Droga que fez homem comer cão torna pessoa um monstro
Criadas em laboratório, essas substâncias são capazes
de transformar usuários em "monstros", segundo o médico diretor do
Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital de Clínicas de
São Paulo, Antony Wong. Relatos da polícia americana à imprensa local
confirmam: cresceu o número de prisões de indivíduos muito alterados. Em
Waco, Daniel disse que havia consumido maconha sintética, também
chamada de K-2. Mas existe outra droga desse tipo considerada nova e
perigosa - os "sais de banho".
De acordo com o médico Antony Wong, essas drogas são como "um crack piorado". "O efeito dessas drogas é muito grave porque torna a pessoa literalmente um monstro. Não é nem um animal, é um monstro, porque ela não tem como controlar suas emoções nem sua força", afirmou o médico. "É como se o cérebro delas se desconectasse do resto do corpo", disse. "As pessoas que usam ficam gratuitamente violentas, agressivas, a tal ponto de matar sem ter nenhuma noção de por que fizeram isso", afirmou ele.
Mas não foi em todos os casos nos quais se suspeita do uso dessas drogas que a violência ocorreu contra outra pessoa ou animal. No mês passado, a polícia de Nova Jersey foi chamada porque um homem estava trancado em um apartamento e ameaçava cometer suicídio. Os agentes arrombaram a porta e ordenaram que Wayne Carter, 43 anos, soltasse a faca que portava, mas ele passou a se esfaquear no abdômen, pescoço e pernas. Quando os policiais usaram gás de pimenta para tentar impedi-lo de continuar, o homem se enfureceu e começou a jogar pedaços da própria pele e intestinos contra os agentes. Carter sobreviveu e foi internado para tratamento psiquiátrico.
Maconha sintética e "sais de banho"
De acordo com Antony Wong, as novas drogas sintéticas surgiram nos últimos três anos e "são muito mais potentes e agressivas em comparação com as drogas antigas". Os dois grupos são a maconha sintética e os "sais de banho". "A maconha sintética é chamada assim porque é uma erva, só que ela é cultivada e depois acrescentada com substâncias", disse o médico. "Os sais de banho são chamados assim porque a droga foi comercializada dessa forma, é vendida em pacotinhos e, quando você abre, parece sabonete em pó", afirmou ele.
"O que esses dois grupos têm em comum é justamente a extrema violência, a agitação e o alto poder destrutivo sobre a mente e o corpo dos usuários", disse Wong. Na maioria dos crimes que a polícia acredita terem sido cometidos após o consumo dessas drogas, os suspeitos afirmaram não se lembrar do que havia ocorrido - Michael Daniel, o homem que matou o cachorro, disse aos familiares que não tinha qualquer lembrança do crime e foi à igreja para pedir perdão a Deus.
Os parentes de Daniel o descreveram como um pai dedicado de duas crianças e um amável tio, e que o crime foi algo completamente diferente do caráter dele. Para o médico do Hospital de Clínicas de São Paulo, o argumento faz sentido, já que, sob o efeito dessas drogas sintéticas, "a pessoa não tem consciência ou controle do seu corpo, da sua mente e dos seus freios sociais". "Ela age impulsivamente, sem nenhuma consciência. Ou seja, é como se a parte pensante do cérebro estivesse cortada, seccionada, separada do resto do cérebro", disse ele.
Mais devastadoras do que o crack
O diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital de Clínicas de São Paulo acredita que os efeitos das novas drogas sintéticas seriam muito piores do que os do crack para a sociedade. "Não se pode deixar essas drogas chegarem ao mercado", disse Antony Wong. "Elas têm efeito muito mais devastador do que o crack, porque (...) as pessoas que usam crack eventualmente tornam-se violentas por questão de dinheiro. Agora, nesse caso de usar substâncias sintéticas, a violência é absolutamente gratuita, não tem nenhuma motivação", afirmou ele.
Para o médico, "o pior de tudo é que (o usuário) não tem nenhum freio, então ele come, mutila, destrói uma vítima e não está nem consciente de que cometeu esse crime". O número de casos de pessoas viciadas nessas drogas ainda é pequeno na Europa e nos Estados Unidos, mas, segundo Wong, "o sucesso no tratamento lá no exterior de viciados nessas substâncias tem sido decepcionante". "Nós não estamos nem conseguindo tratar as pessoas viciadas em crack, imagine abrir uma nova frente contra essas drogas - que são pequenas por enquanto, mas as pessoas não têm nenhuma capacidade de reagir", afirmou Antony Wong.
De acordo com o médico Antony Wong, essas drogas são como "um crack piorado". "O efeito dessas drogas é muito grave porque torna a pessoa literalmente um monstro. Não é nem um animal, é um monstro, porque ela não tem como controlar suas emoções nem sua força", afirmou o médico. "É como se o cérebro delas se desconectasse do resto do corpo", disse. "As pessoas que usam ficam gratuitamente violentas, agressivas, a tal ponto de matar sem ter nenhuma noção de por que fizeram isso", afirmou ele.
Mas não foi em todos os casos nos quais se suspeita do uso dessas drogas que a violência ocorreu contra outra pessoa ou animal. No mês passado, a polícia de Nova Jersey foi chamada porque um homem estava trancado em um apartamento e ameaçava cometer suicídio. Os agentes arrombaram a porta e ordenaram que Wayne Carter, 43 anos, soltasse a faca que portava, mas ele passou a se esfaquear no abdômen, pescoço e pernas. Quando os policiais usaram gás de pimenta para tentar impedi-lo de continuar, o homem se enfureceu e começou a jogar pedaços da própria pele e intestinos contra os agentes. Carter sobreviveu e foi internado para tratamento psiquiátrico.
Maconha sintética e "sais de banho"
De acordo com Antony Wong, as novas drogas sintéticas surgiram nos últimos três anos e "são muito mais potentes e agressivas em comparação com as drogas antigas". Os dois grupos são a maconha sintética e os "sais de banho". "A maconha sintética é chamada assim porque é uma erva, só que ela é cultivada e depois acrescentada com substâncias", disse o médico. "Os sais de banho são chamados assim porque a droga foi comercializada dessa forma, é vendida em pacotinhos e, quando você abre, parece sabonete em pó", afirmou ele.
"O que esses dois grupos têm em comum é justamente a extrema violência, a agitação e o alto poder destrutivo sobre a mente e o corpo dos usuários", disse Wong. Na maioria dos crimes que a polícia acredita terem sido cometidos após o consumo dessas drogas, os suspeitos afirmaram não se lembrar do que havia ocorrido - Michael Daniel, o homem que matou o cachorro, disse aos familiares que não tinha qualquer lembrança do crime e foi à igreja para pedir perdão a Deus.
Os parentes de Daniel o descreveram como um pai dedicado de duas crianças e um amável tio, e que o crime foi algo completamente diferente do caráter dele. Para o médico do Hospital de Clínicas de São Paulo, o argumento faz sentido, já que, sob o efeito dessas drogas sintéticas, "a pessoa não tem consciência ou controle do seu corpo, da sua mente e dos seus freios sociais". "Ela age impulsivamente, sem nenhuma consciência. Ou seja, é como se a parte pensante do cérebro estivesse cortada, seccionada, separada do resto do cérebro", disse ele.
Mais devastadoras do que o crack
O diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital de Clínicas de São Paulo acredita que os efeitos das novas drogas sintéticas seriam muito piores do que os do crack para a sociedade. "Não se pode deixar essas drogas chegarem ao mercado", disse Antony Wong. "Elas têm efeito muito mais devastador do que o crack, porque (...) as pessoas que usam crack eventualmente tornam-se violentas por questão de dinheiro. Agora, nesse caso de usar substâncias sintéticas, a violência é absolutamente gratuita, não tem nenhuma motivação", afirmou ele.
Para o médico, "o pior de tudo é que (o usuário) não tem nenhum freio, então ele come, mutila, destrói uma vítima e não está nem consciente de que cometeu esse crime". O número de casos de pessoas viciadas nessas drogas ainda é pequeno na Europa e nos Estados Unidos, mas, segundo Wong, "o sucesso no tratamento lá no exterior de viciados nessas substâncias tem sido decepcionante". "Nós não estamos nem conseguindo tratar as pessoas viciadas em crack, imagine abrir uma nova frente contra essas drogas - que são pequenas por enquanto, mas as pessoas não têm nenhuma capacidade de reagir", afirmou Antony Wong.
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