Lupi, o próximo a se explicar
Comissão de Ética abre processo para apurar denúncias de corrupção na pasta do Trabalho
Brasília - Em pouco mais de dez meses de governo, a presidenta Dilma Rousseff tem o sexto integrante do primeiro escalão envolvido em escândalos por irregularidades administrativas. Alvo de acusações de desvio de verbas em mais convênios com ONGs, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (PDT-RJ), terá de se explicar publicamente. “Sou osso duro de roer”, avisou Lupi, ao negar ontem as acusações e dizer que não será fácil derrubá-lo.
A Comissão de Ética Pública decidiu, também ontem, abrir processo contra o ministro para investigar indícios de fraudes encontrados pela Controladoria Geral da União e pela Polícia Federal em contratos com ONGs, semelhantes aos que causaram as quedas dos ministros do Turismo e do Esporte.
Para o Tribunal de Contas da União (TCU), a “situação é crítica” — mais de 500 relatórios de prestação de contas de entidades que receberam verba pública foram engavetados e o risco, de acordo com o órgão, é que metade não passe por análise nos próximos cinco anos.
Segundo o TCU, a Casa Civil e o Ministério do Planejamento foram acionados, em 19 de outubro, para que tomassem “conhecimento da situação crítica em que se encontra o Ministério do Trabalho e Emprego quanto à tempestividade na apreciação de contas de convênios”.
“Pedi ao Ministro da Justiça que, através da Polícia Federal, leve as investigações até o fim, e aponte nomes, registros telefônicos e tudo mais que possa ser identificado como prova”, informou Lupi. “Se tem alguém usando a estrutura do ministério para desviar dinheiro público, que seja devidamente enquadrado e responda por isso.”
O ministro se reuniu ontem à tarde com a presidenta Dilma Rousseff. Embora as denúncias não fossem o motivo do encontro, Lupi disse que trataria do assunto. “Quem não deve, não teme.”
FH diz que Dilma tem que continuar faxina no governo
Reunidos ontem no Rio, os principais nomes do PSDB fizeram críticas aos escândalos. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que não se surpreendeu com as supostas fraudes no Ministério do Trabalho. “Espero que a Dilma continue limpando (o governo), porque está muito ruim”, disse. Para o senador Aécio Neves (MG), o governo não age preventivamente. “O chamado malfeito só é realmente malfeito quando vira escândalo. Se não, está bem feito”, ironizou. “Eles são viciados na mesquinharia política. Este é um governo de factoides", arrematou José Serra (SP).
COPIADO : http://odia.ig.com.br/portal
A Comissão de Ética Pública decidiu, também ontem, abrir processo contra o ministro para investigar indícios de fraudes encontrados pela Controladoria Geral da União e pela Polícia Federal em contratos com ONGs, semelhantes aos que causaram as quedas dos ministros do Turismo e do Esporte.
Para o Tribunal de Contas da União (TCU), a “situação é crítica” — mais de 500 relatórios de prestação de contas de entidades que receberam verba pública foram engavetados e o risco, de acordo com o órgão, é que metade não passe por análise nos próximos cinco anos.
Segundo o TCU, a Casa Civil e o Ministério do Planejamento foram acionados, em 19 de outubro, para que tomassem “conhecimento da situação crítica em que se encontra o Ministério do Trabalho e Emprego quanto à tempestividade na apreciação de contas de convênios”.
“Pedi ao Ministro da Justiça que, através da Polícia Federal, leve as investigações até o fim, e aponte nomes, registros telefônicos e tudo mais que possa ser identificado como prova”, informou Lupi. “Se tem alguém usando a estrutura do ministério para desviar dinheiro público, que seja devidamente enquadrado e responda por isso.”
O ministro se reuniu ontem à tarde com a presidenta Dilma Rousseff. Embora as denúncias não fossem o motivo do encontro, Lupi disse que trataria do assunto. “Quem não deve, não teme.”
FH diz que Dilma tem que continuar faxina no governo
Reunidos ontem no Rio, os principais nomes do PSDB fizeram críticas aos escândalos. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que não se surpreendeu com as supostas fraudes no Ministério do Trabalho. “Espero que a Dilma continue limpando (o governo), porque está muito ruim”, disse. Para o senador Aécio Neves (MG), o governo não age preventivamente. “O chamado malfeito só é realmente malfeito quando vira escândalo. Se não, está bem feito”, ironizou. “Eles são viciados na mesquinharia política. Este é um governo de factoides", arrematou José Serra (SP).
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