Anistia Internacional pede a Maduro que aceite ajuda para Venezuela Ortega tem os 'dias contados', diz assessor de segurança nacional de Trump

Anistia Internacional pede a Maduro que aceite ajuda para Venezuela

AFP/Arquivos / FEDERICO PARRAErika Guevara, diretora da Anistia Internacional nas Américas, em Caracas em 6 de junho de 2016
A Anistia Internacional pediu nesta quarta-feira (20) ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que reconheça a grave crise socioeconômica e que permita a entrada da ajuda humanitária no país solicitada pelo opositor Juan Guaidó, mas advertiu sobre o uso da assistência "como ferramenta de negociação política".
"Esperamos que as autoridades sob o comando de Nicolás Maduro não apenas reconheçam esta gravíssima crise (...) mas que também garantam a entrada da ajuda e que ela seja encaminhada às comunidades e pessoas mais necessitadas", disse Erika Guevara, diretora para as Américas da Anistia Internacional.
Um carregamento de alimentos e remédios doados pelos Estados Unidos está armazenado na Colômbia, enquanto outros países latino-americanos e europeus se comprometeram a destinar milhões de dólares em assistência, atendendo a um pedido de Guaidó, reconhecido por 50 nações como presidente interino da Venezuela.
Mas a ajuda humanitária está no meio de uma disputa política entre Guaidó e Maduro, que ordenou a proibição da assistência por considerar como um primeiro passo para uma intervenção militar para derrubá-lo.
"Os Estados têm a obrigação de prover esta cooperação internacional sem nenhuma condição e garantir que esta cooperação, esta assistência, chegue diretamente às mãos das pessoas em maior situação vulnerabilidade", disse Guevara aos países colaboradores.
"O sofrimento generalizado destas pessoas (que esperam a ajuda) não deve ser usado como uma ferramenta de negociação política", acrescentou a representante da entidade de defesa dos direitos humanos durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira.
A Venezuela nega a existência de uma crise humanitária e atribui a hiperinflação e a severa escassez de alimentos e remédios, que forçaram o exílio de 2,3 milhões de pessoas desde 2015, às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos.
Guevara indicou que a Anistia Internacional não acompanhará o plano de Guaidó para fazer entrar a ajuda humanitária neste sábado pelas porosas fronteiras com a Colômbia e Brasil.
Apesar disso, pediu que a coordenação da ajuda fique a cargo de entidades da sociedade civil "para garantir que esta assistência chegue às mãos das pessoas mais necessitadas sem ações políticas ou condições de entrega".


Ortega tem os 'dias contados', diz assessor de segurança nacional de Trump

AFP/Arquivos / YAMIL LAGEO presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em uma cúpula da ALBA em Havana, em 14 de dezembro de 2018
O Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, disse nesta quarta-feira que o governo de Daniel Ortega na Nicarágua "está com os dias contados" e assegurou que "o povo nicaraguense logo estará livre".
O assessor do presidente Donald Trump fez essas declarações em uma mensagem no Twitter, em que se referiu às longas sentenças de prisão dadas esta semana pela justiça da Nicarágua a três opositores de Ortega que participaram dos protestos antigoverno no ano passado.
"O regime de Ortega condenou três líderes agrícolas a 550 anos de prisão por seu papel nos protestos em 2018, onde, segundo relatos, as forças policiais de Ortega mataram 300 ativistas. Como o presidente Trump disse na segunda-feira, os dias de Ortega estão contados e o povo nicaraguense em breve estará livre", tuitou Bolton.
Ortega, um ex-guerrilheiro de 73 anos que governa a Nicarágua desde 2007, enfrentou em abril passado protestos da oposição exigindo sua saída do poder, cuja repressão deixou 325 mortos, mais de 700 detidos e pelo menos 50.000 exilados, segundo grupos de direitos humanos e da oposição.
Trump disse em um evento em Miami na segunda-feira que "os dias do socialismo e do comunismo estão contados" na Venezuela, em Cuba e na Nicarágua, países que o próprio Bolton definiu em um discurso em novembro como a "troika da tirania".

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