Obama pede calma e "contenção" após ausência de acusação contra polícia em Ferguson
- Manifestantes incendeiam mais de uma dezena de edifícios em Ferguson
- Polícia que abateu adolescente em Ferguson, EUA, não vai ser acusado
Obama pede calma e "contenção" após ausência de acusação contra polícia em Ferguson
Fotografia © EPA/MICHAEL REYNOLDS"Eu junto-me aos pais de Michael [Brown] a pedir a todos que protestam contra esta decisão para o fazerem de forma pacífica", disse o presidente dos EUA.O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou hoje à calma após terem estalado violentos protestos nas ruas de Ferguson contra a decisão de um júri de não acusar um agente que abateu a tiro um adolescente.
"Eu junto-me aos pais de Michael [Brown] a pedir a todos que protestam contra esta decisão para o fazerem de forma pacífica", disse Barack Obama, em declarações aos jornalistas.
O procurador do condado de St Louis, Robert McCulloch, anunciou, esta segunda-feira, que um grande júri determinou não existirem fundamentos suficientes para deduzir qualquer acusação contra o agente Darren Wilson, após ter procedido à revisão das provas recolhidas no âmbito do caso do tiroteio, ocorrido a 09 de agosto.
O Presidente norte-americano também lançou um apelo às forças de ordem no sentido da "contenção" na gestão de eventuais manifestações pacíficas".
"Somos uma nação fundada no respeito pela lei", declarou, numa breve alocução, pouco depois do anúncio da decisão em Ferguson, onde a polícia recorreu ao uso de gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes.
De uma forma mais abrangente, Obama advertiu para a tentação de se "dissimular os problemas" ligados ao racismo nos Estados Unidos.
"Devemos reconhecer que a situação em Ferguson remete-nos para os desafios mais importantes com os quais o nosso país ainda se confronta", sublinhou.
"Em várias zonas do país existe uma profunda desconfiança entre as forças de ordem e as comunidades de cor", apontou, invocando a "herança da discriminação racial".
Barack Obama disse ainda que "não se trata apenas de um problema para Ferguson, mas de um problema para toda a América".
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