Caso Adriano: polícia ainda não tem laudo de pólvora
Perícia técnica não concluiu exame realizado nas mãos do atacante para saber se modelo falou a verdade
RIO - Com a confissão da modelo Adriene Cyrilo Pinto de que era ela quem manuseava a arma que a feriu na mão, o caso envolvendo o jogador Adriano está praticamente encerrado, restando o laudo do exame residuográfico (que detecta a presença de pólvora) das mãos do atleta do Corinthians, material este já colhido. Mas quase uma semana após o incidente dentro do carro de Adriano, a perícia técnica ainda não fez o exame para confirmar se o jogador está falando a verdade ao negar ter feito o disparo acidental.
Na quinta-feira, a Polícia Civil informou que “os laudos levam de 15 a 30 dias para serem concluídos, podendo (o prazo) ser prorrogado, dependendo da complexidade ou da solicitação de perícias complementares”. O Departamento Geral de Polícia Técnica e Científica (DGPTC) alega que o seu laboratório de química ainda não teve disponibilidade para realizar o exame.
Aliviado depois de Adriene ter confessado que deu o tiro na própria mão, na madruga do último sábado, Adriano, agora, pretende aproveitar as férias do Corinthians — longe dos problemas cariocas. As informações são do advogado do craque, Ivan Santiago, ao garantir que o atacante viajou para São Paulo na manhã de quinta:
— Ele agora está mais calmo, tranquilo — disse o advogado do jogador.
De acordo com o advogado, o atleta não irá arcar com as despesas da internação e cirurgias do dedo esquerdo de Adriene. O custo das despesas médicas do Hospital Barra D'Or seriam de R$ 83 mil. A assessoria de imprensa da rede, no entanto, não quis se manifestar sobre a dívida.
Delegado diz que ainda está no início da investigação
A operadora de telemarketing Andréia Ximenes, que estava na BMW branca de Adriano na saída da casa de shows Barra Music, também comemorou a mudança de depoimento de Adriene:
— Sabia que isso aconteceria. Não sei o que passou na cabeça dela (Adriene).
Um funcionário da boate também saíra em defesa de Adriano, afirmando ter visto o jogador entrar na parte da frente de seu carro. A perícia calculou que o tiro foi disparado por alguém que estava na parte de trás do veículo. Na reconstituição feita na quarta-feira passada, os peritos observaram que o jogador Adriano mal cabe na parte de trás.
Segundo o delegado Fernando Reis, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), a acareação é apenas o início da investigação. Ele tem 30 dias para enviar o inquérito para o Ministério Público. A Polícia Militar informou que abrirá a sindicância para apurar se o tenente Julio Cesar de Oliveira foi negligente no cuidado com sua arma.COPIADO : oglobo.globo.com/
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