a PF encontrou no escritório do doleiro Alberto
Youssef, em São Paulo, comprovantes de depósitos bancários feitos na
conta do senador
(Ed Ferreira/Estadão Conteúdo)
O escritório de Alberto Youssef, que funcionava numa área nobre na Zona Oeste de São Paulo, era, digamos assim, uma espécie de versão recente da então discreta agência brasiliense do Banco Rural. A base de operação do doleiro era também ponto de peregrinação de políticos de partidos sabidamente envolvidos em tramoias financeiras. As investigações já revelaram que empresas-fantasma controladas por Youssef recebiam em suas contas inexplicáveis depósitos milionários de algumas das mais importantes empreiteiras do país. O dinheiro que entrava de um lado, por meio de contratos simulados de consultoria, saía por outro na forma de repasses a políticos e partidos. Os mesmos políticos e partidos que indicavam os apadrinhados que contratavam as empreiteiras pagadoras. É desse triângulo equilátero da corrupção que emergem os clientes mais vistosos do doleiro. VEJA obteve os registros do prédio que durante anos abrigou o escritório de Youssef. A lista tem mensaleiro preso, assessor de ministro e deputados — vários deputados.
COPIADO http://veja.abril.com.br
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