8/11/2011 10h42 - Atualizado em 18/11/2011 10h43
Protesto contra junta militar reúne mais de 50 mil no Egito
Manifestação ocorreu na Praça Tahrir, no Cairo.
Egípcios querem mais pressa na transição para a democracia pós-Mubarak.
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Mais de 50 mil egípcios compareceram nesta sexta-feira (18) à Praça Tahrir, no Cairo, para pressionar a junta militar a apressar a transferência do poder para um governo civil, depois de o gabinete interino apresentar uma proposta constitucional que reafirma o poder das Forças Armadas.
Os manifestantes - a maioria homens com barba e mulheres com véus - entoaram cânticos religiosos antes das preces da sexta-feira, enquanto outros distribuíam panfletos exigindo a retirada da proposta constitucional e a realização de eleições presidenciais até abril.
A presença da multidão na Praça Tahrir lembrava os 18 dias de ocupação desse espaço, no começo do ano, que resultou na deposição de Mubarak, em um dos primeiros episódios da chamada Primavera Árabe.
Pelo menos 39 partidos e grupos políticos disseram em nota que vão se manifestar para 'proteger a democracia e a transferência de poder'. Negociações entre os grupos islâmicos e o gabinete foram rompidas.
Os partidos e movimentos salafistas -- que seguem ensinamentos islâmicos ortodoxo -- foram os primeiros a galvanizar apoio para o protesto desta sexta-feira. A Irmandade Muçulmana e vários partidos liberais aderiram posteriormente.
Os grupos islâmicos montaram seu próprio palanque, e a praça ficou dividida entre os diversos grupos políticos - exceto no momento da oração.
Milhares de salafistas chegaram ao Cairo vindos de diferentes partes do país. Muitos agitavam bandeiras e cantavam o hino nacional. 'Viemos de ônibus do Delta (do Nilo). Fomos convocados a vir demonstrar nossa recusa ao regime militar e nosso apoio ao regime civil', disse Mohamed Ali, militante do partido salafista Al Asalah.
Na cidade portuária de Alexandria, milhares de pessoas participaram de um protesto semelhante, e pretendiam posteriormente ir em passeata até um quartel. 'Fomos exigir mudança, mas tiraram Mubarak, e trouxeram o marechal', gritava a multidão.
Os manifestantes - a maioria homens com barba e mulheres com véus - entoaram cânticos religiosos antes das preces da sexta-feira, enquanto outros distribuíam panfletos exigindo a retirada da proposta constitucional e a realização de eleições presidenciais até abril.
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'Será que o governo quer humilhar o povo? O povo se revoltou contra (o ex-presidente Hosni) Mubarak, e vai se revoltar de novo contra a Constituição que querem nos impor', gritou um membro de um grupo islâmico salafista pelo alto falante, para aplausos da multidão.A presença da multidão na Praça Tahrir lembrava os 18 dias de ocupação desse espaço, no começo do ano, que resultou na deposição de Mubarak, em um dos primeiros episódios da chamada Primavera Árabe.
Manifestantes lotam a Praça Tahrir pedindo pressa nas reformas, nesta sexta-feira (18), no Cairo (Foto: AP)
O Egito realizará eleições parlamentares em 28 de novembro, mas o processo pode ser prejudicado se os partidos políticos e o governo não chegarem a um acordo sobre o anteprojeto constitucional que coloca os militares a salvo de qualquer supervisão parlamentar, potencialmente permitindo que as Forças Armadas desafiem um governo eleito.Pelo menos 39 partidos e grupos políticos disseram em nota que vão se manifestar para 'proteger a democracia e a transferência de poder'. Negociações entre os grupos islâmicos e o gabinete foram rompidas.
Os partidos e movimentos salafistas -- que seguem ensinamentos islâmicos ortodoxo -- foram os primeiros a galvanizar apoio para o protesto desta sexta-feira. A Irmandade Muçulmana e vários partidos liberais aderiram posteriormente.
Os grupos islâmicos montaram seu próprio palanque, e a praça ficou dividida entre os diversos grupos políticos - exceto no momento da oração.
Milhares de salafistas chegaram ao Cairo vindos de diferentes partes do país. Muitos agitavam bandeiras e cantavam o hino nacional. 'Viemos de ônibus do Delta (do Nilo). Fomos convocados a vir demonstrar nossa recusa ao regime militar e nosso apoio ao regime civil', disse Mohamed Ali, militante do partido salafista Al Asalah.
Na cidade portuária de Alexandria, milhares de pessoas participaram de um protesto semelhante, e pretendiam posteriormente ir em passeata até um quartel. 'Fomos exigir mudança, mas tiraram Mubarak, e trouxeram o marechal', gritava a multidão.
tópicos: COPIADO : http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia
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