Refém das Farc sobrevive a ataque com granadas

Refém das Farc sobrevive a ataque com granadas

Sequestrado há 12 anos, Erazo decidiu fugir quando ouviu fuzilamento de colegas reféns

28 de novembro de 2011 | 3h 04

BOGOTÁ - O Estado de S.Paulo
BOGOTÁ - Luis Eduardo Erazo, único sobrevivente da frustrada tentativa de resgate de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), chegou ontem à Bogotá, onde foi hospitalizado. Ferido no rosto, o sargento sequestrado há mais de 12 anos decidiu fugir entre explosões de granadas quando ouviu os tiros que mataram seus quatro colegas reféns.
Sequestrado há 12 anos, Erazo decidiu fugir quando ouviu fuzilamento de colegas reféns - Fernando Vergara/AP
Fernando Vergara/AP
Sequestrado há 12 anos, Erazo decidiu fugir quando ouviu fuzilamento de colegas reféns

Segundo o ministro da Defesa Juan Carlos Pinzón, Erazo foi perseguido por três insurgentes das Farc, que lançaram granadas para atingi-lo durante a fuga, ferindo-o na face e no corpo. Ao ouvir o helicóptero e as máquinas que abriam espaço na selva para o pouso da aeronave que resgataria os corpos dos colegas, Erazo buscou ajuda.
A única guerrilheira detida na operação deu detalhes da execução dos reféns. Quando perceberam a aproximação dos militares, os guerrilheiros seguiram a ordem do secretariado das Farc de matar os sequestrados.
Ordenaram que o sargento José Libio Martínez - refém mais antigo do grupo, há quase 14 anos -, o coronel Édgar Yesid Duarte, o major Elkin Hernández Rivas e o policial Álvaro Moreno deitassem de bruços. Três deles morreram com um único tiro na cabeça. Um deles tentou fugir e foi morto pelas costas. As cordas que os prenderam por mais de uma década foram encontradas perto dos corpos.
Ontem, parentes voltaram a criticar o Exército por realizar a operação sem o consentimento familiar. Mayerli, irmã de Hernández, disse: "o governo passou por cima da nossa família, das súplicas do meu irmão para não ser resgatado militarmente." A família disse que, assim como as Farc, o governo é responsável pelas mortes. O filho do sargento Martínez, Johan, de 13 anos, disse que as Farc acabaram com o seu sonho de conhecer o pai. "Nunca esperei que vocês o mandassem num caixão", afirmou. / EFE e REUTERS
COPIADO : http://www.estadao.com.br/n

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...