IGP-M deve manter patamar mais baixo ao longo de 2012, avalia Link
SÃO PAULO - Após forte desaceleração entre 2010 e 2011, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) deve permanecer em patamar mais baixo ao longo do próximo ano, segundo o economista Thiago Carlos, da Link Investimentos. Os preços no atacado ainda devem recuar por causa da pressão sobre o minério de ferro, mas outros elementos mais voláteis, como alimentos, devem impedir que a retransmissão seja forte o suficiente para reduzir estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que o analista projeta em 5,5% no próximo ano.
Em dezembro, o IGP-M recuou 0,12% e fechou o ano com alta de 5,1%, avanço bastante inferior ao aumento de 11,32% registrado em 2010. A desaceleração foi puxada principalmente pela descompressão dos preços no atacado, que terminaram o ano com avanço de 4,34%, contra alta de 13,9% no ano anterior. Apenas em dezembro o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou 0,48%. O indicador é calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O minério de ferro foi um dos elementos que contribuíram para o ritmo mais ameno de escalada dos preços nos últimos meses deste ano. Entre novembro e dezembro, o item passou de avanço de alta de 1,83% para queda de 6,96%. Thiago Carlos espera que a descompressão continue, diante da perspectiva de que a Vale reduzirá entre 20% e 25% o valor em seus contratos, reajustados trimestralmente.
O economista ressalta que outros produtos que também ajudaram na moderação do IGP-M, como o milho, que passou de queda de 0,42% para baixa de 7,04% em dezembro, não têm peso tão importante no IPCA. “O que tem mais impacto são os alimentos in natura, que passaram de alta de 1,92% para queda de 0,6%, mas o efeito tende a ser diluído, porque do outro lado há carnes acelerando”, afirmou.
As carnes bovinas, que subiram 1,95% em novembro, tiveram aumento de 5,36% em dezembro e foram um dos itens que mais influenciaram a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que passou de variação positiva de 0,43% para alta de 0,71%, segundo a FGV.
Com essa dinâmica, em dezembro o IPCA deve variar, na projeção de Thiago Carlos, 0,58%, levando o índice a fechar o ano com alta de 6,59%, estourando assim o teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%.
Para 2012, a desaceleração no atacado deve ter efeito pequeno no IPCA. “O preço dos alimentos, que pesa no índice, é muito volátil. Pode ter uma queda no curto prazo que venha a ser revertida ao longo do ano”, afirmou o economista, que espera inflação de 5,5% no próximo ano, fora do centro da meta de 4,5%.
(Tainara Machado | Valor) COPIADO : www.valor.com.br/
Em dezembro, o IGP-M recuou 0,12% e fechou o ano com alta de 5,1%, avanço bastante inferior ao aumento de 11,32% registrado em 2010. A desaceleração foi puxada principalmente pela descompressão dos preços no atacado, que terminaram o ano com avanço de 4,34%, contra alta de 13,9% no ano anterior. Apenas em dezembro o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou 0,48%. O indicador é calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O minério de ferro foi um dos elementos que contribuíram para o ritmo mais ameno de escalada dos preços nos últimos meses deste ano. Entre novembro e dezembro, o item passou de avanço de alta de 1,83% para queda de 6,96%. Thiago Carlos espera que a descompressão continue, diante da perspectiva de que a Vale reduzirá entre 20% e 25% o valor em seus contratos, reajustados trimestralmente.
O economista ressalta que outros produtos que também ajudaram na moderação do IGP-M, como o milho, que passou de queda de 0,42% para baixa de 7,04% em dezembro, não têm peso tão importante no IPCA. “O que tem mais impacto são os alimentos in natura, que passaram de alta de 1,92% para queda de 0,6%, mas o efeito tende a ser diluído, porque do outro lado há carnes acelerando”, afirmou.
As carnes bovinas, que subiram 1,95% em novembro, tiveram aumento de 5,36% em dezembro e foram um dos itens que mais influenciaram a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que passou de variação positiva de 0,43% para alta de 0,71%, segundo a FGV.
Com essa dinâmica, em dezembro o IPCA deve variar, na projeção de Thiago Carlos, 0,58%, levando o índice a fechar o ano com alta de 6,59%, estourando assim o teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%.
Para 2012, a desaceleração no atacado deve ter efeito pequeno no IPCA. “O preço dos alimentos, que pesa no índice, é muito volátil. Pode ter uma queda no curto prazo que venha a ser revertida ao longo do ano”, afirmou o economista, que espera inflação de 5,5% no próximo ano, fora do centro da meta de 4,5%.
(Tainara Machado | Valor) COPIADO : www.valor.com.br/
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