Alemanha retoma crescimento e economia avança 0,4% no 1º trimestre
dpa/AFP/Arquivos / Arne Immanuel BänschA maior economia da Europa foi estimulada pela demanda interna, sobretudo o consumo privado e os investimentos nos setores de construção e equipamentos
A Alemanha voltou a crescer no primeiro trimestre de 2019, depois de se aproximar da recessão, com um resultado positivo de 0,4% do PIB na comparação com os três meses anteriores, anunciou nesta quarta-feira o Escritório Federal de Estatísticas (Destatis).
O dado, corrigido com as variações sazonais, representa uma recuperação após a contração de 0,2% e a estagnação (0%) dos terceiro e quarto trimestres de 2018, respectivamente.
A maior economia da Europa foi estimulada pela demanda interna, sobretudo o consumo privado e os investimentos nos setores de construção e equipamentos, ao mesmo tempo que o gasto público registrou leve queda, informou o Destatis.
A demanda externa, motor tradicional da indústria alemã, se recuperou, com aumento tanto das importações como das exportações.
"Com a morosidade da conjuntura industrial e os riscos geopolíticos, a prudência deve seguir dominando", afirmou Jens-Oliver Niklasch, economista do banco regional LBBW.
"Porém, o início ideal do ano provoca a esperança de que 2019 seja menos ruim do que temiam os últimos prognósticos dos institutos econômicos e organizações internacionais", completou.
Em abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento da Alemanha: o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar apenas 0,8% este ano, após os resultados de 2,2% em 2017 e 1,4% em 2018.
Mais pessimista, o governo alemão prevê um crescimento de 0,5% em 2019, com um avanço de 1,5% em 2020.
Arábia Saudita afirma que segurança do abastecimento de petróleo está ameaçada
AFP / KARIM SAHIBO navio Amjad, um dos petroleiros sauditas vítima de "atos de sabotagem", em 13 maio 2019 em Fujairah, Emirados Árabes Unidos
O governo saudita afirmou nesta quarta-feira que os recentes ataques "terroristas" contra navios e instalações petroleiras ameaçam a Arábia Saudita e também a "segurança do abastecimento" de petróleo e a economia mundial.
Ataques com drones reivindicados pelos rebeldes huthis do Iêmen provocaram o fechamento de um grande oleoduto na terça-feira na Arábia Saudita.
Os ataques aconteceram um dia depois de atos de sabotagem misteriosos contra quatro navios em águas do Golfo denunciados por Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Apesar dos incidentes, o mercado do petróleo mantém a calma e a oferta mundial permanece estável, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).
"É importante enfrentar as entidades terroristas que cometem tais atos de sabotagem, em particular as milícias huthis apoiadas pelo Irã no Iêmen", afirmou o ministro saudita da Comunicação, Turki Al Shabanah, depois de uma reunião do governo presidida pelo rei Salman.
O governo reiterou a denúncia dos "atos subversivos" contra quatro navios civis, incluindo dois petroleiros sauditas, no domingo no Golfo, perto dos Emirados Árabes Unidos.
"É uma ameaça flagrante para a segurança do tráfego marítimo e tem consequências negativas para a paz e a segurança, regional e internacional", completou o ministro.
A Arábia Saudita, principal rival do Irã no Oriente Médio, intervém militarmente no Iêmen desde 2015 ao lado dos Emirados, em apoio às forças governamentais que estão em guerra com os rebeldes huthis, que controla extensas regiões do oeste e do norte do país, além da capital Sanaa.
Na terça-feira, os huthis reivindicaram um ataque com drones contra duas estações de bombeamento na região de Riad, na Arábia Saudita. O ataque causou um incêndio e danos que forçaram a Aramco, empresa de petróleo saudita, a fechar "temporariamente" o oleoduto que liga o leste e o oeste da Arábia Saudita.
As autoridades garantiram que a produção e as exportações não foram afetadas, mas na manhã desta quarta-feira não revelaram quando o gasoduto entraria novamente em serviço.
No Iêmen, um dos líderes rebeldes, Mohamed Ali al-Huti, afirmou no Twitter que as reivindicações dos insurgentes não são "impossíveis".
Pedimos "o fim do bloqueio aéreo, marítimo e terrestre" imposto pela Arábia Saudita e seus aliados, escreveu no Twitter.
Especialistas americanos, franceses, noruegueses e sauditas investigam os "atos de sabotagem" contra os quatro navios na costa do emirado de Fujaira, um dos sete que formam a federação dos Emirados Árabes Unidos, informou uma autoridade à AFP.
Os últimos acontecimentos aumentaram a tensão no Golfo, onde os Estados Unidos e o Irã travam uma guerra psicológica.
Apesar do recente reforço do aparato militar americano no Golfo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, negou na terça-feira qualquer vontade de conflito armado com o Irã.
"Fundamentalmente, não estamos procurando uma guerra com o Irã", disse Pompeo.
De sua parte, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, também afirmou que "não haverá guerra" com os Estados Unidos. "Nem nós nem eles buscamos a guerra, eles sabem que não têm interesse", disse Khamenei.
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