24/02/2014 - 17:04
Kiev (AFP)
O Parlamento ucraniano, dominado agora pelos opositores do presidente
destituído, Viktor Yanukovytch, aprovará, no mais tardar nesta
terça-feira, a designação de um novo governo, que dirigirá o país até a
eleição presidencial de 25 de maio.
Estas são as figuras-chave do novo poder.
Vitali Klitschko, um boxeador popular
Vitali Klitschko, campeão mundial de boxe da categoria super-pesados, é o líder mais popular. Chamado de "Dr. Punhos de Aço", havia prometido nocautear o poder anterior.
Nascido em 1971 no Quirguistão, uma ex-república soviética da Ásia central, onde seu pai, oficial da aeronáutica, estava destacado, Vitali Klitschko, poliglota, viveu em vários lugares da extinta URSS e do bloco socialista antes de retornar à Ucrânia junto com a família em 1984.
Muito comprometido na luta contra a corrupção generalizada, este milionário se beneficia de uma reputação pouco comum de ter enriquecido honestamente, graças a sua carreira esportiva bem-sucedida.
Os manifestantes mais radicais criticaram suas posições moderadas e ele é considerado um orador medíocre, mas pode se converter em um presidente de consenso.
Yulia Timoshenko, controvertida dama de ferro
Libertada após mais de dois anos de prisão, Yulia Timoshenko tem fama de ser uma dama de ferro por sua excepcional combatividade, tanto na época em que ocupava o cargo de primeira-ministra como quando estava atrás das grades.
Durante a crise política que atingiu a Ucrânia desde o fim de novembro, Timoshenko se ergueu como a opositora mais radical ao regime de Yanukovytch, eleito em 2010.
No entanto, como ex-primeira-ministra, também simboliza as divisões e lutas de pessoas que permitiram a vitória de Yanukovytch. Além disso, há certa incerteza sobre seu estado de saúde, já que tem problemas nas costas e foi vista em uma cadeira de rodas após sua libertação.
Oleg Tiagnibok, o nacionalista que moderou sua imagem
O líder do partido opositor Liberdade é um ultranacionalista com fama de antissemita, que atenuou seu virulento discurso nos últimos anos.
Este cirurgião, nascido em 1968 em Lviv (oeste) no seio de uma família de médicos, aproveitou a organização e a disciplina de seu partido e um serviço de segurança que participou ativamente na proteção dos manifestantes.
Arseni Yatseniuk, um banqueiro ligado a Timoshenko
Arseni Yatseniuk é um político próximo a Timoshenko, que teve uma ascensão meteórica.
Este jurista e economista de formação, nascido em 1974 em Shernovtsy (sudoeste), foi designado ministro da Economia da República Autônoma de Crimeia (Mar Negro) em 2001.
Em 2005, a Revolução Laranja o levou ao mesmo posto na Ucrânia, e ele era o encarregado de negociar com a União Europeia e a Organização Mundial de Comércio (OMC).
Em 2010 se apresentou à eleição presidencial, mas obteve apenas 7% dos votos. Rejeitou posteriormente o convite de Viktor Yanukovytch de integrar o governo.
Dois anos mais tarde, seu partido, o Frente para a Mudança, decidiu se dissolver para se integrar ao de Timoshenko.
Petro Poroshenko, o oligarca opositor
O influente empresário e deputado independente Petro Poroshenko, "barão do chocolate", enriqueceu nos anos 1990 sobre as ruínas da União Soviética e possui atualmente uma fortuna estimada em 1,6 bilhão de dólares. Colocou seu poder financeiro e midiático - sua rede de televisão Kanal 5 - a serviço dos manifestantes.
No entanto, foi um dos fundadores do Partido das Regiões de Yanukovytch e ministro da Economia deste último, o que pode prejudicá-lo.
Olexander Turchitnov, braço direito de Timoshenko
O presidente ucraniano interino, o pró-ocidental Olexander Turchinov, é o braço direito de Timoshenko, à sombra de quem construiu sua carreira. Assim, foi chefe dos serviços secretos e vice-primeiro-ministro. Após a detenção de Timoshenko, dirigiu o partido da opositora.
A Praça Maidan
A Praça da Independência (Maidan) continua sendo o principal ator do protesto. A maioria dos manifestantes querem que o sistema político seja completamente renovado e a corrupção acabe.
Um deputado do partido de Timoshenko foi designado comandante do local pelos movimentos opositores. Os grupos de autodefesa que dirige têm sob sua responsabilidade a segurança nas ruas e nos arredores dos edifícios públicos de Kiev que a polícia abandonou. Os policiais antidistúrbios foram derrotados por movimentos radicais, como o grupo paramilitar nacionalista Pravy Sector (extrema-direita).
COPIADO http://www.afp.com/pt/
Estas são as figuras-chave do novo poder.
Vitali Klitschko, um boxeador popular
Vitali Klitschko, campeão mundial de boxe da categoria super-pesados, é o líder mais popular. Chamado de "Dr. Punhos de Aço", havia prometido nocautear o poder anterior.
Nascido em 1971 no Quirguistão, uma ex-república soviética da Ásia central, onde seu pai, oficial da aeronáutica, estava destacado, Vitali Klitschko, poliglota, viveu em vários lugares da extinta URSS e do bloco socialista antes de retornar à Ucrânia junto com a família em 1984.
Muito comprometido na luta contra a corrupção generalizada, este milionário se beneficia de uma reputação pouco comum de ter enriquecido honestamente, graças a sua carreira esportiva bem-sucedida.
Os manifestantes mais radicais criticaram suas posições moderadas e ele é considerado um orador medíocre, mas pode se converter em um presidente de consenso.
Yulia Timoshenko, controvertida dama de ferro
Libertada após mais de dois anos de prisão, Yulia Timoshenko tem fama de ser uma dama de ferro por sua excepcional combatividade, tanto na época em que ocupava o cargo de primeira-ministra como quando estava atrás das grades.
Durante a crise política que atingiu a Ucrânia desde o fim de novembro, Timoshenko se ergueu como a opositora mais radical ao regime de Yanukovytch, eleito em 2010.
No entanto, como ex-primeira-ministra, também simboliza as divisões e lutas de pessoas que permitiram a vitória de Yanukovytch. Além disso, há certa incerteza sobre seu estado de saúde, já que tem problemas nas costas e foi vista em uma cadeira de rodas após sua libertação.
Oleg Tiagnibok, o nacionalista que moderou sua imagem
O líder do partido opositor Liberdade é um ultranacionalista com fama de antissemita, que atenuou seu virulento discurso nos últimos anos.
Este cirurgião, nascido em 1968 em Lviv (oeste) no seio de uma família de médicos, aproveitou a organização e a disciplina de seu partido e um serviço de segurança que participou ativamente na proteção dos manifestantes.
Arseni Yatseniuk, um banqueiro ligado a Timoshenko
Arseni Yatseniuk é um político próximo a Timoshenko, que teve uma ascensão meteórica.
Este jurista e economista de formação, nascido em 1974 em Shernovtsy (sudoeste), foi designado ministro da Economia da República Autônoma de Crimeia (Mar Negro) em 2001.
Em 2005, a Revolução Laranja o levou ao mesmo posto na Ucrânia, e ele era o encarregado de negociar com a União Europeia e a Organização Mundial de Comércio (OMC).
Em 2010 se apresentou à eleição presidencial, mas obteve apenas 7% dos votos. Rejeitou posteriormente o convite de Viktor Yanukovytch de integrar o governo.
Dois anos mais tarde, seu partido, o Frente para a Mudança, decidiu se dissolver para se integrar ao de Timoshenko.
Petro Poroshenko, o oligarca opositor
O influente empresário e deputado independente Petro Poroshenko, "barão do chocolate", enriqueceu nos anos 1990 sobre as ruínas da União Soviética e possui atualmente uma fortuna estimada em 1,6 bilhão de dólares. Colocou seu poder financeiro e midiático - sua rede de televisão Kanal 5 - a serviço dos manifestantes.
No entanto, foi um dos fundadores do Partido das Regiões de Yanukovytch e ministro da Economia deste último, o que pode prejudicá-lo.
Olexander Turchitnov, braço direito de Timoshenko
O presidente ucraniano interino, o pró-ocidental Olexander Turchinov, é o braço direito de Timoshenko, à sombra de quem construiu sua carreira. Assim, foi chefe dos serviços secretos e vice-primeiro-ministro. Após a detenção de Timoshenko, dirigiu o partido da opositora.
A Praça Maidan
A Praça da Independência (Maidan) continua sendo o principal ator do protesto. A maioria dos manifestantes querem que o sistema político seja completamente renovado e a corrupção acabe.
Um deputado do partido de Timoshenko foi designado comandante do local pelos movimentos opositores. Os grupos de autodefesa que dirige têm sob sua responsabilidade a segurança nas ruas e nos arredores dos edifícios públicos de Kiev que a polícia abandonou. Os policiais antidistúrbios foram derrotados por movimentos radicais, como o grupo paramilitar nacionalista Pravy Sector (extrema-direita).
COPIADO http://www.afp.com/pt/
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