http://odia.terra.com.br/comercial/sms/new/sendTokenMultipleAll.asp
Rio - A menos de 36 horas para a manifestação ‘Contra a Injustiça — em Defesa do Rio’, a população do Rio de Janeiro se mobiliza para protestar contra o novo modelo de partilha dos royalties do petróleo. Ontem, artistas divulgaram mensagens de apoio, populares interditaram a BR-101, em Campos, e empresários liberaram funcionários a partir das 14h de amanhã. Grande parte das prefeituras decretou ponto facultativo, e o Município do Rio preparou esquema especial de trânsito no Centro. Parlamentares se reuniram, também ontem, em Brasília, para montar a estratégia de defesa na Câmara dos Deputados.
Pensando no futuro da filha, a artesã Vera Lúcia de Souza, 44 anos, mãe da estudante Vanessa de Souza, 12, teme o corte de empregos com a possível diminuição das receitas de royalties do estado: “Minha filha está construindo um futuro. Quem poderá garantir que ela encontrará um mercado de trabalho aquecido daqui a alguns anos? A falência do estado com a divisão dos royalties é um risco que eu não quero para ela”, criticou a artesã.
Os estudantes de Letras Gabriela Alves Nunes e Carlos Henrique Soares, ambos de 18 anos, também participarão do ato, que começará às 15h, na Candelária. Gabriela avaliou a divisão como baque no crescimento econômico do Rio: “A gente fica apreensivo. O povo tem de se unir contra esse projeto. Somos muitos e fortes. É importante essa união”, destacou. Carlos Henrique lembrou o risco financeiro do estado falido: “Ninguém gosta de saber que vai perder dinheiro. Essa situação influencia muita gente”.
As amigas Marina Ferreira da Silva, 51, e Cirene Faria da Silva, 54, também participarão da passeata que seguirá até a Cinelândia. “É importante todo mundo estar lá, para mostrar ao governo federal que estamos mobilizados”, disse a professora Marina.
A aposentada Nicia Maria Santos, 72, a inspetora de alunos Jane Santos de Souza, 55, a advogada Nadja Osório, 67, e a pensionista Rosa Helena Ribeiro, 40, vão à manifestação. “Quem mora aqui sabe da importância dos royalties para o Rio”, convocou Rosa.
Patrões dispensarão empregados para reforçar o ato
A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) orientou ontem que os comerciantes dispensem os funcionários, para que possam participar do protesto em defesa dos royalties do petróleo. Somente na Capital, há 90 mil estabelecimentos comerciais.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio (Sinduscon-Rio) também mobilizou seus associados para engrossar a manifestação. A entidade pediu que os trabalhadores fossem liberados na tarde desta quinta-feira.
Prefeituras do interior reunirão centenas de ônibus para trazer os moradores.
Trânsito muda no Centro
A CET-Rio divulgou ontem o esquema de trânsito montado especialmente para amanhã (confira ao lado as principais mudanças). Diversas áreas do Centro da cidade serão alteradas.
A CET-Rio informou que não serão criadas áreas de estacionamento para veículos de passeio durante o evento. O importante é utilizar transportes de grande capacidade, como metrô e trem, que terão esquema especial para levar o público.
Os motoristas que não vão à manifestação devem evitar a região e buscar alternativas. Os pedestres deverão fazer travessia nos locais com sinais e com ajuda dos agentes de trânsito.
Dilma promete rever o projeto
O senador Magno Malta (PR-ES) disse no Plenário do Senado que, na reunião da presidenta Dilma Rousseff com a base do governo no Congresso, na segunda-feira, a ela sinalizou com a revisão da divisão dos royalties do petróleo, prevista em projetos na Câmara.
Segundo Malta, a presidenta teria dito que o substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) teria sido “um exagero” e pediu a ele (Malta) que tivesse calma.
Ontem à noite, na reunião entre as bancadas do Rio e Espírito Santo, cresceu a ideia de os parlamentares entrarem com um mandato de segurança na Justiça, como forma de frear a tramitação do projeto do senador Vital do Rêgo, na Casa.
“O projeto é inconstitucional. Por isso, vamos tentar suspender a sua tramitação”, argumentou o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ).
Já os moradores de Campos dos Goytacazes, no Norte fluminense, interditaram ontem um trecho da BR-101, no Trevo de Santa Maria, em protesto contra a redução dos royalties de petróleo na região. A rodovia federal ficou fechada durante três horas. Neste período, a estimativa é que houve 12 quilômetros de congestionamento. Manifestantes queimaram pneus e levaram cartazes para o meio da estrada.
Mobilização para proteger recursos do Rio toma as ruas
População promete provar que mudança nos royalties do pré-sal fere direitos do estado
Empregos sob ameaça: Vera Lúcia, 44 anos, teme pelo futuro de sua filha, a estudante Vanessa, de 12 | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Os estudantes de Letras Gabriela Alves Nunes e Carlos Henrique Soares, ambos de 18 anos, também participarão do ato, que começará às 15h, na Candelária. Gabriela avaliou a divisão como baque no crescimento econômico do Rio: “A gente fica apreensivo. O povo tem de se unir contra esse projeto. Somos muitos e fortes. É importante essa união”, destacou. Carlos Henrique lembrou o risco financeiro do estado falido: “Ninguém gosta de saber que vai perder dinheiro. Essa situação influencia muita gente”.
As amigas Marina Ferreira da Silva, 51, e Cirene Faria da Silva, 54, também participarão da passeata que seguirá até a Cinelândia. “É importante todo mundo estar lá, para mostrar ao governo federal que estamos mobilizados”, disse a professora Marina.
A aposentada Nicia Maria Santos, 72, a inspetora de alunos Jane Santos de Souza, 55, a advogada Nadja Osório, 67, e a pensionista Rosa Helena Ribeiro, 40, vão à manifestação. “Quem mora aqui sabe da importância dos royalties para o Rio”, convocou Rosa.
Patrões dispensarão empregados para reforçar o ato
A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) orientou ontem que os comerciantes dispensem os funcionários, para que possam participar do protesto em defesa dos royalties do petróleo. Somente na Capital, há 90 mil estabelecimentos comerciais.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio (Sinduscon-Rio) também mobilizou seus associados para engrossar a manifestação. A entidade pediu que os trabalhadores fossem liberados na tarde desta quinta-feira.
Prefeituras do interior reunirão centenas de ônibus para trazer os moradores.
Trânsito muda no Centro
Arte: O Dia
Com o fechamento da Avenida Rio Branco, os veículos na pista lateral da Avenida Presidente Vargas, sentido Centro, serão desviados para Avenida Passos, e os que vierem da Praça Mauá poderão seguir pelo Mergulhão da Praça XV ou pela Avenida Perimetral, no sentido Zona Sul.Os motoristas que não vão à manifestação devem evitar a região e buscar alternativas. Os pedestres deverão fazer travessia nos locais com sinais e com ajuda dos agentes de trânsito.
Dilma promete rever o projeto
O senador Magno Malta (PR-ES) disse no Plenário do Senado que, na reunião da presidenta Dilma Rousseff com a base do governo no Congresso, na segunda-feira, a ela sinalizou com a revisão da divisão dos royalties do petróleo, prevista em projetos na Câmara.
Segundo Malta, a presidenta teria dito que o substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) teria sido “um exagero” e pediu a ele (Malta) que tivesse calma.
Ontem à noite, na reunião entre as bancadas do Rio e Espírito Santo, cresceu a ideia de os parlamentares entrarem com um mandato de segurança na Justiça, como forma de frear a tramitação do projeto do senador Vital do Rêgo, na Casa.
“O projeto é inconstitucional. Por isso, vamos tentar suspender a sua tramitação”, argumentou o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ).
Já os moradores de Campos dos Goytacazes, no Norte fluminense, interditaram ontem um trecho da BR-101, no Trevo de Santa Maria, em protesto contra a redução dos royalties de petróleo na região. A rodovia federal ficou fechada durante três horas. Neste período, a estimativa é que houve 12 quilômetros de congestionamento. Manifestantes queimaram pneus e levaram cartazes para o meio da estrada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário