PF revista propriedades de Aloysio Nunes e prende presidente da CNI. Declaração de emergência de Trump gera protestos na Casa Branca. Vendas globais de charutos cubanos sobem 7%, apesar de leis antitabaco

PF revista propriedades de Aloysio Nunes e prende presidente da CNI

AFP / EVARISTO SAO ex-chanceler brasileiro Aloysio Nunes durante uma coletiva de imprensa no Palácio Itamaraty, em Brasília, em 17 de agosto de 2018
A Polícia Federal (PF) revistou nesta terça-feira propriedades ligadas ao ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (2017-2018) e prendeu preventivamente o presidente da poderosa Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, em duas operações anticorrupção.
A operação de busca na propriedade de Aloysio Nunes ocorre no âmbito de uma nova fase da Operação Lava-Jato, a 60ª.
Principal alvo da operação, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto (PSDB), foi detido também nesta terça.
Segundo comunicado, a PF investiga "a existência de um complexo e sofisticado método" de lavagem de dinheiro entre 2010 e 2011 através de transferências feitas por Paulo Preto para a Odebrecht que chegam a R$ 100 milhões.
A investigação também aponta para "transações ilícitas" entre os investigados a partir de 2007, entre as quais está uma de 275 mil euros feita pela Odebrecht para uma conta controlada por Paulo na Suíça.
- 'Não recebi' -
É aí que entra o nome de Aloysio, de 73 anos, chanceler do governo de Michel Temer (2016-2018) e senador por São Paulo até o fim deste mandato.
De acordo com a PF, a partir desta conta de Paulo Preto foi solicitada a emissão de um cartão de crédito em nome do ex-chanceler, que deveria ser entregue em um conhecido hotel no centro de Barcelona, na Espanha, em dezembro de 2007.
Em declarações à Globo, ele negou qualquer envolvimento no suposto esquema da Odebrecht.
"Não recebi esse cartão de crédito", declarou.
À época, Aloysio era secretário chefe da Casa Civil do estado de São Paulo, quando José Serra (PSDB) era governador. Atualmente, ele preside a agência de promoção de investimentos no estado, a InvesteSP.
A PF lançou outra operação na primeira hora da manhã no âmbito de uma investigação de fraudes milionárias em contratos com o Ministério de Turismo.
A ação, com 200 agentes, executou dez ordens de prisão temporária e 40 operações de busca e apreensão em sete estados.
Entre os presos, está Robson Andrade, líder da CNI.
De acordo com a PF, os presos são suspeitos de participar, desde 2002, de um esquema fraudulento por meio do qual um grupo de empresas, controladas por uma mesma família - cuja identidade não foi revelada - se beneficiou de contratos com o Ministério do Turismo no valor de R$ 400 milhões.
O Ministério do Turismo afirmou que os contratos investigados foram assinados "durante as gestões" de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (2003-2016) e mostrou sua disposição de colaborar com a investigação.
Em comunicado, a CNI disse que tinha sido informada da prisão de Andrade e garantiu que "tudo será devidamente esclarecido".

Declaração de emergência de Trump gera protestos na Casa Branca

AFP / Brendan SmialowskiAtivista vestido de Donald Trump com roupa de prisioneiro em protesto na Casa Branca, em 18 de fevereiro de 2019
Um pequeno grupo de manifestantes se reuniu nesta segunda-feira (18) para protestar com a declaração de emergência nacional feita pelo presidente Donald Trump para financiar seu muro na fronteira com o México.
A declaração permite a Trump driblar o Congresso, que aprovou apenas um quarto dos US$ 5,6 bilhões que ele almeja para construir esta barreira.
"Donald Trump está tentando subverter nossa democracia", disse Sam Crook, de 65 anos, ativista do Partido Verde.
Embora outros presidentes já tenham declarado emergência nacional, a ação desta sexta-feira é uma das primeira com a finalidade de conseguir fundos recusados pelo Congresso.
;AFP / Brendan SmialowskiManifestante protesta contra medida de Trump com referência à série "The handmaid's tale - O conto da aia", em 18 de fevereiro de 2019

Vendas globais de charutos cubanos sobem 7%, apesar de leis antitabaco

AFP / Yamil LAGEAgricultores trabalham em plantação de tabaco em San Juan y Martínez, província de Pinar del Río, Cuba, 24 de fevereiro de 2018
As vendas de charutos puros, principal produto de Cuba, alcançaram 537 milhões de dólares em 2018, uma alta de 7% em relação ao ano anterior, apesar das legislações globais antitabaco e das normas fiscais.
"A receita da Habanos foi de 537 milhões de dólares, um crescimento de 7%, que mostra a força de nossas vendas, apesar das dificuldades apresentadas no ano", disse o diretor de marketing da empresa, o cubano Ernesto González.
O feito é ainda maior considerando um contexto no qual o mercado de luxo cresceu 1% no ano passado, detalhou González. "Isso fala da solidez do negócio".
Em 2018, a China superou a França como segundo maior consumidor global de charutos puros da Habanos. O primeiro lugar, contudo, continua com a Espanha.
"Na Ásia-Pacífico, uma região emergente, tivemos um crescimento de 9%, liderado pelo mercado da China continental (...), onde o crescimento da cifra foi de 55%", detalhou José María López Inchaurbe, vice-presidente de Desenvolvimento da Habanos S.A.
A Habanos S.A. é uma empresa mista, composta pelo Estado cubano e a Altadis, firma com sede na Espanha, mas de capital britânico.
A empresa não pode chegar ao mercado americano devido ao embargo que Washington aplica contra a ilha desde 1962.
Em 2017, as vendas cresceram 12% e alcançaram 500 milhões de dólares - um montante maior, mas com ritmo de expansão menor.
A empresa admite que precisou enfrentar dificuldades, como o endurecimento das leis antitabaco, sobretudo na Europa, e regulações fiscais.

copiado https://www.afp.com/pt/




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