Organização dos Estados Americanos Governo da Venezuela rejeita mediação internacional


Organização dos Estados Americanos
Manifestantes anti-Governo confrontam-se com a polícia em Caracas

Governo da Venezuela rejeita mediação internacional


O ministro venezuelano de Relações Exteriores disse hoje que a Venezuela não aceita nem solicita mediação internacional, como sugeriu a Organização dos Estados Americanos (OEA), para acabar com os violentos...
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  • Maduro anuncia diálogo nacional para responder a protestos

    por Lusa, publicado por Patrícia Viegas
    Manifestantes anti-Governo confrontam-se com a polícia em Caracas
    Manifestantes anti-Governo confrontam-se com a polícia em Caracas Fotografia © Reuters
    O ministro venezuelano de Relações Exteriores disse hoje que a Venezuela não aceita nem solicita mediação internacional, como sugeriu a Organização dos Estados Americanos (OEA), para acabar com os violentos protestos que desde há 12 dias atingem o país.
    "A Venezuela não está a pedir nem aceita mediação alguma, nem de personalidades, nem de organismo multilateral algum, porque na Venezuela existem instituições democráticas e há uma vontade da maioria do povo para resolver esta situação em paz e em democracia", disse, Elías Jaua.
    Durante uma conferência de imprensa do Partido Socialista Unido da Venezuela, Elías Jaua afirmou que "o Presidente (Nicolás Maduro) tem sido firme e o partido acompanha essa decisão", vincando que a única instância a que a Venezuela consideraria, se necessário, seria a União de Nações da América do Sul (Unasul devido "à agressão fascista a que está sendo submetida".
    Na semana passada, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, disse estar preocupado com a possibilidade de que os protestos em Caracas ocasionem novos episódios de violência e apelou ao "Governo para evitar o uso da força" e à oposição para manifestar-se "pacificamente, evitando preocupações".
    "Se já não há confiança em ninguém, em nenhuma instituição ou pessoas" disse, "talvez atores externos provenientes da nossa própria América sejam uma alternativa possível".
    As manifestações na Venezuela ocasionaram 13 pessoas falecidas, seis delas em Caracas e dezenas de feridos e mais de 500 detidos.
    Segundo o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa, pelo menos 62 jornalistas foram vítimas de repressão de parte de organismos de segurança do Estado, de civis venezuelanos, de civis armados e de manifestantes.
    Maduro atribuiu entretanto às barricadas montadas pelos seus opositores a morte de 30 pessoas, por "ataques de coração e de asma", que se somam às 13 mortes quantificadas pela Procuradoria-Geral no âmbito dos protestos.
    "Já contabilizámos 30 compatriotas que faleceram por não terem sido socorridos a tempo", disse, durante um discurso, transmitido pela cadeia pública de rádio e televisão, a um grupo de motociclistas que foi ao palácio presidencial manifestar-lhe apoio.
    Dos EUA, chegaram apelos para o Presidente venezuelano dialogue com os seus opositores e a população venezuelana e acabe com as "acusações falsas" aos norte-americanos.
    O porta-voz da Presidência norte-americana, Jay Carney, disse que Maduro "pede um diálogo" com o seu homólogo dos EUA, Barack Obama, "e a troca de embaixadores", mas deveria "centrar-se no diálogo com o povo venezuelano".
    Durante o dia de segunda-feira, Maduro anunciou ainda a detenção de um homem, alegadamente proveniente do Médio Oriente, que classificou como "mercenário" e a quem acusou de preparar atentados com carros armadilhados.
    O indivíduo foi detido quando num bairro de classe média-alta, em Maracay, cem quilómetros da oeste de Caracas, "a preparar carros armadilhados para encher o país de violência", adiantou o dirigente venezuelano.

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