UE aprova operação naval contra traficantes de migrantes no Mediterrâneo UE aprova operação naval contra traficantes de migrantes no Mediterrâneo Quota para receber 704 imigrantes constituiria "esforço muito grande"

UE aprova operação naval contra traficantes de migrantes no Mediterrâneo

UE aprova operação naval contra traficantes de migrantes no Mediterrâneo


A União Europeia aprovou hoje uma operação naval para combater o tráfico de migrantes no mediterrâneo, anunciou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
  • Quota para receber 704 imigrantes constituiria "esforço muito grande"

    UE aprova operação naval contra traficantes de migrantes no Mediterrâneo

    por LusaOntem
    UE aprova operação naval contra traficantes de migrantes no Mediterrâneo
    Fotografia © REUTERS/Antonio Parrinello
    A União Europeia aprovou hoje uma operação naval para combater o tráfico de migrantes no mediterrâneo, anunciou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
    A informação foi avançada na rede social Twitter pela Alta Representante para a Política Externa e de Segurança, após a reunião dos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, que se realizou hoje em Bruxelas.
    A operação, acrescentou Mogherini já em conferência de imprensa, tem como objetivo "acabar com o modelo de negócio" de que vivem as máfias, que se aproveitam das muitos milhares de pessoas que todos os anos procuram melhores condições de vida na Europa, arriscando mesmo atravessar o mar Mediterrâneo em barcos sem condições.
    A política italiana disse que espera que a operação possa ser já lançada em junho, fixadas as contribuições de meios dos Estados-membros. No entanto, sublinhou, é também necessária uma resolução no quadro das Nações Unidas para dar um "quadro jurídico" incontestável à missão.
    A UE, além do patrulhamento e monitorização dos canais que as máfias usam para traficar migrantes, quer também capturar os navios suspeitos de serem usados no tráfico e destruí-los, necessitando nesse caso de enquadramento legal inequívoco em termos de direito internacional.
    A missão inédita vai implicar o destacamento de navios de guerra e aviões de vigilância dos exércitos europeus ao largo da Líbia, que se tornou a mais importante plataforma de tráfico. A cooperação com as autoridades líbias será fundamental, mas também difícil, uma vez que o país está imerso no caos com dois parlamentos e dois governos rivais.
    Acusados de passividade e indiferença, os líderes europeus foram forçados a agir após um dramático naufrágio de uma embarcação com migrantes ao largo da líbia há cerca de um mês, que custou a vida a mais de 800 pessoas.
    Segundo a Organização Internacional para as Migrações, mais de 34.500 migrantes chegaram a Itália desde o início do ano e cerca de 1.770 morreram ou desapareceram no mar.
    A semana passada, a Comissão Europeia apresentou a sua estratégia para a migração, com várias medidas, como o reforço para o triplo dos meios das missões de vigilância e salvamento "Triton" e "Poseidon", confiadas à agência Frontex, como acordado na cimeira extraordinária de abril, e a criação de regimes de acolhimento de refugiados.
    Esta última proposta está a ser recebida com muita frieza por vários países, devido às quotas obrigatórias.
    No imediato, a Comissão quer pôr em prática um regime de reinstalação temporária de 20 mil refugiados que se encontram em situação de emergência, sobretudo no norte de África, no Corno de África e no Médio Oriente, os quais seriam reinstalados na Europa.
    No âmbito deste mecanismo de emergência, segundo dados preliminares, Portugal poderá vir a receber 704 pessoas, o correspondente a uma quota de 3,52%.
    O país que ficaria com mais refugiados seria a Alemanha, com 3.086 (15,43%), seguida de França, com 2,375 (11,87%), e Reino Unido, com 2.309 (11,54%).
    Além do sistema de emergência, até final do ano, o executivo comunitário vai apresentar um sistema permanente de distribuição de refugiados. Neste caso, poderá vir a receber 3,89% do total de refugiados acolhidos pelos Estados-membros.
    Este sistema definitivo, a avançar, será o responsável por acolher refugiados que estão hoje em países como Itália, Grécia ou Malta.
    Os sistemas de quotas para a distribuição de refugiados serão baseados em vários fatores, sendo os dois principais o tamanho da população e o Produto Interno Bruto do país de acolhimento. Entrarão também em linha de conta os pedidos de asilo aceites no passado e a taxa de desemprego.Reino Unido, Irlanda e Dinamarca poderão, pelos tratados, escolher ficar de fora destes regimes de acolhimento.
      copiado  http://www.dn.pt/

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