Vazamento na Bacia de Campos: Vento pode levar óleo a praias do Rio
Imagens mostram como perfuração diminuiu após o processo de cimentação no poço
Rio - O Ibama divulgou nesta sexta-feira que a mancha de óleo na bacia de Campos reduziu de tamanho. A comparação das imagens submarinas captadas por veículo operado remotamente, que vêm sendo recolhidas pela ANP, mostra que o processo de cimentação do poço, iniciado na madrugada do dia 15, tem apresentado redução substancial do vazamento. A partir da observação visual, estima-se que ela esteja com 18 km de extensão e 11,8 km2 de área. No dia 14, a área observada era de cerca 13 km2.
A preocupação agora é que o óleo chegue até a costa. Segundo o delegado da Polícia Federal Fábio Scliar, que investiga o vazamento de petróleo da Chevron na Bacia de Campos, existe a possibilidade de o vento mudar e a mancha de óleo que está no mar ir para na costa fluminense. “Se de fato as condições mudarem, o óleo pode chegar em três dias até a costa”, afirmou ao iG.
Hoje, dois engenheiros da frente de produção da Chevron foram ouvidos pela PF. “Agora vamos ouvir estas pessoas para investigar o que realmente ocorreu”, disse ao iG. Scliar afirma que não há previsão para a conclusão do inquérito. A PF também investiga se a Chevron perfurou 500 metros a mais que o permitido.
Ontem a Chevron anunciou que finalizou a primeira etapa de cimentação do poço. “Só conseguiram finalizar a etapa de cimentação. Não há prazo para fechar a rachadura de 300m . Ela está em um lugar está a 1,2 km de profundidade em condições inóspitas”, disse.
Hoje, um conjunto de imagens do radar ASAR, a bordo do Envisat, e do sensor MODIS, dos satélites Aqua e Terra, foi entregue ao Ibama e à Petrobras pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). As imagens estão sendo utilizadas para avaliar o vazamento de petróleo no campo da empresa americana Chevron, situado na Bacia de Campos, no litoral norte do Rio de Janeiro.
Baleias perto da mancha de óleo
Técnicos da Marinha, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobrevoaram a Bacia de Campos, no norte fluminense. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc também acompanhou a missão.
O secretário afirmou ter avistado três baleias jubarte no campo operado pela americana Chevron, uma delas a 300 metros da mancha de óleo. "Isso já caracteriza dano à biodiversidade marinha. Estamos na época de migração de espécies de baleias e golfinhos na região", disse.
Fábio Scliar, que investiga o caso, concorda com Minc: "A empresa já não nega que o vazamento ocorreu pela rachadura na atividade de perfuração. Já se configurou o crime ambiental. Não importa a extensão", disse Scliar.
"Eu sei que é muito mais do que a empresa diz, mas não vou me aventurar a dizer se é quatro, cinco ou dez vezes", declarou Minc. Segundo ele, "tudo indica" que a Chevron sonegou informação, minimizando o acidente. Para o secretário, foi uma falha" o fato de do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) prévio não ter detectado a hipótese de fissura. "Eu vi borbulhar, continuava saindo óleo não havia navios recolhendo."
Para Minc, o acidente foi um "sinal vermelho". "Não existe risco zero. O pré-sal vem aí", disse Minc, citando possíveis "medidas mais preventivas e rigorosas".
As informações sobre o vazamento continuam desencontradas. A Chevron afirma que a mancha de óleo no mar é de 65 barris. Antes da cimentação, a empresa afirmava que o vazamento era de 220 e 330 barris por dia. Imagens de satélite da Nasa do dia 12 de novembro, analisadas pela ONG SkyTruth, especializada em interpretação de fotos de satélites com fins ambientais, afirma que problema no campo Frade, na bacia de Campos, pode ser dez vezes pior do que o divulgado.
De acordo com cálculo feito pela SkyTruth, a partir de imagens de satélite, concluiu que o poço no Campo Frade já derramou no total cerca de 15 mil barris de óleo (2.384.809 litros) no mar, estimando que a taxa seja de 3.738 barris por dia (594.294 litros).
O geógrafo John Amos, diretor da SkyTruth, afirmou que precisa de imagens de satélite mais recentes para continuar analisando o tamanho do derramamento. No entanto, com tempo nublado na região e a ausência de novas imagens de satélite, o cálculo ainda não pode ser atualizado.
COPIADO : ttp://odia.ig.com.br
A preocupação agora é que o óleo chegue até a costa. Segundo o delegado da Polícia Federal Fábio Scliar, que investiga o vazamento de petróleo da Chevron na Bacia de Campos, existe a possibilidade de o vento mudar e a mancha de óleo que está no mar ir para na costa fluminense. “Se de fato as condições mudarem, o óleo pode chegar em três dias até a costa”, afirmou ao iG.
Hoje, dois engenheiros da frente de produção da Chevron foram ouvidos pela PF. “Agora vamos ouvir estas pessoas para investigar o que realmente ocorreu”, disse ao iG. Scliar afirma que não há previsão para a conclusão do inquérito. A PF também investiga se a Chevron perfurou 500 metros a mais que o permitido.
Barcos trabalham para a contenção de óleo junto a plataforma da Chevron | Foto: Divugação
A Polícia Federal afirma que há um cuidado especial no inquérito, pois está se levando em conta o fato de a sonda ser da Transocean, empresa dona da sonda que esteve envolvida no acidente do Golfo do México, em 2010. “Estamos investigando as condições desta sonda, de acordo com matéria do Wall Street Journal, de 2008, o equipamento já era obsoleto”, disse.Ontem a Chevron anunciou que finalizou a primeira etapa de cimentação do poço. “Só conseguiram finalizar a etapa de cimentação. Não há prazo para fechar a rachadura de 300m . Ela está em um lugar está a 1,2 km de profundidade em condições inóspitas”, disse.
Hoje, um conjunto de imagens do radar ASAR, a bordo do Envisat, e do sensor MODIS, dos satélites Aqua e Terra, foi entregue ao Ibama e à Petrobras pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). As imagens estão sendo utilizadas para avaliar o vazamento de petróleo no campo da empresa americana Chevron, situado na Bacia de Campos, no litoral norte do Rio de Janeiro.
Baleias perto da mancha de óleo
Técnicos da Marinha, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobrevoaram a Bacia de Campos, no norte fluminense. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc também acompanhou a missão.
O secretário afirmou ter avistado três baleias jubarte no campo operado pela americana Chevron, uma delas a 300 metros da mancha de óleo. "Isso já caracteriza dano à biodiversidade marinha. Estamos na época de migração de espécies de baleias e golfinhos na região", disse.
Fábio Scliar, que investiga o caso, concorda com Minc: "A empresa já não nega que o vazamento ocorreu pela rachadura na atividade de perfuração. Já se configurou o crime ambiental. Não importa a extensão", disse Scliar.
"Eu sei que é muito mais do que a empresa diz, mas não vou me aventurar a dizer se é quatro, cinco ou dez vezes", declarou Minc. Segundo ele, "tudo indica" que a Chevron sonegou informação, minimizando o acidente. Para o secretário, foi uma falha" o fato de do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) prévio não ter detectado a hipótese de fissura. "Eu vi borbulhar, continuava saindo óleo não havia navios recolhendo."
Para Minc, o acidente foi um "sinal vermelho". "Não existe risco zero. O pré-sal vem aí", disse Minc, citando possíveis "medidas mais preventivas e rigorosas".
As informações sobre o vazamento continuam desencontradas. A Chevron afirma que a mancha de óleo no mar é de 65 barris. Antes da cimentação, a empresa afirmava que o vazamento era de 220 e 330 barris por dia. Imagens de satélite da Nasa do dia 12 de novembro, analisadas pela ONG SkyTruth, especializada em interpretação de fotos de satélites com fins ambientais, afirma que problema no campo Frade, na bacia de Campos, pode ser dez vezes pior do que o divulgado.
De acordo com cálculo feito pela SkyTruth, a partir de imagens de satélite, concluiu que o poço no Campo Frade já derramou no total cerca de 15 mil barris de óleo (2.384.809 litros) no mar, estimando que a taxa seja de 3.738 barris por dia (594.294 litros).
O geógrafo John Amos, diretor da SkyTruth, afirmou que precisa de imagens de satélite mais recentes para continuar analisando o tamanho do derramamento. No entanto, com tempo nublado na região e a ausência de novas imagens de satélite, o cálculo ainda não pode ser atualizado.
COPIADO : ttp://odia.ig.com.br
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