A polícia de Atenas
persegue e comete abusos sistemáticos sobre os sem-abrigo,
toxicodependentes e prostitutas, refere um relatório da Human Rights
Watch (HRW) hoje divulgado e que exorta o Governo a adotar reformas
concretas.
Mundo
Lusa
A ONG internacional, sediada em Nova Iorque e vocacionada
para a defesa dos direitos humanos, refere que a polícia detém
sistematicamente pessoas sem-abrigo e suspeitas de prostituição quando
se encontram nas ruas do centro da capital, aguardam por transporte
público ou se deslocam a um centro de dia para obter alimentação,
cuidados higiénicos ou outro género de apoio.
"O novo governo fez importantes promessas para alterar o policiamento
do centro de Atenas mas são necessárias concretas reformas políticas e
judiciais para terminar com estes abusos", disse Eva Cossé, especialista
da HRW em questões da Grécia, salientando que "perseguir e prender
pessoas por nenhum motivo válido é um desperdício para os escassos
recursos da Grécia e não faz sentido".
No início de fevereiro, pouco após assumir o poder, o Governo do partido da esquerda radical Syriza anunciou o fim das abusivas ações anti-imigração da polícia ateniense. A HRW tinha documentado investidas policiais consideradas abusivas, incluindo maus tratos e detenções temporárias.
Em 06 de abril, o ministro-adjunto para a proteção dos cidadãos, Giannis Panoussis, sublinhou a necessidade de uma abordagem não repressiva às questões relacionadas com a exclusão social através do apoio às populações mais vulneráveis, incluindo os sem-abrigo.
O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras elegeu como uma das prioridades o combate ao que designa por "crise humanitária" e que atinge pelo menos um terço da população num país com elevada taxa de desemprego (cerca de 26%) e afetado pelos cortes nos serviços públicos impostos pelos anteriores governos, na sequência dos programas de ajustamento negociados desde 2010 com os credores internacionais.
No entanto, a polícia grega apresentou um novo plano de policiamento para o centro da capital que incluiu operações dirigidas contra pessoas suspeitas de envolvimento em atividades ilegais, como a venda de produtos pirateados, drogas ou mendicidade. As "trabalhadoras de sexo" também serão alvo das rusgas, apesar de o "trabalho sexual" estar legalizado no país.
O novo plano está a suscitar receios sobre a continuação das práticas abusivas da polícia ¬ -- incluindo abusos físicos, discriminação, detenções arbitrárias e perseguições -- caso não seja aprovada a legislação adequada, prossegue a HRW.
Entre maio e setembro de 2014 a HRW recolheu depoimentos de 44 pessoas que viviam ou passavam muitas horas por dia no centro da cidade, incluindo sem-abrigo e pessoas que diziam consumir drogas ou trocavam serviços sexuais por dinheiro.
Entrevistas adicionais a assistentes sociais e a seis outras pessoas dos mesmos grupos, realizadas em abril, concluíram que os abusos não terminaram com o novo governo.
copiado http://www.noticiasaominuto.com
No início de fevereiro, pouco após assumir o poder, o Governo do partido da esquerda radical Syriza anunciou o fim das abusivas ações anti-imigração da polícia ateniense. A HRW tinha documentado investidas policiais consideradas abusivas, incluindo maus tratos e detenções temporárias.
Em 06 de abril, o ministro-adjunto para a proteção dos cidadãos, Giannis Panoussis, sublinhou a necessidade de uma abordagem não repressiva às questões relacionadas com a exclusão social através do apoio às populações mais vulneráveis, incluindo os sem-abrigo.
O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras elegeu como uma das prioridades o combate ao que designa por "crise humanitária" e que atinge pelo menos um terço da população num país com elevada taxa de desemprego (cerca de 26%) e afetado pelos cortes nos serviços públicos impostos pelos anteriores governos, na sequência dos programas de ajustamento negociados desde 2010 com os credores internacionais.
No entanto, a polícia grega apresentou um novo plano de policiamento para o centro da capital que incluiu operações dirigidas contra pessoas suspeitas de envolvimento em atividades ilegais, como a venda de produtos pirateados, drogas ou mendicidade. As "trabalhadoras de sexo" também serão alvo das rusgas, apesar de o "trabalho sexual" estar legalizado no país.
O novo plano está a suscitar receios sobre a continuação das práticas abusivas da polícia ¬ -- incluindo abusos físicos, discriminação, detenções arbitrárias e perseguições -- caso não seja aprovada a legislação adequada, prossegue a HRW.
Entre maio e setembro de 2014 a HRW recolheu depoimentos de 44 pessoas que viviam ou passavam muitas horas por dia no centro da cidade, incluindo sem-abrigo e pessoas que diziam consumir drogas ou trocavam serviços sexuais por dinheiro.
Entrevistas adicionais a assistentes sociais e a seis outras pessoas dos mesmos grupos, realizadas em abril, concluíram que os abusos não terminaram com o novo governo.
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