Ex-comandante da PM fez três ameaças de morte à juíza, diz promotor
POR DIOGO DIAS
:Copiado : http://odia.ig.com.br/portal/rio"Tirando as três ameaças do coronel Cláudio, que queria matá-la, não sei de nenhum outro réu que quisesse a morte dela", disse o promotor, que que trabalhou com a magistrada na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
Acusado de mandar matar juíza, tenente-coronel Cláudio Luiz foi visto rindo durante o julgamento nesta quarta | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Patrícia e Cláudio já se envolveram em um incidente no Maracanã. Segundo Cunha, o clima entre os dois era hostil desde então. Em setembro de 1989, durante partida entre Brasil e Chile - marcado pelo episódio da fogueiteira - Patrícia, então defensora pública, estava no meio de um grupo de torcedores envolvidos em uma briga. Cláudio Luiz de Oliveira, na época tenente, deu voz de prisão e todos foram levados para a delegacia. Patrícia, contudo, processou Cláudio por abuso de autoridade. Ele acabou absolvido.O julgamento começou por volta das 10h desta quarta-feira. As audiências são dirigidas pelo juiz Peterson Barroso Simão, no plenário do Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana.
Nos dias 9, 10, 11, 16, 17 e 18 de novembro, serão ouvidas 14 testemunhas de acusação e aproximadamente 130 de defesa, e haverá o interrogatório dos réus Cláudio Luiz Silva de Oliveira, Daniel Santos Benitez Lopez, Sérgio Costa Júnior, Jovanis Falcão Junior, Jeferson de Araújo Miranda, Charles Azevedo Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Júnior Cezar de Medeiros, Carlos Adílio Maciel Santos, Sammy dos Santos Quintanilha e Handerson Lents Henriques da Silva.
Os policiais suspeitos de matar a juíza se apresentaram com uniformes de detentos em audiência preliminar realizada há um mês | Foto: Lucas Figueiredo / São Gonçalo
A defesa do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, acusado de ser o mentor do crime, informou nesta quarta que vai entrar com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido feito ao Tribunal de Justiça do Rio foi negado nesta terça.O advogado Manoel de Jesus Soares disse que vai pedir a revogação da prisão ou a transferência de seu cliente do presídio de Bangu 1, o qual, segundo ele, é inadequado para o tenente-coronel. “Ele tem que ser transferido, na conformidade da lei, para uma unidade Policial Militar. Isso é o que a lei estabelece”, disse.
Oliveira, que é ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo da Polícia Militar, e mais dez réus são acusados de terem matado a juíza criminal daquele município, Patrícia Acioli. A magistrada foi assassinada em 11 de agosto com 21 tiros, quando chegava em casa, em Piratininga, Niterói. A prisão preventiva do tenente-coronel foi decretada em setembro deste ano, pela 3ª Vara Criminal de Niterói.
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