Maduro ordena fechar fronteira da Venezuela com Brasil em escalada da crise
Maduro ordena fechar fronteira da Venezuela com Brasil em meio à tensão
Presidente da Venezuela estuda tomar medida similar em relação à Colômbia, por onde está previsto começar a entrar a ajuda humanitária
Presidente da Venezuela estuda tomar medida similar em relação à Colômbia, por onde está previsto começar a entrar a ajuda humanitária
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o fechamento da fronteira de seu país com o norte do Brasil, em meio à escalada da tensão pela iniciativa dos países que não lhe reconhecem mais como presidente, entre eles os EUA e próprio Brasil, de entregar medicamentos e alimentos aos venezuelanos.
A tentativa de enviar ajuda humanitária aumenta o pulso entre Juan Guaidó, presidente interino, e Maduro, que já havia elevado o alerta militar nas fronteiras e agora decreta o fechamento completo do limite de 2.200 quilômetros que separam a Venezuela e o norte brasileiro. O mandatário "avalia", além disso, tomar uma medida semelhante em relação à Colômbia. "A partir de hoje fechamos a fronteira com o Brasil, [e tomamos] todas as medidas de segurança e até segunda ordem", afirmou o venezuelano durante videoconferência na sede do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas.
Maduro detalhou que a medida entrará em vigor às 20h da Venezuela (19h no horário de Brasília), conforme a agência de notícias venezuelana, AVN. "Quero que seja uma fronteira dinâmica e aberta, mas sem provocações, sem agressão, porque sou obrigado como chefe de Estado, chefe de Governo e comandante em chefe da FANB a garantir paz e tranquilidade", afirmou.
A medida foi anunciada um dia depois que o vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, anunciou o fechamento da fronteira aérea e marítima com as Antilhas Holandesas e afirmou que Caracas colocou "sob revisão" as relações com esses países.
Colômbia, Brasil e Curaçao acumularam toneladas de ajuda humanitária enviadas para a Venezuela, que está passando por uma profunda crise econômica com escassez de alimentos e remédios que levou pelo menos três milhões de venezuelanos a emigrarem, segundo dados da ONU. Maduro se opõe à entrada da ajuda humanitária, que ele descreveu como "uma armadilha", com o argumento de que é uma estratégia dos Estados Unidos para violar a soberania da Venezuela
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