Investigação MP pede afastamento de Marinho do Tribunal de Contas de SP



 
Investigação -  MP pede afastamento de Marinho do TCE

Conselheiro é acusado de receber propina da Alstom para facilitar contratos de licitação no esquema de cartel de trens e metrô de São Paulo

Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (Evelson de Freitas/Estadão Conteúdo)
O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça, na 13ª Vara da Fazenda Pública, o afastamento de Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, do cargo. O documento foi protocolado nesta sexta-feira. O MP alega que há provas suficientes que apontam que Marinho recebeu propina da multinacional francesa Alstom para favorecer contratos entre a empresa e o governo do Estado de São Paulo em licitações de trens e metrô. Segundo a Promotoria, documentos obtidos por autoridades suíças e compartilhados com o MP comprovam o envolvimento de Marinho no caso.
Segundo o requerimento feito pelo Ministério Público, Marinho e sua mulher teriam recebido 3 milhões de dólares através da empresa Higgins Finance. Investigadores suíços teriam comprovado que a empresa é de propriedade de Marinho. Segundo documentos, o depósito foi feito em 2013. Entre os anos de 1998 e 2005, Marinho teria sido beneficiado com inúmeros repasses de dinheiro relacionados ao cartel de trens e metrô.
Os promotores Saad Mazloum, José Carlos Blat, Marcelo Daneluzzi e Silvio Marques apontam que o repasse de dinheiro feito a Marinho tinha como origem a empresa francesa Alstom, que usava, por sua vez, a empresa MCA para realizar o repasse. A MCA era administrada por Romeu Pinto Júnior, que admitiu ter recebido valores da multinacional para pagar propina.
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O pedido será agora analisado pela Justiça, que decidirá sobre o afastamento imediato do conselheiro. Ainda na tarde desta sexta-feira, os promotores responsáveis pelo caso darão mais detalhes sobre o envolvimento do conselheiro com o cartel de trens e metrô.
 COPIADO  http://veja.abril.com.br

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