Irã realiza exercícios militares para proteger centros nucleares

Irã realiza exercícios militares
para proteger centros nucleares

Estados Unidos e Israel chegaram a sugerir ataque preventivo contra instalações

Atta Kenare/AFP

Mulher passa por muro pintado com mensagens anti-Estados Unidos em Teerã, capital do Irã; país realiza exercícios de defesa aérea neste sábado (19)

O Irã iniciou manobras de defesa aérea na parte oriental do país para reforçar a coordenação entre forças militares e a proteção de regiões povoadas e centros estratégicos, especialmente instalações nucleares, informou neste sábado (19) a agência oficial Irna.

As manobras, que começaram na noite desta sexta-feira (18) e durarão quatro dias, se concentram em táticas ofensivas e na coordenação entre unidades militares e de apoio.
As práticas abrangem a proteção de um território de 800 mil quilômetros quadrados, cerca de metade da superfície do país, que passou da situação "normal" para a de "alerta máximo" em virtude das manobras
Unidades operativas de defesa aérea de várias forças militares e dos serviços de inteligência iranianos participam dos exercícios, nos quais são utilizados equipamentos de comunicações, radares e mísseis de fabricação nacional.
As manobras acontecem depois que autoridades dos Estados Unidos e de Israel sugeriram um eventual ataque contra instalações nucleares do Irã, um país submetido a sanções internacionais por ONU, EUA e União Europeia (UE) por causa seu programa de desenvolvimento atômico.

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Parte da comunidade internacional, com os EUA à frente, suspeita que o programa nuclear iraniano tem uma vertente militar, destinada a fabricar armas atômicas, embora o Irã negue e garanta que seus fins são exclusivamente civis, especialmente gerar energia e produzir isótopos radioativos para usos medicinais.
Nesta sexta-feira, o Conselho de Líderes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução elaborada por Alemanha, China, França, EUA, Reino Unido e Rússia que expressa sua "profunda e crescente preocupação" pelos indícios de que o Irã trabalhe para desenvolver bombas atômicas.

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