DESDE A SUA CRIAÇÃO no começo do século XX, a Patrulha de Fronteira dos EUA vem operando de forma praticamente impune. Pode-se dizer que se trata do órgão mais politizado e abusivo da área de segurança pública em âmbito federal – mais até do que o FBI sob a direção de J. Edgar Hoover.
A Lei de Imigração de 1924 alcançou um nível de xenofobia que tem raízes profundas na história dos EUA. A lei efetivamente acabou com a imigração da Ásia, e reduziu drasticamente a entrada de imigrantes das regiões Sul e Leste da Europa. A maior parte dos países passou a ter um sistema de cotas, sendo que os maiores números eram concedidos à Europa ocidental. Em decorrência disso, quem chegava aos EUA eram principalmente protestantes brancos. Os “nativistas” (que defendiam o direito à terra para os descendentes dos primeiros colonos europeus nos EUA) ficaram quase satisfeitos com esse arranjo de coisas, exceto pelo fato de que o México permaneceu fora do sistema de cotas, por influência dos interesses de empresas americanas que queriam preservar seu acesso à mão-de-obra de baixo custo. “O Texas precisa dos imigrantes mexicanos”, declarou a Câmara de Comércio do estado.