Detentos envolvidos em esquema pagavam R$ 2 mil por 15 dias em presídio da Polinter

Detentos envolvidos em esquema pagavam R$ 2 mil por 15 dias em presídio da Polinter

Segundo delegado, quadrilha presa nesta terça exigia propina para realizar transferências ou permanência dos presos nas carceragens

POR MARCELLO VICTOR
Rio - Familiares de presos e detentos pagavam R$ 2 mil por 15 dias de permanência nas carceragens de unidades da Polinter na Região Serrana. Essa era uma das contravenções realizada pela quadrilha desbaratada nesta terça-feira pela Corregedoria Geral Unificada (CGU), Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) nos municípios do Rio, Teresópolis, Friburgo, São Gonçalo, além da Baixada Fluminense.
Dez pessoas já foram presas. A ação visa cumprir 16 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. As investigações duraram quase três meses e começaram na Polinter de Nova Friburgo.
Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Segundo o delegado Marcelo Fernandes Rodrigues, da Corregedoria da Polícia Civil, a quadrilha exigia propina para realizar transferências ou permanência dos presos nas carceragens. Dessa maneira, o bando direcionava para onde os presos seriam enviados. O grupo também é acusado de extorquir dinheiro de parentes e de presos afim de garantir mordomias nas carceragens.
O delegado Renato Soares Vieira, coordenador do Núcleo de Controle de Presos da Polinter (Nucop), foi preso na ação, batizada de "Faraó". Segundo a polícia, Renato seria o responsável pelo esquema. Os policiais Antônio Carlos de Jesus Fernandes, conhecido como Antônio Branco, e Geraldo Gontijo Farias foram presos.
Os policiais Ernane de Souza Gomes, Luiz Cláudio Pereira, lotado na polinter do Grajaú, Marcelo de Nazareth, Argemiro Garcia Correia e Eli Carneiro Machado estão foragidos.

Lúcio Paulo Nunes Ribeiro e Francisco Guilherme de Azevedo, que estavam em liberdade condicional, também foram detidos. Para os agentes,  Lúcio seria o supervisor do esquema.  Uma servidora terceirizada do Nucop, responsável pelo setor pessoas e identificada como Tamiris Santiago da Silva, foi presa. Quatro homens com mandados de prisão já estavam detidos.  São eles Claudemir de Souza Ferreira, detido no Grajaú, Luis Flávio Júnior, em Neves, São Gonçalo, Igor Filipeck e Zuelandres Batista dos Santos Filho, ambos presos em Água Santa.

Segundo o delegado Marcelo Fernandes Rodrigues, da Corregedoria da Polícia Civil, nove mandados de prisão são para policiais, sendo sete inspetores, um oficial de cartório e um delegado, já preso.

Agentes foram até a casa que seria do inspetor civil Antônio Carlos Ferreira, na Estrada Caneca Fina, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, cumprir mandado de prisão e busca e apreensão. Contudo, ao chegar no local, policiais foram informados que o acusado não mora na residência. Nos fundos da casa foram encontrados móveis e calçados, que pertecem ao atual dono da casa, um comerciante da região.
COPIADO : http://odia.ig.com.br/portal/rio/

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