May pede a líder trabalhista para que cheguem a um acordo sobre o Brexit

May pede a líder trabalhista para que cheguem a um acordo sobre o Brexit

AFP / Andy BuchananTheresa May
A primeira-ministra britânica Theresa May pediu ao líder trabalhista Jeremy Corbyn para que se chegue a um acordo para finalizar o Brexit, quase três anos após o referendo que decidiu que o Reino Unido deveria deixar a União Europeia (UE).
Em um artigo publicado pelo Daily Mail neste domingo, a chefe do Governo estimou que o "público está farto da incapacidade dos dois principais partidos de encontrar uma maneira de honrar o resultado do referendo".
O divórcio estava previsto para 29 de março, mas foi adiado para 31 de outubro devido à falta de acordo no Parlamento britânico.
May sentiu a "frustração" dos eleitores pela derrota infligida a seu partido nas eleições locais de quinta-feira.
Os 'Tories' perderam mais de um dos quatro representantes do conjunto de bancadas em jogo, seu pior resultado em 24 anos.
Mas a oposição trabalhista, incapaz de aproveitar o momento, também perdeu várias dezenas de representantes, quando esperava reconquistar alguns assentos.
"Ao líder da oposição, digo isto: escute o que os eleitores expressaram nas eleições locais e vamos deixar de lado as nossas diferenças no momento, vamos chegar a um acordo", concluiu a líder conservadora.
O governo iniciou negociações com o Partido Trabalhista em abril para tentar chegar a um acordo sobre o Brexit para sair da situação criada pela rejeição, na Câmara dos Comuns, de todos os cenários que permitiriam que o Brexit se materializasse.
Os deputados votaram contra o acordo de saída alcançado pelo governo com Bruxelas em três ocasiões, e contra todas as opções alternativas (incluindo uma saída sem acordo ou uma renúncia ao Brexit) que foram propostas.
As discussões entre o poder executivo e a oposição, qualificadas como "sérias" por Theresa May, devem ser retomadas na terça-feira.
Elas não avançam sobre a questão de uma união aduaneira com a UE, defendida pelo Partido Trabalhista para preservar a fluidez das trocas e relações com os 27 membros da UE, mas rejeitada pelos conservadores que querem ter uma política comercial autônoma novamente.
De acordo com o Sunday Times, May vai propor "três grandes concessões" a Corbyn para chegar a um acordo, incluindo o estabelecimento de uma união aduaneira com a UE até as próximas eleições legislativas, marcadas para 2022.
As outras duas concessões estariam no alinhamento da regulamentação britânica aos textos europeus sobre os direitos dos trabalhadores e as normas para algumas mercadorias.
No entanto, mais de 100 deputados antieuropeus de cinco partidos já escreveram a May e Corbyn para avisar que rejeitarão qualquer proposta de acordo que não seja submetida a um referendo.

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