Rio 'Veja': clientes de enteado de Pezão detêm concessões públicas - Enteado de Pezão formou banca de clientes que detêm concessões públicas Governo do Rio também beneficia empresas de sócio de líderes do PMDB, segundo a revista Líder na pesquisa Datafolha, Pezão é alvo de críticas dos adversários em debate Candidato Pezão (PMDB) chegou a passar mal durante o primeiro bloco do debate na Record "Estou chocado", diz Lindberg sobre denúncia envolvendo enteado de Pezão e Delta
Matéria publicada no
site da revista 'Veja' revela que o advogado Roberto Horta, enteado do
governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, formou banca de
clientes que detêm concessões públicas com o estado.
Fundado em
2008, o escritório Horta & Jardim Associados é especializado em
causas trabalhistas. E seu cliente mais notório é a construtora Delta,
do empresário Fernando Cavendish. Foi no período de Pezão à frente da
Secretaria de Obras da gestão Sérgio Cabral que a empresa tornou-se uma
das mais importantes empreiteiras do Rio de Janeiro, integrando
consórcios de obras gigantescas como a do Arco Metropolitano e a
bilionária reforma do Maracanã. Em 2012, a construtora foi acusada pela
Polícia Federal de desviar pelo menos R$ 300 milhões dos cofres públicos
para empresas fantasmas. Naquele mesmo ano, entrou em recuperação
judicial. >> "Estou chocado", diz Lindberg sobre denúncia envolvendo enteado de Pezão e Delta
A
Delta, porém, não é a única prestadora de serviços do governo defendida
pelo filho de Pezão. A principal cliente do escritório é a
concessionária Light, que responde por 54% do faturamento, de R$ 1
milhão. Embora seja uma concessão federal, a Light também presta
serviços ao estado. Entre os anos de 2010 e 2011, embolsou R$ 9,3
milhões para fazer o remanejamento de redes elétricas das obras do arco
metropolitano.
Segundo a 'Veja', os clientes do filho de Pezão têm
mais ligação com o município de Piraí, no sul fluminense, que foi
administrado por Pezão entre 2000 e 2004. Um exemplo é a JRO
Pavimentação Ltda. Fundada em 1997, em Juiz de Fora, Minas Gerais, a
empresa cresceu a partir de contratos para obras naquela região. Uma
pesquisa junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafem)
revela que, até 2007, quando o comando do estado estava nas mãos de
Rosinha Garotinho (PR), da qual Pezão foi subsecretário de Governo e de
Coordenação, a empresa recapeou um trecho da rodovia estadual que liga
Piraí a Barra do Piraí. Recebeu, pelos serviços, R$ 9,1 milhões. Desde
então, os contratos se multiplicaram, e hoje somam R$ 90 milhões.
Outra
empresa de Piraí que contrata o escritório do enteado do governador é a
Cemibra Indústria e Comércio Internacional S/A, dona da Metalúrgica
Barra do Piraí e da Metalúrgica Valença, que fornecem os contêineres
onde são instaladas bases de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de
algumas das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A Cemibra recebeu
pelos serviços cerca de R$ 200 milhões. 'Veja" também denuncia que governo do Rio beneficia empresas de sócio de líderes do PMDB
Em
outra reportagem, a revista 'Veja' também denuncia que o governo do
estado do Rio de Janeiro beneficia empresas do sócio de líderes do PMDB.
Segundo a publicação, o empresário Mario Peixoto, um dos maiores
prestadores de serviços do Rio de Janeiro, tem fortes ligações com os
dois principais líderes do partido no estado – Paulo Melo, presidente da
Assembleia Legislativa, e Jorge Picciani, presidente do PMDB
fluminense.
O empresário, de quem Picciani e Mello são sócios e
padrinhos de casamento, acumulou R$ 480 milhões em contratos com o
governo do estado. Em novo levantamento junto ao Portal da Transparência
do Rio, a revista 'Veja' descobriu mais R$ 31 milhões em contratos de
uma empresa registrada em nome do filho e de um irmão de Peixoto, a
Marton Hubell Engenharia, com o governo de Sérgio Cabral, também do
PMDB. Desse total, R$ 4,2 milhões foram feitos pela Secretaria de
Habitação, da qual o titular era o filho do presidente do PMDB, o
deputado federal Leonardo Picciani.
Com o novo levantamento,
chegam a cinco as empresas de Peixoto beneficiadas por contratos com o
governo do estado, e o volume de recursos passou de R$ 480 milhões para
R$ 511 milhões.
De acordo com a revista 'Veja', Picciani e
Peixoto se tornaram amigos numa campanha eleitoral, na década de 90. Em
2009, compraram juntos um terreno em Búzios, na região dos Lagos, e
formaram uma incorporadora imobiliária chamada Vila Toscana para
construir ali um empreendimento. Nos registros da junta comercial, os
Picciani - pai e filhos - aparecem como sócios na Vila Toscana por meio
de uma agropecuária, a Agrobilara. Como o projeto não andou, a
incorporadora de Búzios ficou existindo só no papel. Os dois continuaram
próximos, tanto que Picciani convidou o empresário para ser padrinho do
seu segundo casamento, em 10 de maio passado, com a jornalista
Hortencia Silva Oliveira. Peixoto retribuiu a gentileza convidando
Picciani para abençoar suas bodas com a mulher Carla Verônica Medeiros
num castelo do século XV na cidade italiana de Bracciano, na Itália,
realizado duas semanas depois. No altar, estava também o presidente da
assembleia, Paulo Melo.
A Marton Hubell, que funciona numa sala
apertada com dois empregados em São João de Meriti, na Baixada
Fluminense, começou a prestar serviços para o governo estadual em 2008,
um ano depois do início da gestão peemedebista. O primeiro contrato com a
secretaria de Habitação foi firmado no Natal daquele ano, poucos dias
antes de Leonardo Picciani assumir o comando da pasta. O objetivo era
realizar obras de infraestrutura em unidades habitacionais no município
de Piraí, no sul do Estado, reduto de Luiz Fernando Pezão, então
vice-governador e atual candidato à reeleição. Entre novembro de 2010 e
janeiro de 2011, enquanto Leonardo era secretário, outros contratos
vieram, dentre os quais o mais robusto era de R$ 2,7 milhões para
construir unidades habitacionais em Volta Redonda, vizinha a Piraí.
Leonardo deixou a secretaria no final de 2011. Em seu lugar assumiu o
irmão, Rafael.
O presidente do PMDB, Jorge Picciani, diz:
"Desafio qualquer um a provar que, nos meus 20 anos de vida pública,
algum dia interferi em questões de estado".
Mas não era só na
Habitação que a Marton Hubell tinha boa entrada. Dos R$ 31 milhões que a
empresa conseguiu em contratos, R$ 14,1 milhões saíram da secretaria de
Obras, administrada por Pezão. O maior deles, para a reurbanização de
um bairro em Mesquita, também na Baixada Fluminense, tinha custo de R$
11,3 milhões. Os outros R$ 13 milhões de reais vieram secretaria de
Educação. “Já pedi uma apuração. (Mário Peixoto) É um fornecedor antigo
do estado. Presta serviço para várias prefeituras desde o governo
Marcelo Alencar”, disse Pezão nesta sexta- feira durante um ato de
campanha.
E a revista 'Veja' mostra ainda que o deputado Paulo
Melo, em sua declaração ao TSE, disse ter recebido um empréstimo de R$
50 mil de outra empresa de Peixoto, a MVC Gestão de Ativos Empresariais
Consultoria e Participações. Melo e Peixoto são sócios numa
incorporadora que constrói prédios na zona Oeste do Rio. Através de sua
assessoria, o presidente da Assembleia Legislativa diz não ser sócio de
Mario, e sim de seu irmão e filho. Sobre o empréstimo, afirmou por nota:
“As informações referentes ao patrimônio do presidente se encontram na
declaração de Imposto de Renda por ele encaminhada à Justiça Eleitoral,
por ocasião do registro da sua candidatura”. Mar de lama no estado do Rio nos últimos seis anos
Enteado
de Pezão, coronéis denunciam comando da PM. A falta de integridade faz
com que o povo se conscientize de que a corrupção se arrasta e se
alastra depois da sucessão de escândalos nestes últimos seis anos. E,
mais uma vez, vemos a construtora Delta servindo de desestabilização da
segurança pública.
A contravenção está presente em todos os
níveis, em um estado de anomia onde menores e criminosos não respeitam
mais as autoridades. E, agora, o site da revista 'Veja' faz a denúncia
que escandaliza e constata que o estado do Rio de Janeiro se embala, até
prova em contrário, num mar de lama. São estádios superfaturados,
escândalo dos guardanapos em Paris, uso de helicóptero para viagens de
turismo, suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo uma
construtora e aliados de Sérgio Cabral. Tudo isso, e muito mais, mostram
que o eleitor terá grande responsabilidade na sua opção.
Além das
denúncias que envolvem empresários do Sul Fluminense, já constatadas
pela Polícia Federal após uma grande operação, o Ministério Público
indicou tentativas de "abafa' de processos por parte de alguns advogados
conhecidos. Depois da invasão feita a fazenda de empresário no Rio de
Janeiro, esses advogados atuam também nessas tentativas de "abafa", como
também constam denúncias de que eles estavam tentando operar carteiras
de motoristas junto aos órgãos competentes.
Por tudo isso, e se
for verdade a continuação desses escândalos, homens do setor de
Segurança do Rio já dizem que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs)
não deveriam ser instaladas nas favelas, mas sim nos Palácios da
cidade.
A Record Rio
promoveu na noite desta sexta-feira (26/9) o debate entre os candidatos
ao governo do estado. Foram convidados os candidatos Anthony Garotinho
(PR), Lindberg Farias (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB), Marcelo Crivella
(PRB) e Tarcísio Motta (PSOL). O mediador foi o jornalista Gustavo
Marques.
O principal alvo dos adversários no primeiro bloco foi o
líder na pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, o candidato à
reeleição ao governo do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Durante o
primeiro bloco do debate, Pezão se sentiu mal e foi amparado por sua
equipe de campanha.
Lindberg Farias perguntou sobre segurança
pública ao ex-governador Anthony Garotinho, que foi incisivo e destacou
o crescimento das milícias no estado. Garotinho ironizou o candidato do
governo, dizendo que "quem entende muito bem de milícia é o Pezão".
"No
debate passado [da OAB], apresentei uma foto do Cabral, seu padrinho
político, abraçado com milicianos de Campo Grande", afirmou Garotinho,
que prosseguiu: "Vamos reestruturar a segurança pública no estado. Não
vamos acabar com as UPPs, como o PMDB vem espalhando aí." Candidatos participam de debate na RecordCandidato
do PSOL, Tarcísio Motta, criticou os financiadores da campanha de
Pezão. Pezão, por sua vez, retrucou afirmando que tem um comitê
financeiro que recebe doações e presta conta. "Todas as doações estão no
site do TSE. Se o senhor teve essa mesma vontade de saber e querer
saber os fornecedores, é só ir no nosso site e ver. São doadores que
acreditam no futuro do estado do Rio. Está disponível para o senhor e
para todos os eleitores."
Garotinho dirigiu pergunta a Tarcísio Motta, afirmando que o preço da tarifa do ônibus está superfaturada de 20% a 40%.
"Estamos
diante do caos na mobilidade em que o direito de vir e vir é negado de
diversas formas. Um deles é o alto custo das tarifas. Temos nas barcas a
segunda maior tarifa do mundo. O governo Cabral sempre se rendeu ao
interesse das empreiteiras. Defendemos a tarifa zero", disse Tarcísio.
Pezão, por sua vez, destacous realizações como a construção do Arco Metropolitano:
"Me
orgulho de ter tirado o Arco Metropolitano do papel, obra que era pra
ter sido feita desde 1971. O licenciamento demorou, mas eu e a
presidente Dilma conseguimos entregar esse sonho." Na sequência,
Crivella (PRB) retrucou afirmando que não dava para ter "euforia" sobre a
economia do Rio.
Lindberg, por sua vez, prometeu o Ciep do século
XXI: "Tenho falado de resgatar os Cieps, escola de horário integral,
ensino técnico. Só 3% das escolas têm ensino técnico. Dá para chegar a
30%. O estado tem que trabalhar junto com as prefeituras. Tem um projeto
que começou em Sobral, que é a alfabetização na idade certa." Segundo bloco
Os
candidatos responderam a perguntas de telespectadores no segundo bloco
do debate. O candidato do PT, Lindberg Farias, foi questionado sobre o
legado das Olimpíadas de 2016. Ele afirmou que é preciso “olhar como um
todo o estado do Rio de Janeiro” para que todos aproveitem deste legado.
O
candidato Marcelo Crivella foi questionado sobre a segurança pública.
Ele lembrou que a UPP é uma "conquista" do Rio, e que não pode admitir
que o povo viva em comunidades dominadas por bandidos. O candidato do
PRB destacou que o governo precisa dar o bom exemplo:
"Um governo
precisa ter mãos limpas, senão suja tudo. O Maracanã custou o dobro,
polícia vira milícia. Se não tiver [mãos limpas], suja tudo. Se seus
auxiliares saem em fotos de festas com guardanapos na cabeça. O
fundamental na questão da segurança é a gente arrumar o estado de cima
para baixo. De baixo para cima a gente não consegue."
Um eleitor
da Baixada Fluminense perguntou a Pezão sobre a falta de remédios na
Farmácia Popular. O candidato afirmou que vai implementar um projeto
similar ao que levou a Piraí quando era prefeito. Pezão prometeu
reforçar a parceria com o governo federal para melhorar a utilização dos
hospitais federais, e reforçar programas como o Mais Médicos e as
Clínicas da Família.
Garotinho foi questionado sobre as propostas
para a educação. O ex-governador atacou a gestão de Pezão e
Cabral. "Esse governo atual reduziu as coordenadorias de educação. Vamos
dar o plano de cargos e salários que eles não deram. Prometeram,
enganaram nossa população. Vamos fazer com que nossas escolas abram nos
finais de semana para fazer o projeto“Escola de Pais, para integrar toda
a comunidade, onde se possa praticar arte, cultura, esporte."
O
candidato Tarcísio Motta foi perguntado sobre o transporte no estado na
Baixada Fluminense. Ele afirmou que vai melhorar o serviço de trens,
principalmente para a Baixada. O candidato ainda defendeu mais
investimento no transporte de massa, além de pensar em alternativas para
o transporte alternativo. Tarcísio também falou em investir no
transporte para a Região dos Lagos. Terceiro bloco
Candidatos
fizeram perguntas aos adversários, por ordem de sorteio, com direito a
réplíca e tréplica. O candidato Garotinho, primeiro sorteado, atacou as
organizações Globo, afirmando que a emissora comprou uma procuração
falsa, lembrando que a empresa seria uma das grandes patrocinadora da
campanha de Luiz Fernando Pezão, que ele escolheu para responder a sua
pergunta. "O que o senhor acha de uma empresa que compra procuração
falsa, candidato. O que o senhor diria dessa empresa?", questionou
Garotinho. "Esse tipo de pergunta deve ser respondido num fórum
competente e não num debate como este", retrucou Pezão.
Perguntado
por Pezão sobre os benefícios das obras do Arco Metropolitano
inaugurado recentemente no seu governo, o candidato do PSOL, Tarcísio
Motta disse que o mais importante é saber para quem servirá os
investimentos. Tarcísio lembrou que o governo Cabral/Pezão destinou R$
229 milhões para empresas do ramo automobilístico que geraram poucos
empregos, ao passo que o mesmo valor poderia ser revertido para projetos
na área da cultura. "O governo Cabral sempre foi generoso com as
empreiteiras. (...) Pezão só fala das empresas, precisamos falar daquilo
que vai beneficiar o cidadão", ressaltou o candidato do PSOL.
Na
sua pergunta para o candidato do PT, Lindberg Farias, Tarcísio focou no
setor de Meio Ambiente, questionando parcerias que o PT firmou com o
PMDB que resultaram em licenças ambientais criticadas por
ambientalistas. Lindberg enfatizou que o governo da presidente Dilma
Rousseff "abriu os cofres" para o PMDB no Rio, mas os seus governantes
não souberam aproveitar os recursos, enfocando o sucateamento nas áreas
da saúde e transportes. O ex-secretário Estadual de Meio Ambiente,
Carlos Minc (PT), foi citado por Lindberg como uma representação do seu
partido que promoveu avanços no setor durante o governo Cabral.
Marcelo
Crivella, respondendo à Lindberg sobre o tema saúde, pediu ao
telespectador para não confiar nas milionárias propagandas do governo
estadual, porque há muitas pessoas morrendo nas filas de espera por
cirurgias. "Vidas estão sendo ceifadas por um governo que não tem
responsabilidade", disse. Crivella chamou de "vergonhosa" a relação do
governo estadual com empresas privadas, citando as denúncias da Revista
Veja, envolvendo os nomes do presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, e do
presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Mello, do mesmo
partido.
Anthony Garotinho, ainda comentando o tema saúde, afirmou
que o Hospital Geral de Nova Iguaçu - Hospital da Posse - não recebeu
investimentos da gestão do PMDB e, atualmente, "é um matadouro". Segundo
o candidato do PR, várias unidades de saúde da Baixada Fluminense foram
fechadas ou destinadas para áreas especializadas, deixando a população
sem atendimento emergencial. "Isso porque as verbas que seria para a
saúde foram desviadas para as empresas privadas", acusou Garotinho,
prometendo maiores investimentos para o setor na região. "E o governo
Cabral ainda chamou os médicos de vagabundos, ao invés de abrir concurso
público e novos postos de trabalho", disse. Quarto bloco
Candidatos
deram continuidade as rodadas de perguntas entre eles, também por ordem
de sorteio. Tarcísio Motta questionou Pezão sobre a permanência do
secretário Estadual de Transportes, Júlio Lopes, após a instalação "de
um verdadeiro caos no trânsito do Rio" e do episódio do secretário
aparecer rindo durante uma pane no sistema da SuperVia, que deixou os
trabalhadores por horas sem o serviço. Pezão alegou que herdou o setor
já sucateado do governo Marcelo Allencar e, no entanto, investiu o
máximo possível nos modais: trens, metrô, barcas. "O seu governo deu
chicotadas na SuperVia, acabou com os bondinhos de Santa Teresa,
instaurou um caos no trânsito. Foram oito anos sem investimentos",
retrucou Tarcísio, na sua réplica.
Lindberg Farias relembrou o
candidato Anthony Garotinho das suas parcerias com Pezão e com o seu
partido. "O passado pertence ao passado. Graças a Deus me livrei deles",
comentou Garotinho, se referindo ao seu desligamento do PMDB. "Quando
eu confiei no Pezão ele não estava envolvido com essa curriola. Ele
ainda pensava no cidadão. Pezão é passado, vamos olhar para frente",
acrescentou o candidato do PR.
Abordando o tema mobilidade
urbana, Tarcísio Motta disse que a completa falta de compromisso do
atual governo com a moradia, promoveu uma política de exclusão. Ele
citou o programa Porto Maravilha, considerando que apenas as empresas
privadas tiveram vantagens nesse projeto. O candidato ressaltou também
que os moradores que foram desapropriados pelos governos estadual e
municipal em áreas públicas, não estão recebendo o aluguel social. Quinto bloco
Nesse
bloco os candidatos foram sorteados para responder a temas
pré-estabelecidos pela organização do debate. Lindberg Farias e Pezão
responderam sobre saúde. O candidato do PT perguntou ao seu adversário
quanto a política das OSs (Organizações Sociais) adotada pela atual
gestão. Segundo Pezão, são as OSs que estão permitindo os avanços no
setor. Na sua réplica, Lindberg disparou contra Pezão que há negociatas
sendo feitas através das OSs e o governo está nas mãos de grandes
empresários.
Tarcísio, respondendo Pezão no tema Olimpíadas,
considerou que o governo cometeu um "absurdo" com as obras do Maracanã
para a Copa do Mundo, que privilegiou a Odebrecht, principalmente. Para
Tarcísio, outros complexos esportivos foram esquecidos em detrimento dos
investimentos destinados à Odebrecht. "Assim governador, vamos perder
de novo de 7 a 1 nas Olimpíadas, com essa política que a população
reprova", criticou o candidato do PSOL.
Outro embate aconteceu no
tema segurança, entre Garotinho e Crivella. O candidato do PR garantiu
que no seu governo a PEC 300, que beneficia o policial militar e
bombeiros, será aprovada. Marcelo Crivella rebateu: "eu não vou me
comprometer com nada que depois não posso cumprir", disse o candidato,
ressaltando que a aprovação da PEC 300 depende da aprovação no
Congresso.
O tema educação fechou a rodada de perguntas. O
candidato Lindberg Farias novamente criticou o governo Cabral /Pezão,
afirmando que há uma política equivocada de educação, que favorece o
"extermínio de jovens negros em áreas menos favorecidas". Para Lindberg,
o caminho é investir em educação e cultura para mudar a realidade na
segurança pública.
O candidato à sucessão ao governo do Rio
de Janeiro pelo PT, Lindberg Farias, disse estar "chocado" com as
denúncias publicadas nesta sexta-feira (26/9) na edição eletrônica da
Revista Veja, revelando que o enteado do governador e também candidato à
reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), tem contratos com a empreiteira
Delta, investigada por fraudes pela Polícia Federal. O depoimento de
Lindberg foi antes do debate eleitoral promovido pela TV Record com os
cinco principais postulantes no estado.
"É uma bomba
nessa eleição, acho que o candidato Pezão vai ter que responder sobre
isso. É um fato seríssimo. A Delta foi considerada inedônea, a Justiça
estabeleceu que ninguém fizesse contrato com ela e o governo do estado
continuou fazendo", disse Lindberg. O candidato acrescentou que tinha
uma pergunta para fazer
a Pezão, sobre os motivos da gestão Cabral manter o contrato com a
Delta, destinando R$ 300 milhões à empreiteira e contrariando as ordens
judiciais. "Inadmissível a empresa envolvida na farra do guardanapo.
Pezão terá que explicar", enfatizou Lindberg.
O
confronto aconteceu com os candidatos Anthony Garotinho (PR), Lindberg
Farias (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB), Marcelo Crivella (PRB) e
Tarcísio Motta (PSOL). Antes de entrar no estúdio, Lindberg Farias
conversou com os jornalistas e comentou sobre a reportagem da Revista Veja. Para o candidato, os novos fatos acerca do governador Pezão e seu enteado podem mudar o cenário eleitoral na reta final.
De
acordo com a publicação, Roberto Horta, enteado de Pezão, é um dos
advogados contratados pela empreiteira Delta, investigada pela Polícia
Federal por fraudes e supostos favorecimentos e desvios de recursos do
governo estadual, durante o período da gestão de Sérgio Cabral (PMDB). A
reportagem com o título "Pezão ou Paizão" ressalta que Horta, com 33
anos, está iniciando no mercado e a sua relação é muito boa com o governador, que o chama de filho deste a infância.
O
governador Pezão confirmou que o escritório de Horta teve contrato com a
Delta em 2010 ou 2011, na área trabalhista, mas negou que o enteado,
atualmente, tenha qualquer ligação profissional com a empreiteira. "Ele é
um profissional liberal, bem sucedido, não há nenhuma lei no Brasil que
não permita ele prestar serviço que não seja em ações contra o Estado",
alegou Pezão.
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