FMI espera posição de Estados-membros sobre reconhecimento do governo da Venezuela. Trump não planeja se reunir com presidente chinês antes de 1 de março. EUA estão a 'distância considerável' de acordo com China, diz Casa Branca

FMI espera posição de Estados-membros sobre reconhecimento do governo da Venezuela

AFP / PABLO PORCIUNCULAManifestação a favor do presidente venezuelano, Nicolas Maduro, com uma placa que diz "Deixe a Venezuela em paz" do lado de fora do prédio da Presidência em Montevidéu, em 7 de fevereiro de 2019
O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera o posicionamento de seus Estados-membros sobre o reconhecimento do governo da Venezuela antes de avaliar qualquer assistência a esse país mergulhado em uma "devastadora crise humanitária e econômica", disse um porta-voz do organismo nesta quinta-feira (7).
Quarenta países, entre eles Estados Unidos, a maior parte da União Europeia e vários latino-americanos, reconheceram o opositor Juan Guaidó como autoproclamado presidente interino da Venezuela, rejeitando o novo mandato de Nicolás Maduro, iniciado em 10 de janeiro, por considerar que a sua reeleição foi fraudulenta. Rússia, China e Turquia, por sua vez, seguem considerando Maduro legítimo.
"Sobre o tema do reconhecimento oficial, a nossa posição não mudou. Estamos acompanhando de perto a situação na Venezuela, nos guiaremos pelo que nossos membros irão estabelecer", disse o porta-voz do FMI, Gerry Rice, em uma coletiva de imprensa.
"Realmente, o primeiro passo para uma posição do FMI é estabelecer uma posição de nossos Estados-membros (...) antes de qualquer ação", continuou.
Até agora, dos mais de 180 membros do FMI, 60 expressaram a sua posição sobre o governo da Venezuela, explicou o porta-voz.
O FMI já enfrentou o problema da legitimidade de um governo. Em setembro de 2011, a instituição decidiu reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT) como o governo legítimo na Líbia. O CNT, que surgiu de uma rebelião, controlou a maior parte do país após a queda de Muammar Kadhafi.
O número dois do FMI, David Lipton, disse esta semana que a hiperinflação, a migração maciça e a contração econômica que devastaram a outrora potência petroleira irão precisar de um amplo e "generoso apoio externo" para se recuperar.
Mas Rice disse que "seria prematuro começar a falar sobre qualquer tema específico dos tipos de instrumentos financeiros até que tenham esclarecido a situação política".
Declinou explicar os requisitos para um reconhecimento, mas disse que um governo deve solicitar formalmente a ajuda do FMI antes que este se envolva.
Sobre a Venezuela, "continuamos monitorando a posição de cada membro e atualmente nos encontramos em uma situação que ainda falta clareza entre nossos membros", indicou à AFP uma fonte do organismo.

Trump não planeja se reunir com presidente chinês antes de 1 de março

AFP / Brendan SmialowskiPresidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Salão Oval
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que não espera se encontrar com seu colega chinês, Xi Jinping, antes de 1º de março, quando as tarifas americanas devem aumentar, caso não haja acordo comercial com Pequim.
Trump defendeu uma nova reunião com Xi várias vezes, e sua viagem ao Vietnã no final de fevereiro para uma cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong Un alimentou especulações sobre uma reunião iminente.
Questionado se uma reunião cara a cara com o líder chinês já havia sido marcada, Trump respondeu: "ainda não".
Quando indagado se a reunião aconteceria antes de 1º de março, ele disse "não" durante um breve intercâmbio com repórteres no Salão Oval.
Em sua última reunião em Buenos Aires, no começo de dezembro, os dois líderes concordaram com uma trégua de 90 dias na guerra comercial para tentar chegar a um acordo.
O governo de Trump alertou que a ausência de um acordo poderia elevar dos atuais 10% para 25% as as tarifas sobre 200 bilhões de dólares de produtos chineses importados.
O representante comercial americano, Robert Lighthizer, que lidera as negociações, visitará a China na próxima semana para continuar os diálogos. Ele será acompanhado pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

EUA estão a 'distância considerável' de acordo com China, diz Casa Branca

AFP / Mandel NGANAssessor da Casa Branca, Larry Kudlow
Washington e Pequim estão separados por uma "distância considerável" em suas negociações comerciais e não foi marcada uma data para uma reunião entre os líderes dos dois países, disse nesta quinta-feira um assessor da Casa Branca.
Esses comentários prejudicaram ainda mais as ações de Wall Street que já estavam em baixa após previsões decepcionantes sobre a economia europeia.
O presidente americano, Donald Trump, disse na semana passada que espera se reunir com seu colega chinês, Xi Jinping, "em um futuro próximo" para fechar um acordo que acabe com a guerra tarifária entre as duas potências.
Contudo, o economista da Casa Branca, Larry Kudlow, disse na quinta-feira à Fox Business que "até agora não foi definida nenhuma data, um momento, um lugar, nada".
E enquanto Trump se considera "otimista" sobre a possibilidade de chegar a esse acordo com Pequim, ainda há uma "distância considerável" entre as partes, disse Kudlow.
copiado https://www.afp.com/pt


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