Missões contra o tráfico
WASHINGTON - A agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês) possui cinco comandos realizando missões secretas na América Central e na América do Sul, revela o jornal "New York Times".
O pequeno exército de operações especiais tinha inicialmente o propósito de combater o cultivo de ópio por talibãs no Afeganistão. Mas nos últimos anos, com o crescimento da violência ligada ao narcotráfico no México, a Casa Branca deu autorização para que as equipes fossem enviadas em missões na América.
Os cinco comandos secretos, cada um com dez soldados, foram criados em 2005, durante o governo George W. Bush. Receberam o nome de Fast (sigla em inglês para (equipes de apoio e assessoria de desenvolvimento estrangeiro) e, desde então, atuaram em missões em Honduras, Haiti, República Dominicana, Guatemala e Belize, entre outros países.
Em 2005, o então chefe de operações da agência antidrogas americana, Michael A. Braun, admitiu a existência desse programa perante congressistas.
- Cada um dos cinco grupos do Fast será composto por um agente especial que é o supervisor, quatro agentes especiais e um especialista de investigação em inteligência. Os grupos Fast que receberem formação especializada serão enviados para o Afeganistão, dois grupos por vez, e se revezarão a cada 120 dias - afirmou à época.
Foi Barack Obama, depois de ter chegado à presidência em 2009, que passou a incentivar mais o envio dos cinco esquadrões da agência antidrogas americana à América Latina, expandindo a atuação para bem além da zona de guerra. A Casa Branca não admitiu abertamente essa mudança em suas operações. O treinamento e o material usado pelos soldados é de responsabilidade do Pentágono.
A evolução do programa para um braço de fiscalização global reflete o crescente combate americano a cartéis de drogas e mostra como os idealizadores de política estão deixando cada vez mais indefinida a linha entre a aplicação das leis e as atividades militares, fundindo elementos da "guerra contra as drogas" com os da "guerra ao terrorismo".
Os soldados americanos não possuem o poder de prender cidadãos estrangeiros em países que não estejam em guerra com os Estados Unidos. Por isso, no caso desses comandos, os soldados só podem ir acompanhados de militares locais, que os ajudem em suas missões.
Alguns países têm recusado a presença de tropas americanas em seu território. É o caso do México, que, no entanto, aceitou a presença de aviões não tripulados, usados para monitorar traficantes de drogas.
A agência antidrogas americana já tinha promovido missões em aliança com os governos de Bolívia e Peru nos anos 1980, durante o mandato de Ronald Reagan. O programa acabou em 1994, quando uma aeronave com cinco agentes caiu, matando todos a bordo.
De acordo o "New York Times", em março deste ano um esquadrão ajudou a polícia de Honduras a interceptar um avião venezuelano que transportava cocaína.
EUA têm comandos antidrogas secretos na América Latina
O pequeno exército de operações especiais tinha inicialmente o propósito de combater o cultivo de ópio por talibãs no Afeganistão. Mas nos últimos anos, com o crescimento da violência ligada ao narcotráfico no México, a Casa Branca deu autorização para que as equipes fossem enviadas em missões na América.
Os cinco comandos secretos, cada um com dez soldados, foram criados em 2005, durante o governo George W. Bush. Receberam o nome de Fast (sigla em inglês para (equipes de apoio e assessoria de desenvolvimento estrangeiro) e, desde então, atuaram em missões em Honduras, Haiti, República Dominicana, Guatemala e Belize, entre outros países.
Em 2005, o então chefe de operações da agência antidrogas americana, Michael A. Braun, admitiu a existência desse programa perante congressistas.
- Cada um dos cinco grupos do Fast será composto por um agente especial que é o supervisor, quatro agentes especiais e um especialista de investigação em inteligência. Os grupos Fast que receberem formação especializada serão enviados para o Afeganistão, dois grupos por vez, e se revezarão a cada 120 dias - afirmou à época.
Foi Barack Obama, depois de ter chegado à presidência em 2009, que passou a incentivar mais o envio dos cinco esquadrões da agência antidrogas americana à América Latina, expandindo a atuação para bem além da zona de guerra. A Casa Branca não admitiu abertamente essa mudança em suas operações. O treinamento e o material usado pelos soldados é de responsabilidade do Pentágono.
A evolução do programa para um braço de fiscalização global reflete o crescente combate americano a cartéis de drogas e mostra como os idealizadores de política estão deixando cada vez mais indefinida a linha entre a aplicação das leis e as atividades militares, fundindo elementos da "guerra contra as drogas" com os da "guerra ao terrorismo".
Os soldados americanos não possuem o poder de prender cidadãos estrangeiros em países que não estejam em guerra com os Estados Unidos. Por isso, no caso desses comandos, os soldados só podem ir acompanhados de militares locais, que os ajudem em suas missões.
Alguns países têm recusado a presença de tropas americanas em seu território. É o caso do México, que, no entanto, aceitou a presença de aviões não tripulados, usados para monitorar traficantes de drogas.
A agência antidrogas americana já tinha promovido missões em aliança com os governos de Bolívia e Peru nos anos 1980, durante o mandato de Ronald Reagan. O programa acabou em 1994, quando uma aeronave com cinco agentes caiu, matando todos a bordo.
De acordo o "New York Times", em março deste ano um esquadrão ajudou a polícia de Honduras a interceptar um avião venezuelano que transportava cocaína.
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