Inexperiente e pouco conhecido, Kim Jong-un assume o poder
29 de dezembro de 2011 • 09h53 • atualizado às 10h18
Kim Jong-un chora no funeral do pai, o ditador norte-coreano Kim Jong-il
Foto: AP
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Com menos de 30 anos, sem experiência militar e política e uma biografia pouco conhecida pela própria população, Kim Jong-un, foi proclamado durante o cerimonial pela morte de seu pai, Kim Jong-il, novo "líder supremo" da Coreia do Norte.
Kim Jong-un é um enigma para o mundo exterior e também em seu próprio país, que baseia seu Governo no culto extremo à personalidade e guarda com zelo cada pequeno detalhe da dinastia totalitária que governa a Coreia do Norte com mão de ferro desde 1948.
O mais novo da dinastia Kim foi conhecido pelo cenário político em setembro de 2010, quando foi nomeado por surpresa general de quatro estrelas do Exército e vice-presidente da poderosa Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores.
Neste momento, quase não se conhecia a existência deste jovem, ao qual o regime decidiu ser sucessor de seu pai, com saúde muito delicada após sofrer um derrame em 2008.
Para não parecer tão jovem, Pyongyang poderia ter "antecipado" a data de seu nascimento de Kim Jong-un, que até esse momento se calculava em torno de 1984.
Neto do "eterno presidente" e fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, e filho da segunda esposa de seu pai, Ko Young-hee, uma ex-dançarina que morreu de câncer em 2004, o jovem Kim encarna a terceira geração da única dinastia comunista do mundo.
Segundo algumas fontes próximas ao regime, o novo líder estaria casado desde 2010 com uma jovem estudante norte-coreana com cerca de 20 anos e teria tido uma filha com ela.
Com altura semelhante a seu pai, cerca de 1,68 metros, e visível sobrepeso, os poucos detalhes da personalidade de Kim Jong-un o descrevem como um amante do basquete e filmes de ação, que fala inglês, alemão e francês.
O que parece certo é que Kim Jong-un, formado em 2007 na Universidade Militar Kim Il-sung, mostra um perfil mais culto que seu pai e avô, por ter estudado durante sua adolescência em um colégio de Berna (Suíça), escondido atrás de um pseudônimo, e retornar a Pyongyang por volta do ano 2000.
O novo comandante norte-coreano se impôs a seus irmãos na linha sucessória depois que o primogênito, Kim Jong-nam (que atualmente tem cerca de 40 anos), foi descartado após tentar entrar no Japão com um passaporte falso para visitar o parque de atrações da Disney em Tóquio.
Já o segundo na linha sucessória, Kim Jong-chul, que se acredita ter um ou dois anos a mais que Kim Jong-un, foi considerado por seu pai, segundo algumas versões, afeminado demais para liderar o país.
Após receber grandes categorias militares e dentro do Partido em 2010, Kim Jong-un começou a aparecer em atos oficiais ao lado de seu pai, e desde então o regime comunista não deixou de lhe mostrar o caminho para a sucessão.
Em 19 de dezembro, o mesmo dia em que foi anunciada a morte de seu pai, Kim Jong-un foi proclamado "grande sucessor" do regime stalinista pela imprensa estatal do país.
No entanto, sua inexperiência no momento de ter o controle do Estado contrasta com a experiência de seu avô e também de seu pai, que foi preparado durante duas décadas para a sucessão e que tinha quase o dobro de sua idade quando chegou ao poder com 52 anos em 1994.
O jovem chega ao poder como uma incógnita, já que não se sabe se governará através de uma regência militar ou se assumirá todos os poderes dentro do partido único e do Exército, algo que custou a seu pai três anos após a morte do primeiro líder da estirpe, Kim Il-sung.
Tanto mistério tira a tranquilidade de seus vizinhos, já que o jovem governará um país imprevisível e com potencial atômico.
Em qualquer caso, o apoio mostrado pelo Exército nos discursos pronunciados no memorial que pôs ponto final ao luto pela morte de seu pai, morto em 17 de dezembro, parece indicar que as Forças Armadas poderiam ter um papel central em seu Governo, como já fizeram durante o mandato de Kim Jong-il.
O jovem deverá esclarecer a direção da política internacional de Pyongyang, depois que nos últimos meses houve tentativas de aproximação com os Estados Unidos e a vizinha Coreia do Sul encaminhadas a um possível reatamento do diálogo, estagnado desde 2008, para a desnuclearização do país comunista.
Kim Jong-un é um enigma para o mundo exterior e também em seu próprio país, que baseia seu Governo no culto extremo à personalidade e guarda com zelo cada pequeno detalhe da dinastia totalitária que governa a Coreia do Norte com mão de ferro desde 1948.
O mais novo da dinastia Kim foi conhecido pelo cenário político em setembro de 2010, quando foi nomeado por surpresa general de quatro estrelas do Exército e vice-presidente da poderosa Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores.
Neste momento, quase não se conhecia a existência deste jovem, ao qual o regime decidiu ser sucessor de seu pai, com saúde muito delicada após sofrer um derrame em 2008.
Para não parecer tão jovem, Pyongyang poderia ter "antecipado" a data de seu nascimento de Kim Jong-un, que até esse momento se calculava em torno de 1984.
Neto do "eterno presidente" e fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, e filho da segunda esposa de seu pai, Ko Young-hee, uma ex-dançarina que morreu de câncer em 2004, o jovem Kim encarna a terceira geração da única dinastia comunista do mundo.
Segundo algumas fontes próximas ao regime, o novo líder estaria casado desde 2010 com uma jovem estudante norte-coreana com cerca de 20 anos e teria tido uma filha com ela.
Com altura semelhante a seu pai, cerca de 1,68 metros, e visível sobrepeso, os poucos detalhes da personalidade de Kim Jong-un o descrevem como um amante do basquete e filmes de ação, que fala inglês, alemão e francês.
O que parece certo é que Kim Jong-un, formado em 2007 na Universidade Militar Kim Il-sung, mostra um perfil mais culto que seu pai e avô, por ter estudado durante sua adolescência em um colégio de Berna (Suíça), escondido atrás de um pseudônimo, e retornar a Pyongyang por volta do ano 2000.
O novo comandante norte-coreano se impôs a seus irmãos na linha sucessória depois que o primogênito, Kim Jong-nam (que atualmente tem cerca de 40 anos), foi descartado após tentar entrar no Japão com um passaporte falso para visitar o parque de atrações da Disney em Tóquio.
Já o segundo na linha sucessória, Kim Jong-chul, que se acredita ter um ou dois anos a mais que Kim Jong-un, foi considerado por seu pai, segundo algumas versões, afeminado demais para liderar o país.
Após receber grandes categorias militares e dentro do Partido em 2010, Kim Jong-un começou a aparecer em atos oficiais ao lado de seu pai, e desde então o regime comunista não deixou de lhe mostrar o caminho para a sucessão.
Em 19 de dezembro, o mesmo dia em que foi anunciada a morte de seu pai, Kim Jong-un foi proclamado "grande sucessor" do regime stalinista pela imprensa estatal do país.
No entanto, sua inexperiência no momento de ter o controle do Estado contrasta com a experiência de seu avô e também de seu pai, que foi preparado durante duas décadas para a sucessão e que tinha quase o dobro de sua idade quando chegou ao poder com 52 anos em 1994.
O jovem chega ao poder como uma incógnita, já que não se sabe se governará através de uma regência militar ou se assumirá todos os poderes dentro do partido único e do Exército, algo que custou a seu pai três anos após a morte do primeiro líder da estirpe, Kim Il-sung.
Tanto mistério tira a tranquilidade de seus vizinhos, já que o jovem governará um país imprevisível e com potencial atômico.
Em qualquer caso, o apoio mostrado pelo Exército nos discursos pronunciados no memorial que pôs ponto final ao luto pela morte de seu pai, morto em 17 de dezembro, parece indicar que as Forças Armadas poderiam ter um papel central em seu Governo, como já fizeram durante o mandato de Kim Jong-il.
O jovem deverá esclarecer a direção da política internacional de Pyongyang, depois que nos últimos meses houve tentativas de aproximação com os Estados Unidos e a vizinha Coreia do Sul encaminhadas a um possível reatamento do diálogo, estagnado desde 2008, para a desnuclearização do país comunista.
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