Papa Francisco pede mudança de hábitos para salvar o planeta Vaticano divulgou encíclica histórica sobre a responsabilidade humana nas alterações climáticas e na pobreza.

Papa Francisco pede mudança de hábitos para salvar o planeta

Papa Francisco pede mudança de hábitos para salvar o planeta


Vaticano divulgou encíclica histórica sobre a responsabilidade humana nas alterações climáticas e na pobreza.


por Joana Capucho
Papa Francisco pede mudança de hábitos para salvar o planeta
Fotografia © EPA/MAURIZIO BRAMBATTI
Vaticano divulgou encíclica histórica sobre a responsabilidade humana nas alterações climáticas e na pobreza.
Poluição, resíduos, alterações climáticas, escassez de água e perda de biodiversidade foram alguns dos temas abordados pelo Papa Francisco na encíclica "Laudato si - Sobre o cuidado da casa comum", publicada ontem. Com base em argumentos científicos, o líder católico lança um alerta para as questões ambientais e faz um apelo à mudança de estilos de vida, estabelecendo uma "relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta".
Francisco lembra que as questões ambientais já tinham sido abordadas por João Paulo II e Bento XVI. Contudo, pela primeira vez, há uma encíclica inteiramente dedicada ao tema. "A exposição aos poluentes atmosféricos produz uma vasta gama de efeitos sobre a saúde, particularmente dos mais pobres, e provocam milhões de mortes prematuras", destaca. A tecnologia, diz o líder, "que, ligada à finança, pretende ser a única solução dos problemas, é incapaz de ver o mistério das múltiplas relações que existem entre as coisas e, por isso, às vezes resolve um problema criando outros". A terra, escreve Francisco, "parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo".
Destacando que a maior parte do aquecimento global se deve à atividade humana, o Papa Francisco fala da responsabilidade de todos: "A humanidade é chamada a tomar consciência da necessidade de mudanças de estilos de vida, de produção e de consumo, para combater este aquecimento ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam." E "muitos daqueles que detêm mais recursos e poder económico ou político parecem concentrar-se sobretudo em mascarar os problemas ou ocultar os seus sintomas, procurando apenas reduzir alguns impactos negativos de mudanças climáticas".
O texto desenvolve ainda outros assuntos como o esgotamento de recursos naturais como a água, a perda de biodiversidade ou a deterioração da qualidade de vida humana e degradação social. Para João Branco, presidente da Quercus, "esta encíclica é muito importante para o movimento ambientalista e conservacionista". É pioneira, destaca, "mas Bento XVI já tinha assumido uma postura conservacionista que não foi posta em prática pela Igreja". Por isso, o ambientalista afirma que o texto "mostra que a Igreja tem o seu discurso adaptado à realidade", mas espera "que não seja apenas retórica e que os cristãos integrem na prática as indicações dos seus líderes".

   copiado http://www.dn.pt/inicio/globo/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...